Retomar com novo impulso
a transformação missionária da vida e da pastoral
a transformação missionária da vida e da pastoral
Francisco
recordou que este ano celebram-se os cem anos da promulgação da Carta
Apostólica Maximum illud com a qual o Papa Bento XV “quis dar novo impulso à
responsabilidade missionária de anunciar o Evangelho”.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (20/05),
na Sala do Consistório, no Vaticano, os participantes do Capítulo Geral do Pontifício
Instituto das Missões Exteriores (PIME).
O Santo Padre
deu graças a Deus pelo longo caminho percorrido pelo organismo eclesial em seus
quase 170 anos de fundação ocorrida, em Milão, na Itália, como Seminário das
Missões Exteriores.
Francisco
recordou dom Angelo Ramazzotti, na época Bispo de Pavia, fundador do PIME.
“Ele acolheu o desejo do Papa Pio IX e teve a ideia de envolver na fundação os
bispos da Lombardia, com base no princípio da corresponsabilidade de todas as
dioceses, na difusão do Evangelho aos povos que ainda não conhecem Jesus
Cristo”, frisou o Pontífice. Era uma novidade para aquele tempo, pois até
aquele momento, o apostolado missionário estava totalmente nas mãos das Ordens
e Congregações religiosas.
Semente que
produziu muitos frutos
Com o passar dos
anos, o PIME fez um percurso autônomo, e em parte se desenvolveu como as outras
Congregações religiosas, mas sem identificar-se com elas. Os membros não fazem
votos como os religiosos, mas consagram suas vidas para a atividade missionária
com a promessa definitiva.
“Os seus
primeiros campos de missão foram na Oceania, Índia, Bangladesh, Mianmar, Hong Kong
e China. A semente escondida debaixo da terra produziu muitos frutos de novas
comunidades, de dioceses que nasceram do nada, de vocações sacerdotais e
religiosas que germinaram pelo serviço da Igreja local. Depois da II Guerra
Mundial vocês foram para o Brasil, na Amazônia, Estados Unidos, Japão,
Guiné-Bissau, Filipinas, Camarões, Costa do Marfim, Tailândia, Camboja, Papua
Nova Guiné, México, Argélia e Chade”, frisou o Papa.
Mártires do PIME
“A sua história
é marcada por uma trilha luminosa de santidade em muitos de seus membros, em
alguns reconhecida oficialmente pela Igreja”, disse Francisco, recordando os
mártires Santo Alberico Crescitelli, o beato Giovanni Battista Mazzucconi, o
beato Mario Vergara, e os confessores o Beato Paolo Manna e o Beato Clemente
Vismara.
“Dentre os seus
missionários há 19 mártires que deram suas vidas por Jesus em nome de seu povo,
sem reservas e sem cálculos pessoais."
Outro momento da Audiência |
“É somente a
partir de Cristo que nossa vida e nossa missão fazem sentido, porque «não
haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as
promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem
anunciados», disse Francisco, recordando um trecho da Exortação Apostólica Evangelii
nuntiandi sobre a Evangelização no mundo contemporâneo de São Paulo VI,
que resume o sentido da vida e vocação dos missionários do PIME.
“Evangelizar é a
graça e a vocação própria de seu Instituto, a sua identidade mais profunda. No
entanto, essa missão, é sempre bom enfatizar, não lhes pertence, porque brota
da graça de Deus: «A primeira palavra, a iniciativa verdadeira, a atividade
verdadeira vem de Deus e só inserindo-nos nesta iniciativa divina, só
implorando esta iniciativa divina, podemos nos tornar também, com Ele e n’Ele,
evangelizadores», disse o Papa citando um trecho da sua Exortação Apostólica
Evangelii gaudium.
Despertar a
consciência da missio ad gentes
A seguir,
Francisco recordou que, este ano, celebram-se os cem anos da promulgação da
Carta Apostólica Maximum illud com a qual o Papa Bento XV “quis
dar novo impulso à responsabilidade missionária de anunciar o Evangelho”.
Agradecimento ao Santo Padre |
Colocar a missão
no centro
O Papa sublinhou
que o PIME está procurando, na medida do possível, colocar a missão no centro,
pois esta foi a urgência missionária que fundou o Instituto e continua a
moldá-lo.
“Vocês estão
convencidos disso e escolheram as palavras de São Paulo ‘Ai de mim se eu não
pregar o evangelho’, como guia e inspiração.” Segundo o Pontífice, à luz dessas
palavras, o organismo trabalhou “para compreender novamente a missão ad gentes,
reafirmar a primazia da única vocação missionária tanto para os leigos quanto
para os sacerdotes, escolher os âmbitos da missão, definir a animação
vocacional como atividade missionária, verificar o seu ser comunidade e
repensar a organização do PIME de hoje e de amanhã”.
“Não tenhamos
medo de fazer, com confiança em Deus e muita coragem, uma escolha missionária
capaz de transformar todas as coisas, para que os costumes, os estilos, os
horários, a linguagem e toda estrutura eclesial se tornem um canal adequado
para a evangelização do mundo atual”, concluiu Francisco.
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Fonte: vaticannews.va
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