não devemos julgar os
outros, mas ajudá-los
Aquele que conhece Jesus carrega a luz da
salvação de Deus, não o machado de seus próprios julgamentos. Portanto, o
conhecimento e a compreensão que temos dos outros não são para julgá-los, mas
para ajudá-los: disse o Papa no Angelus, ao meio-dia deste IV Domingo da
Quaresma em preparação para a Páscoa do Senhor.
O olhar do Senhor sobre nós não é um farol
ofuscante que nos ofusca e nos coloca em dificuldade, mas o brilho suave de uma
lâmpada amiga, que nos ajuda a ver o bem em nós e a perceber o mal, para que
possamos nos converter e ser curados com o apoio de sua graça. Foi o que disse
o Papa no Angelus, ao meio-dia deste domingo, 10 de março, IV Domingo da
Quaresma em preparação para a Páscoa do Senhor.
Jesus não veio para condenar, mas para
salvar o mundo
Na alocução que precedeu a oração mariana
diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para rezar
com o Pontífice, Francisco deteve-se sobre a página do Evangelho do dia (Jo
3,14-21), que nos apresenta a figura de Nicodemos, um fariseu, "um dos
chefes dos Judeus". Ele viu os sinais que Jesus realizou, reconheceu n’Ele
um mestre enviado por Deus e foi encontrá-lo à noite, para não ser visto.
O Senhor o recebeu, dialogou com ele e lhe
revelou que não tinha vindo para condenar, mas para salvar o mundo, ressaltou
Francisco, convidando a refletir sobre isso: Jesus não veio para condenar, mas
para salvar o mundo.
Com frequência, no Evangelho, vemos Cristo
revelar as intenções das pessoas que encontra, às vezes desmascarando suas
atitudes falsas, como no caso dos fariseus, observou o Santo Padre, ou
fazendo-as refletir sobre a desordem de suas vidas, como no caso da Samaritana.
Jesus não quer que nenhum de nós se perca
Diante d’Ele não há segredos: Ele lê os corações. Essa capacidade pode ser inquietadora porque, se mal utilizada, prejudica as pessoas, expondo-as a julgamentos impiedosos. Pois ninguém é perfeito, todos somos pecadores, todos erramos, e se o Senhor usasse o conhecimento de nossas fraquezas para nos condenar, ninguém poderia ser salvo.
Mas não é assim, continuou o Papa. Pois Ele
não a usa para apontar o dedo para nós, mas para abraçar nossas vidas, para nos
libertar do pecado e nos salvar. Jesus não está interessado em nos colocar em
julgamento e nos submeter a sentenças; Ele não quer que nenhum de nós se
perca. Jesus não veio para condenar, mas para salvar o mundo.
Que o Senhor nos dê um olhar de
misericórdia
Antes de concluir, o Santo Padre
solicitou-nos a pedir ao Senhor que nos dê um olhar de misericórdia, para não
julgar os outros, mas ajudá-los, que olhemos para os outros como Ele olha para
todos nós.
Pensemos em nós, que tantas vezes condenamos os outros; tantas vezes gostamos de fazer fofoca, de procurar fazer fofoca contra os outros. Peçamos ao Senhor que nos dê esse olhar de misericórdia, que olhe para os outros como Ele olha para todos nós. Que Maria nos ajude a desejar o bem uns dos outros.
Raimundo de Lima - Vatican News
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