quadriênio e se despede
do trabalho à frente da entidade
Na penúltima
Coletiva de Imprensa nesta quinta-feira, 9 de maio, a atual presidência da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), composta pelo cardeal Sergio
da Rocha, presidente, dom Murilo Krieger, vice-presidente e dom Leonardo
Steiner, secretário-geral, apresentaram um balanço do trabalho desenvolvido no
último quadriênio 2015-2019, destacaram os elementos chaves da 57ª Assembleia
Geral e da Mensagem ao Povo Brasileiro, divulgada dia 7 de maio.
O arcebispo de
Brasília, cardeal Sergio da Rocha, procurou retomar o caminho percorrido sem
“fazer um resumo”, ressaltando apenas os aspectos mais importantes. O cardeal
disse que a atual presidência procurou respeitar e valorizar todas as intâncias
da CNBB (Conselhos Permanente e Episcopal Pastoral, Regionais e as
Assembleias). “Sempre quando a presidência se pronuncia ou encaminha algo, o
faz respeitando todas estas instâncias”, disse.
No quadriênio,
detalhou o presidente, foram emitidas 50 mensagens, notas e declarações da CNBB
sobre aspectos da realidade socio e política do Brasil. A Palavra de Deus e a
Doutrina Social da Igreja, ressaltou o cardeal Sérgio, são sempre as duas
fontes de referência para escrever as mensagens. “A CNBB não é um partido
político como muitos dizem. Ela se manifesta sempre à luz de suas fontes.
Frente à realidade, ela busca cumprir a sua missão de ser profética”, disse.
O presidente
destacou também as publicações realizadas no período, como a tradução oficial
da Bíblia da CNBB que será usada como referências pelas comunidades católicas
de todo o país e os documentos do Concílio Vaticano II.
O diálogo foi
outro ponto bastante incentivado pela atual presidência da CNBB, segundo seu
presidente, tanto no interior da Igreja do Brasil buscando a comunhão entre os
pastores quanto com o Sucessor de Pedro, o papa Francisco, e a Curia Romana. A
atual presidência foi à roma para as visitas anuais nos últimos quatro anos
tanto para a visita à Santa Sé quanto aos Dicastérios onde apresentaram a
caminhada da Igreja e ouviram as orientações do Santo Padre.
No Brasil,
segundo o cardeal Sergio, a atual presidência buscou manter uma relação
respeitosa de diálogo com os três poderes (com visitas ao Congresso Nacional,
aos presidentes da República e ao Supremo Tribunal Federal) e também com a
sociedade civil organizada (OAB, movimentos sociais, sindicatos).
Outros aspectos
destacados pelo presidente foram as iniciativas de serviço e solidariedade que
Igreja no Brasil e da CNBB mantém com o Haiti, a Guiné Busseau, o Timor Leste,
acolhida dos Venezuelanos e a Moçambique. Ao final, o cardeal destacou ainda as
reformas do prédio sede da CNBB, em Brasília (DF), do Colégio Pio Brasileiro em
Roma e a construçao de um prédio sede da editora da entidade, em Brasília.
57ª Assembleia
Geral – Coube, na coletiva de imprensa, ao atual vice-presidente da CNBB,
dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA), falar sobre os encaminhamentos
centrais da 57ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida (SP) de 1º a
10 de maio. Ele destacou, em primeiro plano, as novas diretrizes aprovadas a
partir das quais cada Igreja particular fará seu plano de trabalho para os
próximos anos. “As diretrizes nos fazem ter um olhar mais atento para a
realidade urbana”, disse.
Dom Murilo
destacou ainda a convivência e a espiritualidade vivenciada pelos bispos nos 10
dias. Segundo ele, os bispos, depois da convivência, voltam para casa
fortalecidos e tranquilos. “A assembleia é uma Escola de fraternidade e um
painel sobre a Igreja no mundo e no Brasil. O bispo que perde esses dias aqui dificilmente
recupera esta riqueza”, disse.
Mensagem ao povo
de Deus – O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, em referência
à Mensagem da CNBB ao Povo de Deus, divulgada no último dia 7 de maio, disse
que o texto mantém a coerência com os temas e pronunciamentos das notas da
presidência nos últimos anos: ética, corrupção e violência.
O
secretário-geral deu ênfase também à necessidade de a Igreja no Brasil promover
debate em torno das propostas de reformas (previdência e tributária) na ótica
do que coloca a mensagem: “que os pobres não sejam os mais prejudicados”.
Ele reforçou que os bispos do Brasil demonstram, na mensagem, preocupação com
os povos originários (indígenas e quilombolas) que têm seus direitos ameaçados.
Ao final da
coletiva, ele agradeceu ao trabalho dos jornalistas e dos veículos de
comunicação de inspiração católica pelo serviço de cobertura da Assembleia e
também da CNBB. Dom Leonardo agradeceu também ao trabalho da Assessoria de
Imprensa da entidade.
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Fonte: cnbb.org.br
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