"sonho" comum da Populorum progressio e da Fratelli tutti
Ao receber os membros da Obra de Promoção
da Alfabetização no Mundo (OPAM), Francisco recordou as palavras de Paulo VI a
respeito da educação: “A fome de instrução não é, na realidade, menos
deprimente que a fome de alimentos.”
O tema da educação esteve no centro do
discurso do Papa Francisco aos membros da Obra de Promoção da Alfabetização no
Mundo (OPAM).
A Obra completou há pouco 50 anos de
criação, no mesmo período em que o Papa Paulo VI escreveu a sua Encíclica Populorum
progressio, indicando claramente o desenvolvimento como caminho para a paz. “E
não pode haver desenvolvimento humano integral sem educação”, completou
Francisco.
Lendo os grandes documentos pontifícios dos
anos 60, inclusive a Pacem in terris de São João XXIII, acrescentou o Papa,
“nos damos conta de quanto sejam atuais e de quanto, infelizmente, sua mensagem
não foi assimilada”. Com efeito, o modelo de desenvolvimento não mudou até hoje
e as causas do subdesenvolvimento não foram eliminadas.
Paulo VI escrevia em sua Encíclica que a
educação de base é o primeiro objetivo de um plano de desenvolvimento. “A fome
de instrução não é, na realidade, menos deprimente que a fome de alimentos.”
Diante destas palavras, Francisco afirmou:
“O sonho da Populorum progressio é o
mesmo da Encíclica Fratelli tutti. É o sonho da Igreja, ou melhor, o sonho de
Deus, que quer um mundo em que todos possam viver como irmãos e irmãs em plena
dignidade.”
O Papa agradeceu pelo trabalho da
instituição, pois toda vez que estudam e realizam um projeto educativo ou de
apoio escolar ou de adoção à distância, contribuem a gerar “um mundo aberto”.
O Pontífice concluiu com uma exortação,
encorajando a Obra a prosseguir, alimentando-a com a seiva do Evangelho, “para
que o Espírito Santo mantenha viva a inspiração, as motivações e o estilo do
compromisso da OPAM.
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