Festa da Transfiguração de Jesus
A festa da
"Transfiguração do Senhor" acontece no mundo cristão desde o século
V. Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o
fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no
alto do monte Tabor, localizado no coração da Galileia. O episódio bíblico é
relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.
Assim, segundo São Mateus 9,2-10, temos: "Jesus tomou consigo a Pedro,
Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E transfigurou-se diante
deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que
nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia fazer assim tão brancas.
Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra:
"Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti,
outra para Moisés e outra para Elias". Com efeito, não sabia o que falava,
porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os
encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho
muito amado; ouvi-O". E olhando eles logo em derredor, já não viram
ninguém, senão só a Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus
que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do
homem houvesse ressurgido dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo,
perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os
mortos".
A intenção de Jesus era a de fortalecer a fé destes três apóstolos, para que
suportassem o terrível desfecho de Sua paixão, antecipando-lhes o esplendor e
glória da vida eterna. Também foi Pedro, que depois, recordando com emoção o
evento, nos afirmou: "Fomos testemunhas oculares da Sua majestade" (2
Pd 1, 16).
O significado dessa festa é, e sempre será, o mesmo que Jesus pretendeu,
naquele tempo, ao se transfigurar para os apóstolos no monte, ou seja, preparar
os cristãos para que, em qualquer circunstância, permaneçam firmes na fé no
Cristo. Melhor explicação, só através das inspiradas palavras do Papa João
Paulo II, quando nesta solenidade em 2002, nos lembrou que: "O rosto de
Cristo é um rosto de luz que rasga a obscuridade da morte: é anúncio e penhor
da nossa glória, porque é o rosto do Crucificado Ressuscitado, o único Redentor
da humanidade, que continua a resplandecer sobre nós (cf. Sl 67, 3)".
Somente em 1457, esta celebração se estendeu para toda a cristandade, por
determinação do Papa Calisto III, que quis enaltecer a vitória, do ano
anterior, das tropas cristãs sobre os turcos muçulmanos que ameaçavam a
liberdade na Europa.
*Fonte: Pia
Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br
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Fonte: arquisp.org.br Ilustração: franciscanos.org.br
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