sábado, 15 de agosto de 2015

Leituras da

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora


1ª Leitura: Ap 11.19a;12,1.3-6a.10ab
Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.
Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.
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Salmo: 44
– À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir.
 À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir.

– As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ e à vossa direita se encontra a rainha/ com veste esplendente de ouro de Ofir.
– Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei vosso povo e a casa paterna!/ Que o rei se encante com vossa beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
– Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no palácio real”.
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2ª Leitura: 1Cor 15,20-27a
Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Com efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.
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Evangelho:  Lc 1,39-56
Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

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Reflexão
Assunção de Nossa Senhora
O dogma da Assunção de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 1950. O texto da proclamação dogmática não afirma que ela foi elevada ao céu, mas à “Glória celeste”. Não se afirma, portanto, um deslocamento espacial nem uma nova localização, mas a transfiguração do seu corpo e a passagem de sua condição terrestre à condição gloriosa da totalidade de sua pessoa, isto é, corpo e alma.
A solenidade da assunção da Mãe de Deus é, em primeiro lugar, a festa da vitória de Deus e de Cristo sobre o mal e a morte (cf. 1Cor 15,21-22). Na ressurreição de Jesus Cristo, o inimigo da natureza humana foi vencido. É essa vitória que celebramos cada domingo. A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma verdadeira Páscoa, uma vez que é a participação da nossa humanidade na Páscoa de Jesus Cristo.
Todo o livro do Apocalipse pode ser considerado uma visão, no sentido de revelação de Deus. A finalidade do livro é encorajar o povo de Deus no seu testemunho de Cristo e permanecer firme na observância da palavra de Jesus Cristo. O tema da visão do trecho de hoje é “um grande sinal no céu”. Todo sinal precisa ser interpretado e bem compreendido. A mulher ornada que aparece no céu é a Igreja triunfante, vitoriosa (coroa de doze estrelas), na eternidade (lua debaixo dos pés), sobre a qual o mal não tem mais poder, pois ela é revestida da Glória do Ressuscitado (vestida de sol). Ela está pronta para dar à luz.
A Igreja, fiel ao seu Senhor, gera, pela fé, novos filhos. Ela é ameaçada por causa do filho que ela gera, mas é protegida por Deus e conduzida ao deserto. Todo o nosso trecho é uma evocação do êxodo. A finalidade é levar a Igreja peregrina a contemplar a realidade da Igreja triunfante a fim de ser sustentada no seu testemunho e na sua fidelidade ao Deus verdadeiro.
A festa da Assunção de Nossa Senhora é a participação da nossa humanidade na vitória de Cristo. Na Assunção de Nossa Senhora, Deus revela a dignidade do ser humano. O ser humano não pode ser prisioneiro do mal nem nossa vida terrestre pode ser desprezada, como se vivêssemos num desterro ou num vale de lágrimas. A vida do ser humano interessa a Deus. A elevação de Maria à Glória celeste faz com que olhemos para a nossa humanidade, a fim de que não a deixemos corromper pelo mal que desfigura o ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.
                                             Pe. Carlos Alberto Contieri, sj 
   Reflexão: paulinas.org.br      Banner: cnbb.org.br      Ilustrações: franciscanos.org.br
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