Conformidade com o bem
Toda vez que iniciamos um novo ano, as
palavras usadas são envernizadas de esperança, de benção e propósitos de
felicidade. Por traz de tudo isso está o desejo de que seja ano de bem e de
progresso. Mas a realidade dos fatos concretos depende do esforço e
contribuição de cada brasileiro. Na verdade, os atos de vida diária têm que
estar em conformidade com aquilo que se espera.
Dom Paulo Peixoto |
Ao pedir as bençãos de Deus para um ano de
graça, somos envolvidos num clima da perfeição divina, porque Deus quer o bem
para todas as pessoas, sem nenhuma distinção ou diminuição da identidade
individual. Ele nos dá as condições para realizar o bem, mas agimos com
imperfeições e causamos muitos desastres por falta de conformidade com as
orientações vindas da Palavra de Deus.
O Brasil experimenta a gestão de uma
nova governança. O que se espera é justamente a realização do bem para a
totalidade da população. Acabou o tempo das divisões, dos conchavos políticos,
grupos fechados e até rivais entre eles. Agora são novos tempos e estão em
jogo, na administração pública, os mais de duzentos e dez milhões de
brasileiros, principalmente a classe menos favorecida.
Tivemos ganhadores e perdedores. São duas
forças opostas, que podem contribuir muito para o progresso da Nação, caso
atuem em conformidade com o bem. Quem governa, precisa governar bem, com
honestidade e justiça, sem privilégios escusos, para harmonizar e facilitar a
vida das pessoas. Do outro lado, temos a oposição, que é muito importante para
exigir uma administração exemplar.
Estamos em novo momento com marcas de
esperança, como acontece no início de todo e qualquer governo. Além de esperar
uma séria e autêntica administração, também invocamos a benção de Deus para que
os novos líderes federeis e estaduais sejam iluminados e trabalhem em
conformidade com o bem da população. Condições para isto todos têm, mas
precisam também de querer político.
Em todas as ações ligadas à vida humana, e
muito mais na responsabilidade política na administração da coisa pública, que
proporciona o bem de todos, o importante para o administrador é deixar-se mover
e conduzir pela força do Espírito de Deus. Sem essa atitude e abertura, é
impossível agir em conformidade com o bem, porque o individualismo quase sempre
fala mais alto.
Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de
Uberaba (MG)
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