15º Domingo do Tempo Comum
Podemos
apreender o seguinte ensinamento: para alguns, a salvação está no cumprimento
das leis; para outros, nos atos realizados dentro de um templo; para o
samaritano, está em assumir a Vida e colocar-se a caminho dos que estão sendo
privados dela.
A primeira
leitura da liturgia de hoje nos fala da maravilha que é possuir uma lei feita
por Deus e que, por isso mesmo, leva à Vida. Essa Lei está impregnada em nosso
ser.
O Livro do
Deuteronômio diz que ela “está ao seu alcance: está na sua boca e no seu
coração”. Isso significa que não deveremos ficar presos a um código de regras,
de prescrições, mas que nos entreguemos, sem reservas, à promoção da Vida.
No Evangelho, a
parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus, deixa isso claríssimo. O Mestre
dá a essa Lei um nome: misericórdia!
A misericórdia
promove a Vida. Ela não faz rodeios para salvar o ser humano. A Vida está em
primeiro lugar. Salvaguardar a Vida, seja de quem for, é a Lei Máxima! E quando
se fala em Vida não se restringe à vida física, mas se compreende também a
moral, a psíquica, a espiritual.
Fala-se da Vida
do Homem. Tudo deve estar subordinado a esse valor, porque Deus é Vida e Ele
assim determinou que fosse. Por isso, matar alguém, física ou moralmente é um
pecado grave.
Do mesmo modo é desconhecimento da revelação do Amor de Deus, qualquer atitude que demonstre falta de misericórdia. Está escrito: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”.
Do mesmo modo é desconhecimento da revelação do Amor de Deus, qualquer atitude que demonstre falta de misericórdia. Está escrito: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”.
Por que é um
samaritano quem pratica a misericórdia na parábola contada por Jesus? Será que
Jesus quer simplesmente incomodar os judeus? Não, não é nada disso. Ele até
pode ter esse desejo, e certamente o tem, de alertar seus concidadãos.
Mas a figura do
samaritano, nesta parábola, tem o significado de ser alguém que desconhece um
código de leis.
Jesus quer
destacar que esse homem nascido na Samaria agiu somente por causa de seu
coração. Ele teve a sensibilidade de perceber a situação de miséria em que se
encontrava o homem assaltado. Ajudou muito para que tivesse compaixão, sua
origem samaritana, de marginalizado. Ele se identificou com o pobre coitado e
agiu como Deus, isto é, teve compaixão.
Segundo Lucas,
somente Jesus tem compaixão. É um gesto eminentemente divino! O QUE É MEU É
TEU! QUERO QUE VOCÊ TENHA VIDA!
Podemos
apreender o seguinte ensinamento: para alguns, a salvação está no cumprimento
das leis; para outros, nos atos realizados dentro de um templo; para o
samaritano, está em assumir a Vida e colocar-se a caminho dos que estão sendo
privados dela. Ao se solidarizar com o marginalizado, o samaritano encontrou
Deus e a verdadeira religião.
Pe. Cesar
Augusto dos Santos
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Fonte: vaticannews.va
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