ferido pela pandemia
Uma vez no Brasil
os dispositivos serão entregues e doados aos hospitais que a Nunciatura
Apostólica indicou no território nacional para que este gesto de solidariedade
e caridade cristã possa realmente ajudar as pessoas mais pobres e necessitadas.
Vatican News - Mais
uma doação do Papa em tempo de pandemia. Desta vez, o coração de Francisco bate
pelo Brasil, o segundo país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus.
"Nesses dias – lê-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela
Esmolaria Apostólica, assinado pelo cardeal Konrad Krajewski –, serão enviados
ao Brasil 18 ventiladores Draeger para terapia intensiva e 6 ecógrafos
portáteis Fuji". Uma ajuda concreta, tornada possível "graças ao
generoso compromisso – destaca o comunicado - da Associação Hope Onlus que,
altamente especializada em projetos humanitários sobre saúde e educação, tem
trabalhado para encontrar os equipamentos médicos de alta tecnologia que salvam
vidas através de vários doadores; tem trabalhado também no procedimento de
transporte e instalação nos diversos hospitais".
Atenção aos mais
necessitados
A Esmolaria
Apostólica, portanto, continua com um compromisso incessante e universal de
apoiar aqueles que, em todos os cantos do mundo, são os mais atingidos pela
Covid-19. Ele o faz realizando a vontade do Papa: chegar àquelas realidades
onde a emergência ligada ao novo coronavírus colocou em crise os sistemas de
saúde já fortemente provados por outras emergências e dificuldades anteriores à
pandemia. Na primavera passada, os ventiladores doados por Francisco chegaram
ao continente americano - da Venezuela ao Haiti, mas também ao próprio Brasil e
a outros países - e ao continente asiático, com aqueles enviados a Bangladesh,
por exemplo. Também a Europa - pensemos na Itália, Espanha e Ucrânia - e depois
no continente africano, onde entre os países que receberam os ventiladores
estão Camarões e Zimbábue. As doações continuaram também durante o período do
verão, a última das quais para o Brasil.
O papel da
Nunciatura Apostólica
A ajuda da
Esmolaria Apostólica é concreta e eficaz. Por isso, é máxima a atenção aos
detalhes, de modo a não comprometer o sucesso real das doações. "Uma vez
no Brasil, estes dispositivos - se especifica no comunicado de hoje - serão
entregues e doados aos hospitais que a Nunciatura Apostólica indicou no
território nacional para que este gesto de solidariedade e caridade cristã
possa realmente ajudar as pessoas mais pobres e necessitadas". No Brasil,
recordamos, há mais de 3 milhões e 300 mil casos da Covid-19 e pelo menos 107
mil vítimas.
.............................................................................................................................................................
Papa Francisco:
Cristãos
chamados a testemunhar a experiência da beleza de Deus
chamados a testemunhar a experiência da beleza de Deus
A experiência da
beleza de Deus, "não seria essa surpreendente descoberta a maior
contribuição que os cristãos poderiam dar para sustentar a esperança dos
homens? É uma tarefa da qual não podemos nos esquivar, especialmente nesta
estreita curva da história. É o chamado a ser transparências da beleza que
mudou as nossas vidas, testemunhas concretas do amor que salva, sobretudo em
relação àqueles que agora mais sofrem”, diz a mensagem enviada ao Encontro de
Rimini.
Vatican News - “Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos
frágeis e desorientados. A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e
deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os
nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades.
Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e
dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”
Com estas palavras
pronunciadas pelo Papa em 27 de março na Praça São Pedro, tem início a mensagem
assinada pelo cardeal Pietro Parolin e enviada ao bispo de Rimini, Dom
Francesco Lambiasi, por ocasião da 41ª edição do “Encontro para a amizade entre
os povos”, realizado este ano virtualmente. Diante das questões levantadas pela
pandemia, os cristãos - diz a mensagem - têm a missão de sustentar a esperança
dos homens, por meio do testemunho da experiência da beleza de Deus.
Resgatar a
capacidade do "maravilhar-se"
O título deste ano
- "Privados de maravilha, permanecemos surdos ao sublime" - oferece
uma contribuição preciosa e original em um momento vertiginoso da história. “Na
busca dos bens, mais que do bem – observa o secretário de Estado na mensagem -
muitos apostaram exclusivamente na própria força, na capacidade de produzir e
ganhar, renunciando àquela atitude que na criança constitui o tecido do olhar
sobre a realidade: o maravilhar-se.“
E é justamente
esta capacidade de maravilhar-se que coloca a vida em movimento, “permitindo a
ela recomeçar em qualquer circunstância”. “É a atitude que devemos ter no
começo do ano, porque a vida é um dom que nos possibilita começar sempre de
novo”, havia dito o Papa Francisco na Missa de 1º de janeiro de 2019,
insistindo então na necessidade de readquirir a capacidade de se maravilhar
para viver: “a vida, sem nos maravilharmos, torna-se cinzenta, rotineira; e de
igual modo a fé. Também a Igreja precisa renovar a sua maravilha por ser casa
do Deus vivo, Esposa do Senhor, Mãe que gera filhos”.
