Este assunto de inferno e demônio!
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Amar é a resposta! Quem ama como Jesus ensinou a amar já está a caminho do Céu.
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Se cremos na Bíblia, nos Evangelhos, nas Epístolas, na doutrina de Jesus e dos apóstolos …. Se cremos na nossa Igreja e nesses 2 mil anos de pregação cristã, então o que está proclamado na missa de hoje, deve nos levar a pensar: OS DEMÔNIOS EXISTEM. (Mc 5,1-20)
Mas sair por aí dizendo que “sabemos” como é o diabo, o separador, o maligno, o tentador, o enganador, o encardido, o pai da mentira, o príncipe deste mundo, o homicida, o adversário, o acusador, o dragão, o satanás, aí é outra coisa. (1Tm 3,6) (Jó 1-2) (Jó 1,8) (Lc 11,5) (Mt 13,39)( Jo 8,44)
Quem não sabe distinguir entre evangelhos, epístolas, apócrifos e pseudoepígrafos, o CIC (catecismo oficial da nossa Igreja) vai espalhar confusão!
Ouvir falar do diabo não é o mesmo que conhecer a teologia sobre o mistério do bem e do mal. Existe um Magistério de 2 mil anos que desde os apóstolos tenta explicar o que Jesus quis dizer!
Quem sobe a um púlpito católico, seja ele padre ou leigo, precisa ter estudado o suficiente para distinguir entre lendas e verdades sobre anjos, santos e demônios. Citar frases sem explicar aumentará a confusão. Não é assunto fácil de explicar.
Jesus sabia lidar com o demônio ou com os demônios. E deixou claro que ele ou eles existem. Mas também deixou claro que tem tudo é demônio. Havia males que nada tinham a ver com a ação do demônio. Cegos e paralíticos e acidentes como o caso da Torre de Siloé eram explicados não como ação do demônio! (Lc 13,1-4) Muito era ação de gente má ou eram acidentes que acontecem.
O Novo Testamento ensina que Satanás e seus seguidores já foram julgados pela morte e ressurreição de Jesus. (Cl 1,13; 2,15) (Ef 6,11-19)
Quem vive falando de inferno e demônio e não perde chance de falar de castigo e inferno poderia também falar mais ainda de compaixão, misericórdia, Céu e perdão, porque Jesus muito mais disso do que daquilo!
Cabeças cheias de perdão, compaixão e de misericórdia pregam mais sobre o Céu do que sobre o inferno. Jesus ensinou que ambas realidades existem, mas aponta mais para as águas eternas do que para o fogo eterno. (Mt 3.12; 18,8) (Mc 9,46) (Jo 3,5; 7,38)
Sem ter estudado o que fogo eterno e águas eternas significam na Bíblia o pregador vai ensinar errado sobre inferno e demônio, e omitir o que Jesus ensinava sobre compaixão, perdão e chance de Céu.
É questão de perspectiva! Não se nega o evangelho de hoje (Mc 5,1-20) no qual se diz que Jesus precipitou 2 mil porcos no mar, porque estavam possuídos por demônios. Mas é bom explicar o episódio!
Jesus lidou com aqueles demônios. Então eles existem e fazem imenso mal. Como foi aquilo há muitas explicações. Mas para um católico que estudou o Catecismo, a conclusão é que Jesus sabia o que fazer. Foram 2 mil porcos ou Jesus usou de um simbolismo? É aí que os intérpretes discutem. Jesus daria tanto prejuízo a um cidadão só para provar que dominava os demônios? Ou a linguagem era figurada?
Tive aulas com dois doutores em Bíblia. Um dizia que de fato aquilo aconteceu. Outro dizia que era simbolismo. Jesus não prejudicaria a região a este ponto. Eu nunca pude afirmar no púlpito que foi daquele jeito. Mas pude afirmar que Jesus vencia o mal onde quer o mal agisse.
Era Jesus que vivia dizendo NÃO TENHAM MEDO. (Jo 16,33) (1Jo 5,5)
Então, não tenhamos medo nem do inferno nem do demônio. Tenhamos medo de nós mesmos dos nossos egoísmos. É isso que vai nos levar para a infelicidade aqui e depois.
Jesus em Mateus 25,31-46 aponta para esta realidade. Quem amou e ajudou irá para o Céu. Quem não amou e não ajudou corre o risco da Geena. Que fogo eterno será este fogo que não se apaga? Onde será? Como será? Eu não sei e não arrisco dizer como será. Só sei que haverá um depois daqui e que os bons não terão do que temer!
Cuidado com pregadores que acham que sabem tudo sobre Céu e Inferno.
Não é qualquer um que estudou o suficiente para falar desses mistérios. Eu sigo o Catecismo. E nele se diz que amar é a resposta (CIC 1817- 1829)
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