Papa sobre a Eucaristia:
“O céu começa com esta comunhão com Jesus”
Cidade do
Vaticano (RV) – “O pão é realmente o seu Corpo oferecido por nós, o vinho é
realmente o seu Sangue derramado por nós”. O discurso de Jesus sobre o Pão da
Vida foi o tema da alocução do Papa Francisco, que precede a oração do Angelus,
neste XX Domingo do Tempo Comum.
O discurso de Jesus
sobre o Pão da Vida, “que é também o Sacramento da Eucaristia” – proposto pelo
Evangelho de João – oferece ao Pontífice a ocasião para refletir sobre as
palavras de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. Palavras que provocaram estupor em
quem o ouvia, “o que era compreensível”. Jesus – explica o Papa - “usa o
estilo típico dos profetas para provocar nas pessoas – e também em nós –
questionamentos e, no final, provocar uma decisão”:
Alimentar-se da Eucaristia é estar em sintonia com o Coração de Jesus |
“Primeiro as
perguntas: o que significa “comer a carne e beber o sangue” de Jesus? É só uma
imagem, uma maneira de dizer, um símbolo, ou indica alguma coisa de real? Para
responder, é necessário intuir o que acontece no coração de Jesus enquanto
parte os pães para a multidão faminta. Sabendo que deverá morrer na cruz por
nós, Jesus se identifica com aquele pão partido e partilhado e isto se torna
para ele o “sinal” do Sacrifício que o espera. Este processo tem o seu ápice na
Última Ceia, onde o pão e o vinho tornam-se realmente o seu Corpo e o seu
Sangue. É a Eucaristia, que Jesus nos deixa com um objetivo muito preciso: que
nós possamos nos tornar uma só coisa com ele”.
“A comunhão –
afirmou o Papa - é assimilação: comendo-o, nos tornamos como ele. Mas isto requer
o nosso “sim”, a nossa adesão de fé”. À propósito dos questionamentos em
relação à participação na missa, do tipo “vou à Igreja quando sinto vontade ou,
rezo melhor sozinho”, o Papa faz um alerta:
“Mas a
Eucaristia não é uma oração privada ou uma bonita experiência espiritual, não é
uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia. Nós dizemos, para
entender bem, que a Eucaristia é “memorial”, ou seja , um gesto que atualiza e
torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o
seu Corpo oferecido por nós, o vinho é realmente o seu Sangue derramado por
nós”.
O céu começa com a comunhão com Jesus |
Se comungamos
com fé, nos alimentando de Jesus – observou o Pontífice – a Eucaristia
“transforma a nossa vida, a transforma em um dom a Deus e em um dom aos irmãos”,
pois “ é Jesus mesmo que se doa inteiramente a nós”:
Alimentar-se
daquele “Pão da Vida” “significa entrar em sintonia com o coração de Cristo,
assimilar as suas escolhas, os seus pensamentos, os seus comportamentos.
Significa entrar em um dinamismo de amor e se tornar pessoas de paz, pessoas de
perdão, de reconciliação, de partilha solidária. O próprio Jesus fez isto”.
“Viver em
comunhão real com Jesus nesta terra – observou Francisco - nos faz desde já
passar da morte para a vida. O céu começa justamente na comunhão com Jesus”.
Vivei no cotidiano a alegria do Evangelho |
No céu já nos
espera Maria nossa mãe - nós celebramos ontem este mistério. Que ela nos
alcance a graça de nutrirmo-nos sempre com a fé de Jesus, Pão da vida.
Após a récita do
Angelus, o Papa saudou os peregrinos presentes e, em especial, dirigiu uma
saudação aos numerosos jovens do movimento juvenil salesiano, reunidos em Turim
nos lugares de São João Bosco para celebrar o bicentenário do seu nascimento.
“Vos encorajo a viver no quotidiano a alegria do Evangelho, para gerar esperança
no mundo”, afirmou.
Ao despedir-se,
como de costume, Francisco desejou a todos “um bom domingo” e pediu “por favor,
não se esqueçam de rezar por mim! Um bom almoço e até logo!”. (JE/BFr)
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Palavras do Papa no Angelus repercutem na China
Pequim (RV) – As
palavras do Papa Francisco pronunciadas no Angelus da Assunção tiveram ampla
repercussão na mídia chinesa. A TV oficial dedicou uma reportagem especial ao
Angelus, quando o Pontífice falou da tragédia Tianjin, manifestando
solidariedade e oferecendo a sua oração pelas vítimas. Jornalistas italianos
residentes em Pequim, que tiveram acesso ao noticiário, destacam tratar-se de
“um gesto importante”, acrescentando “não recordarem de um precedente do
gênero”.
Residentes e voluntários acendem velas pelas vítimas de Tianjin |
Também o “South
China Morning Post" de Hong Kong publicou este domingo as palavras do
Santo Padre: “O meu pensamento vai, neste momento, à população da cidade de
Tianjin, na China setentrional, onde algumas explosões na área industrial
causaram numerosos mortos e feridos e grandes danos. Asseguro a minha oração
por aqueles que perderam a vida e por todas as pessoas provadas por este
desastre; que o Senhor dê conforto a eles e o sustento a quantos estão
empenhados em aliviar os seus sofrimentos”.
Quatro dias após
as explosões, o número de mortos subiu para 112. Os desaparecidos são 95. Dos
mais de 700 feridos, 25 estão em estado crítico. Por medo de contaminação
química, foi evacuada uma área de 3km² em torno ao grande depósito de
combustíveis do porto. As causas das explosões ainda são desconhecidas, ainda
que a Agência estatal Xinhua fale de cianureto de sódio, inflamável em contato
com a água. Enquanto continuam os socorros, favorecidos pelo vento que sopra em
direção ao mar, existe um primeiro balanço das vítimas e danos: são 17 mil
famílias atingidas, 1.700 empresas e 675 centros comerciais. Mais de seis mil
pessoas perderam sua moradia e estão abrigadas em 12 escolas, três edifícios e
casas de parentes. (JE/Sismógrafo)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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