Na Festa do
Batismo do Senhor, o Papa concede o Sacramento a 21 filhos de funcionários do
Vaticano na Capela Sistina. "Hoje mandam eles", disse Francisco no
início da celebração, "e nós devemos servi-los". A recomendação
habitual às mães para amamentarem os seus bebês se estes tiverem fome e de os
trocarem se estiverem com calor.
Choros e falas
incompreensíveis foram os primeiros sons que, de forma natural e espontânea,
ecoavam entre os afrescos e obras de arte da Capela Sistina. Uma combinação
evocativa que se repete a cada ano na Festa do Batismo do Senhor, ocasião em
que o Papa Francisco batiza filhos dos funcionários do Vaticano. Neste ano,
eram 21 crianças.
"O maior presente, o dom da fé"
Antes da
celebração, Francisco dá as recomendações habituais e ponderadas: "É
importante que as crianças se sintam bem!" Sofia, Vittoria, Tancredi Tito,
Edwin Gabriele e os outros 17, “hoje mandam eles - explica o Papa - e nós
devemos servi-los, com o sacramento, com as orações”. As mães são incentivadas
a amamentar seus bebês se tiverem fome e a trocá-los se estiverem com calor.
Hoje, cada um de vocês, pais, e a própria Igreja, oferecem o dom maior, o dom da fé às crianças.
A Capella Sistina onde foram batizadas 21 crianças |
O sinal da cruz na testa dos pequenos
Com as mãos
trêmulas pela emoção, os pais se aproximam do Papa para que seus filhos recebam
o sinal da cruz na testa. Alguns esperneiam, enquanto outros estão mais calmos,
sem entender exatamente o que está acontecendo.
Francisco acolhe
a todos com um sorriso e, se houver um irmão ou irmã mais novos, ele os deixa
marcar a testa dos que serão batizados. As vozes da Schola Cantorum soam
quase como uma canção de ninar para os pequenos, embalando alguns deles em um
sono tranquilo. De fato, são poucos os clamores que constituem o pano de fundo
da Liturgia da Palavra.
Como é tradição,
Francisco disse poucas, mas essenciais palavras em sua homilia – para não
“cansar” os pequenos, como já havia dito em celebrações anteriores. “Que
cresçam na fé - é o desejo do Papa -, para viverem “a verdadeira humanidade, na
alegria da família”.
A Missa continua
seguindo os ritos típicos das celebrações batismais. Os concelebrantes, o
cardeal Konrad Krajewski, Esmoler Pontifício, e o cardeal Fernando Vérgez
Alzaga, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, marcam o
peito de cada batizando com o óleo dos catecúmenos. Em seguida, Francisco
administra o Batismo, molhando a cabeça de cada um dos pequenos, acompanhado
pelos pais, padrinhos e madrinhas, com água benta.
A administração do Batismo aos filhos dos funcionários do Vaticano faz parte de uma tradição estabelecida em 1981 por João Paulo II, com apenas uma modificação: nos dois primeiros anos, os batismos eram realizados na Capela Paulina. A partir de 1983, na Capela Sistina.
Edoardo Giribaldi - Cidade do Vaticano
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No Angelus na
Festa do Batismo de Jesus, o Papa Francisco voltou a insistir a que que
recordemos a data do nosso Batismo, pois é a data em que nascemos no Espírito
de Deus.
Queridos irmãos
e irmãs, bom domingo!
A festa do
Batismo de Jesus, que hoje celebramos, nos faz pensar em tantas coisas, também
no nosso Batismo. Jesus, que se une ao seu povo para receber o Batismo para o
perdão dos pecados.
Gosto de
recordar as palavras de um hino da liturgia de hoje: Jesus vai para ser
batizado por João “com a alma nua e os pés descalços”. A alma nua e os pés
descalços.
E quando Jesus
recebe o batismo se revela o Espírito: «Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o
meu bem-querer». O rosto e a voz.
Primeiro de
tudo, o rosto. Ao revelar-se Pai por meio do Filho, Deus estabelece um
lugar privilegiado para entrar em diálogo e comunhão com a humanidade. É
o rosto do Filho amado.
Em segundo
lugar, a voz. Rosto e voz: «Tu és o meu Filho amado». Este é um outro
sinal que acompanha a revelação de Jesus.
Queridos irmãos
e irmãs, a festa de hoje nos faz contemplar o rosto e a voz de Deus, que se
manifestam na humanidade de Jesus. E então, perguntemo-nos: nos sentimos
amados? Eu me sinto amado e acompanhado por Deus ou penso que Ele esteja
distante de mim? Somos capazes de reconhecer o seu rosto em Jesus e nos nossos
irmãos? E somos habituados a ouvir a voz?
E eu vos faço
uma pergunta: cada um de nós se lembra da data do seu Batismo? Isso é muito
importante! Pense: em que dia fui batizado ou batizada? E se não me lembro, ao
chegar em casa, perguntemos aos pais e padrinhos a data do Batismo. E festejar
a data como um novo aniversário: a do nascimento precisamente no Espírito de
Deus. Não se esqueçam! Esta é uma tarefa de casa: a data do meu Batismo.
Confiemo-nos à
Virgem Maria, invocando a sua ajuda.
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