"Somos todos devedores do amor de Deus.
Ele jamais deixará de nos amar"
Falando aos
fiéis na Praça São Pedro, o Papa prosseguiu o ciclo de aprofundamento sobre a
oração do Pai Nosso, lembrando que 'assim como temos necessidade do pão,
precisamos também do perdão'.
Cidade do Vaticano - Nesta chuvosa
quarta-feira de primavera, cerca de 15 mil pessoas participaram da audiência
geral com o Papa Francisco na Praça São Pedro. Em sua catequese, o Pontífice
prosseguiu o ciclo de aprofundamento sobre a oração do Pai nosso.
Depois de pedir
‘o pão nosso de cada dia’, a oração entra no campo das nossas relações com os
outros: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido».
Assim como temos
necessidade do pão, precisamos do perdão. Todos os dias
Em seguida, o
Papa ressaltou que a posição mais perigosa da vida é a do orgulho: a atitude de
quem se coloca diante de Deus pensando que as suas contas com Ele estão em
ordem”.
O Papa citou o
fariseu narrado na parábola de Lucas que, no templo, pensava que estava
rezando, quando na verdade estava apenas louvando-se a si mesmo diante de Deus.
Por sua vez, o publicano – um pecador desprezado por todos – não se sente digno
sequer de entrar no templo, fica ao fundo e confia-se à misericórdia de Deus.
Então Jesus comenta: “Este, o publicano, voltou para casa justificado (isto é,
perdoado, salvo); e o outro, não”.
“Há pecados que
se veem e outros que passam despercebidos aos olhos dos demais e, por vezes,
nem nós próprios nos damos conta. O pior destes é a soberba, o orgulho: o
pecado que rompe a fraternidade, levando-nos a presumir que somos melhores do
que os outros, que nos faz crer que somos iguais a Deus.”
Diante de Deus,
frisou o Papa, somos todos pecadores; e não faltam motivos para batermos no
peito, como aquele publicano no templo.
“Somos devedores
porque recebemos tanto nesta vida: a existência, um pai e uma mãe, a amizade, as
maravilhas da Criação… Embora aconteça com todos de ter dias difíceis, temos
sempre que lembrar que a vida é uma graça, é o milagre que Deus tirou do nada”.
Amamos porque
fomos amados
E ainda: somos
devedores também porque nenhum de nós brilha de luz própria, ninguém é capaz de
amar com suas próprias forças. Se amamos, é porque alguém nos sorriu quando
éramos pequenos e nos ensinou a responder com o sorriso. Alguém perto de nós
nos despertou ao amor. É o mysterium lunae: amamos, antes de tudo, porque fomos
amados; perdoamos porque fomos perdoados. E se uma pessoa não foi iluminada
pela luz do sol, fica gélida como o terreno no inverno.
“A verdade – concluiu o Papa – é que ninguém
ama tanto a Deus como Ele nos amou a nós. Basta fixar Jesus crucificado para
vermos a desproporção: amou-nos primeiro e não deixará jamais de nos amar”.
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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