Nos últimos meses
- recorda a mensagem - experimentamos aquela dimensão do deslumbramento,
“que assume a forma da compaixão diante do sofrimento, da fragilidade, da
precariedade da existência”, um nobre sentimento humano que “levou médicos e
enfermeiros a enfrentar o grave desafio do coronavirus com dedicação extenuante
e admirável compromisso.”
O mesmo sentimento
pleno de carinho pelos próprios estudantes – prossegue – “permitiu a muitos
professores acolher o cansaço do ensino à distância, garantindo o fim do ano
letivo. Da mesma forma, permitiu que muitos encontrassem nos rostos e na
presença de familiares a força para enfrentar as adversidades e sofrimentos”.
Neste sentido, o
tema do “Meeting” constitui “um poderoso chamado para descer às profundezas do
coração humano por meio da corda do deslumbramento”.
Qual é o
significado da vida, da dor, da morte?
Assim, “como não
experimentar uma original sensação de deslumbramento diante do espetáculo de
uma paisagem de montanha, ou de ouvir uma música que faz vibrar a alma, ou
simplesmente diante da existência de quem nos ama e do dom da criação? O
deslumbramento é verdadeiramente a forma de apreender os sinais do sublime,
isto é, daquele Mistério que constitui a raiz e o fundamento de todas as coisas.”
Se tal meta
não for cultivada, tornamo-nos cegos diante da existência, fechados em nós
mesmos, ficamos atraídos pelo efêmero e deixamos de questionar a realidade. Mas
“também no deserto da pandemia, ressurgiram questões frequentemente
adormecidas: qual é o significado da vida, da dor, da morte?“.
O homem – escreveu
Jorge Mario Bergoglio na ‘Vida de padre Giusani’ - não pode se contentar com
respostas reduzidas ou parciais, obrigando-se a censurar ou esquecer algum
aspecto da realidade. Dentro de si ele possui um anseio pelo infinito, uma
tristeza infinita, uma nostalgia que só se satisfaz com uma resposta igualmente
infinita. A vida seria um desejo absurdo se esta resposta não existisse”.
Confinamento
devolveu forma mais genuína de apreciar a existência
Mesmo sem ter
consciência disso, não poucas pessoas foram “em busca de respostas ou mesmo
apenas questionaram-se sobre o sentido da vida, a que todos aspiram”.
Assim, ao invés de
matar a sede mais profunda a este respeito, o confinamento despertou em alguns
a capacidade de se maravilhar diante de pessoas e fatos antes tidos por óbvios.
Tal dramática circunstância devolveu, pelo menos por um tempo, uma forma mais
genuína de apreciar a existência, sem aquele complexo de distrações e
preconceitos que poluem os olhos, sufocam as coisas, esvaziam o deslumbramento
e nos distraem de perguntar quem somos.”
Também a
experiência da beleza, que muitas vezes compreendemos por meio dos artistas, é
decisiva para a existência. “Um mundo sem beleza – dizia Hans Urs von Balthasar
– perdeu sua força de sua atração”, levando o homem a se perguntar “por que não
deveria então preferir o mal?”
Diante de todo
esse contexto, o tema do “Meeting” lança “um desafio decisivo aos cristãos,
chamados a testemunhar a atração profunda que a fé exerce em virtude da sua
beleza: «a atração de Jesus»”.
Com a experiência
da beleza de Deus, sustentar a esperança dos homens
Neste sentido –
escreve o cardeal Parolin – o Santo Padre “convida-vos a continuar a colaborar
com ele no testemunhar a experiência da beleza de Deus, que se fez carne para
que os nossos olhos se maravilhem de ver o seu rosto e os nossos olhares
encontrem nele a maravilha de viver.”
“Não seria essa
surpreendente descoberta, a maior contribuição que os cristãos poderiam dar
para sustentar a esperança dos homens?", pergunta. "É uma tarefa da
qual não podemos nos esquivar, especialmente nesta estreita curva da história.
É o chamado a ser "transparências da beleza" que mudou nossa vida,
testemunhas concretas do amor que salva, sobretudo em relação àqueles que agora
mais sofrem”.
A mensagem conclui
com a Bênção Apostólica concedida pelo Santo Padre a toda a comunidade do
“Meeting de Rimini”.
..................................................................................................................................................................
Fonte: vaticannews.va
Fonte: vaticannews.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário