quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Aprendendocom dom Pedro Cipollini:

Jubileu e Ano Santo 

Estamos celebrando o Ano Santo que, por bondade de Deus e da Igreja, teremos a oportunidade de viver com o Jubileu de 2025. O jubileu é um importante evento religioso eclesial. É um ano de misericórdia em que a todos é facilitada a possibilidade do perdão e remissão dos pecados e suas penas correspondentes.  

Portanto, é ano marcado pela conversão, pelo sacramento da penitência, mas sobretudo pela Alegria, pois, jubileu vem de júbilo. Alegria de ser perdoado. 

A origem da prática do Jubileu encontra-se no Antigo Testamento, no livro do Levítico (cf. Lv 25,8-13). O ano jubilar era anunciado ao som do shofar (chifre de carneiro), que em hebraico é chamado de “Yobel”, daí o nome Jubileu. Em uma sociedade marcada pela divisão e os conflitos, sejam eles pessoais, grupais ou nacionais, o Jubileu lembra-nos que somos todos irmãos e participamos da redenção trazida por Jesus Cristo.  

A celebração implicava o perdão das dívidas, a libertação dos escravos e o repouso da terra. Era o ano da “redenção”. O Novo Testamento 

apresenta Jesus Cristo como o cumprimento do antigo jubileu, pois ele veio para “proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Le 4,18-19; cf. Is 61,1-2). 

O primeiro jubileu da Igreja Católica foi proclamado pelo Papa Bonifácio VIII em 1300. Essa iniciativa promoveu o reflorescimento da espiritualidade, do perdão e fraternidade. O papa determinou que todos  aqueles que visitassem a basílica de São Pedro, em Roma, receberiam a remissão dos seus pecados, e que essa iniciativa se repetiria a cada 100 anos, posteriormente, reduziu o intervalo para 50 anos e, finalmente, estabeleceu-se a celebração do Jubileu a cada 25 anos. 

O Jubileu do Ano Santo de 2025 tem como lema: “Peregrinos da Esperança. O Papa Francisco, na Bula Spes non confudit (A Esperança não engana), afirmou: “A esperança é também a mensagem central do próximo Jubileu […] Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10, 7.9); É Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda parte e a todos, como sendo a ‘nossa esperança’ (1Tm 1, 1)”. 

Estamos mesmo todos necessitados da Benção de Deus e da renovação de nossa esperança. Esperança que vem da certeza de que em Jesus, Deus caminha conosco e nos ampara em todas as situações. 

Que cessem as guerras e reine a paz! 

Dom Pedro Cipollini - Bispo de Santo André (SP)

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