Se não digo Pai a Deus, não sei rezar
Cidade do
Vaticano (RV) – “A Missa é a oração por excelência, a mais elevada, a
mais sublime, e ao mesmo tempo a mais “concreta”.
Ao dar
prosseguimento ao seu ciclo de catequeses sobre a Eucaristia, o Papa Francisco
enfatizou na Audiência Geral desta quarta-feira que a Missa é “o encontro do
amor com Deus mediante a sua Palavra e o Corpo e Sangue de Jesus”.
Estar em oração
– explicou o Santo Padre - significa acima de tudo, estar em diálogo,
numa relação pessoal com Deus: “o homem foi criado como ser em
relação com Deus, que encontra a sua plena realização somente no encontro
com o seu Criador. O encontro da vida é rumo ao encontro definitivo com o
Senhor”.
A importância do
silêncio
“A Missa, a
Eucaristia é o momento privilegiado para estar com Jesus, e por meio d’Ele, com
Deus e com os irmãos”, observou o Papa, ao referir-se ao encontro do Senhor com
Moisés e de Jesus quando chama os seus discípulos:
"Ser humildes, reconhecer-se filhos, repousar no Pai, confiar n’Ele", é o primeiro ponto para ter um verdadeiro diálogo com Deus |
“Recordem o que
eu disse na semana passada, completou o Papa. Não vamos a um espetáculo. Vamos
a um encontro com o Senhor e o silêncio nos prepara e nos acompanha”.
Dirigir-se a
Deus como "Pai"
“Jesus mesmo nos
ensina como realmente é possível estar com o Pai e demonstra isto com a sua
oração”. Ele explica aos discípulos que o veem retirar-se em oração, que a
primeira coisa necessária para rezar é saber dizer “Pai”. E faz um alerta:
“E prestem
atenção: se eu não sou capaz de dizer “Pai” a Deus, não sou capaz de rezar.
Devemos aprender a dizer “Pai”. Tão simples. Dizer Pai, isto é, colocar-se na
sua presença com confiança filial”.
Humildade e
condição filial
Mas para poder
aprender isto, “é necessário reconhecer humildemente que temos necessidade de
ser instruídos e dizer com simplicidade: Senhor, ensina-me a rezar”:
“Este é o
primeiro ponto: ser humildes, reconhecer-se filhos, repousar no Pai, confiar
n’Ele. Para entrar no Reino dos Céus é necessário fazer-se pequenos como
crianças, no sentido de que as crianças sabem entregar-se, sabem que alguém se
preocupará com elas, com o que irão comer, o que vestirão e assim por diante”.
Deixar-se
surpreender
A segunda
condição, também ela própria das crianças – continuou Francisco – “é deixar-se
surpreender”:
“A criança
sempre faz mil perguntas porque deseja descobrir o mundo; e se maravilha até
mesmo com as coisas pequenas, porque tudo é novo para ela. Para entrar no Reino
dos céus, é preciso deixar-se maravilhar”.
“Em nossa
relação com o Senhor, na oração, deixamo-nos maravilhar? Ou pensamos que a
oração é falar a Deus como fazem os papagaios?”, pergunta Francisco. “Não! É
entregar-se e abrir o coração para deixar-se maravilhar”.
“Deixamo-nos
surpreender por Deus que é sempre o Deus das surpresas? Porque o encontro com o
Senhor é sempre um encontro vivo. Não um encontro de Museu. É um encontro vivo
e nós vamos à Missa, não a um Museu. Vamos a um encontro vivo com o Senhor”.
Nascer de novo
O Papa então
recorda o episódio envolvendo Nicodemos, a quem o Senhor fala sobre a
necessidade de “renascer do alto”. “Mas o que significa isto? Se pode
“renascer”? Voltar a ter o gosto, a alegria, a maravilha da vida, é possível?”:
“Esta é uma
pergunta fundamental de nossa fé e este é o desejo de todo verdadeiro fiel: o desejo
de renascer, a alegria de recomeçar. Nós temos este desejo? Cada um de nós tem
desejo de renascer sempre para encontrar o Senhor? Vocês têm este desejo? De
fato, se pode perdê-lo facilmente, por causa de tantas atividades, de tantos
projetos a serem concretizados, e no final, resta pouco tempo e perdemos de
vista o que é fundamental: a nossa vida de coração, a nossa vida espiritual, a
nossa vida que é um encontro com o Senhor na oração”.
Na Comunhão,
Deus vai de encontro a minha fragilidade
O Senhor nos
surpreende – disse o Papa – mostrando-nos que “Ele nos ama também em nossas
fraquezas”, tornando-se “a vítima de expiação pelos nossos pecados” e por
aqueles do mundo inteiro:
“E este dom,
fonte da verdadeira consolação – mas o Senhor nos perdoa sempre, isto consola,
é uma verdadeira consolação, é um dom que nos é dado por meio da Eucaristia,
aquele banquete nupcial em que o Esposo encontra a nossa fragilidade. Posso
dizer que quando faço a comunhão na Missa o Senhor encontra a minha
fragilidade? Sim, podemos dizer isto porque isto é verdade! O Senhor
encontra a nossa fragilidade para nos levar de volta àquele primeiro chamado: o
de ser a imagem e semelhança de Deus. Este é o ambiente da Eucaristia,
esta é a oração”. (JE)
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Carro de luxo presentado ao Papa será leiloado e arrecadação, doada a necessitados
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa foi presenteado na manhã nesta quarta-feira (15/11) com uma Lamborghini em edição especial do modelo Huracan. O automóvel será leiloado e Francisco já decidiu o destino da arrecadação.
Francisco abençoa o presente recebido |
Uma parte irá à fundação pontifícia ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ e utilizada na reconstrução da Planície de Nínive, no Iraque, onde a comunidade cristã foi desalojada com o avanço das tropas do Estado Islâmico. Depois de 3 anos vivendo como refugiados no Curdistão, finalmente poderão retornar às suas raízes e readquirir dignidade.
A Comunidade Papa João XXIII, que ajuda mulheres vítimas do tráfico e da prostituição, também receberá auxílio, assim como duas associações italianas que atuam na África: ‘Gicam’ e ‘Amigos da República Centro-africana’.
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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