semear esperança em comunidade, abraçados à cruz
Francisco
recebeu em audiência nesta sexta-feira (17/01) um grupo de seminaristas,
provenientes de Córdoba, na Espanha, em peregrinação a Roma pelo Ano Jubilar. O
Papa citou São Pelágio e falou sobre alguns sinais para identificar a esperança
durante o caminho, que não vêm por "palavras educadas" ou "por
uma doce bondade". O caminho é aquele de Jesus, "no qual não se pode
avançar sozinho, mas em comunidade, guiando e defendendo aqueles que o Senhor
nos deixou como tarefa".
O Papa Francisco
recebeu nesta sexta-feira (17/01), no Vaticano, seminaristas de Córdoba,
da Espanha. O grupo de 65 pessoas, formado também por reitores e
formadores tanto do Seminário Maior “San Pelagio” como do Redemptoris
Mater “San Juan de Ávila”, está em peregrinação a Roma desde quarta-feira
(15/01). O período é de comunhão com o Pontífice e a Igreja, destinado
inclusive para visitar as basílicas pontifícias junto com o bispo de Córdoba,
dom Demetrio Fernández.
LEIA AQUI O TEXTO INTEGRAL DAS PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO
O bispo de Córdoba, dom Demetrio Fernández, com o Papa |
Os sinais da
esperança
Na Sala
Clementina, no Vaticano, o Papa compartilhou a alegria em receber a comunidade
que veio como peregrina da esperança neste Ano Jubilar. Uma esperança,
aprofundou o Papa, que pode ser identificada com alguns sinais durante "a
viagem da vida". O primeiro deles, disse Francisco, é a direção:
"Para o céu, para o encontro definitivo com Jesus. Não nos primeiros lugares, não nos lugares mais confortáveis, pois esses são becos sem saída, dos quais, se tivermos a infelicidade de encontrá-los, teremos de sair de ré com cansaço e vergonha."
O segundo sinal,
continuou o Papa, são os perigos no caminho. E, para quem vem
"de um belo lugar que leva o nome de São Pelágio" (912-925), mártir
espanhol covardemente assassinado aos 13 anos de idade durante a Guerra da
Reconquista (722-1492), Francisco falou da importância do testemunho mesmo em
meio à dor de um conflito, como fez na época "aquela santa criança",
armada "com o capacete da esperança" e com a força que sempre vem de
Jesus.
Para ser um
"semeador de esperança", prosseguiu o Pontífice, o terceiro sinal
pode vir das áreas de descanso encontradas pelo caminho e oferecidas
através da "presença d'Aquele que é nossa única esperança,
Jesus". Ele se apresenta a nós como "alimento na sua Palavra e na
Eucaristia, nos abriga quando estamos no meio da estrada e nos acolhe quando o
cansaço nos vence e precisamos parar para fazer uma pausa".
"Entretanto, não pensem jamais que semear esperança seja dizer palavras educadas ou optar por uma doce bondade. Esse caminho é o caminho de Jesus, que leva à Jerusalém celestial, passando por aquela terrena, abraçados à cruz e apoiados por uma infinidade de cireneus. Um caminho no qual não se pode avançar sozinho, mas em comunidade, guiando, defendendo, auxiliando e abençoando aqueles que o Senhor nos deixou como tarefa."
Andressa Collet - Vatican News
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