A coletiva de Imprensa do oitavo dia da 60ª
Assembleia Geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP), contou com a partilha
do bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), dom Maurício Jardim; do
bispo da diocese de Floresta (PE) e membro da Comissão Episcopal para o Laicato
e referencial para as CEBs, dom Gabriel Marchesi; e do bispo emérito de Barra
do Piraí – Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Especial para os Bispos
Eméritos, dom Francisco Biasin, para falar sobre o 15º
Intereclesial das CEBs e sobre a atuação dos bispos eméritos.
Dom Maurício Jardim |
Dom Mauricio partilhou que a expectativa é
grande com a proximidade do 15º Intereclesial das CEBs. “São cinco anos desde
que a diocese de Rondonópolis-Guiratinga foi escolhida para sediar este 15º
Encontro das Comunidades Eclesiais de Base. O ano de 2023 é o da vivência, da
celebração, e as inscrições estão encerradas”.
O encontro acontece de 18 a 22 de julho de
2023, em Rondonópolis (MT), com o tema “CEBs: Igreja em saída em busca de vida
plena para todos e todas” e o lema “Vejam! Eu vou criar um novo céu e uma nova
terra”.
Para dom Maurício, as CEBs caminha lado a
lado com a Igreja em uma “caminhada que iniciou em 1975, em Vitória (ES). Os
encontros nacionais são importantes para animar e fortalecer essa caminhada,
que deve ser alinhada com o Papa Francisco na busca por uma Igreja Missionária,
em saída”.
Dom Gabriel partilhou que este ano a
contribuição das comunidades será fundamental e a reflexão será feita junto com
os seus representantes. “A intenção é que o Intereclesial seja uma oficina de
fé e de missionariedade, na assunção sinodal de um compromisso em favor de vida
plena para todos e todas como filhos e filhas do mesmo Pai e irmãos e irmãs
entre nós. A base das reflexões virá da contribuição das comunidades que já
estão trabalhando”.
Segundo dom Gabriel, o 15º Intereclesial da
CEBs tem como diferencial a perspectiva de envolver a base, não somente no
abraço da solidariedade ou na escuta das suas dificuldades, mas também na
responsabilidade da construção da Igreja e no desenvolvimento da sua missão.
“Nosso símbolo é o trem e a viagem continua
e nos ajuda a plasmar a nossa identidade, no constante confronto com a Palavra
de Deus, nas celebrações, na escuta de tantos homens e mulheres companheiros no
caminho da vida, no compromisso em favor da vida plena que se faz dignidade e
justiça para todos. Cada estação é uma ocasião para nos tornarmos mais plenamente
discípulos missionários de Jesus”, ressalta ele.
Dom Biasin, dom Maurício e dom Gabriel
Após as falas de dom Maurício e de dom
Gabriel, o bispo emérito de Barra do Piraí (RJ) e presidente da Comissão
Especial para os Bispos Eméritos, dom Francisco Biasin, partilhou com os
presentes sobre o papel e a atuação dos eméritos.
Para dom Biasin, é importante ressaltar que
um bispo se tornar emérito não quer dizer que ele está aposentado. O bispo
permanece sempre bispo e não deixa o trabalho por limite de idade. Somente
deixa de ter as obrigações de gerir uma diocese, mas continua servindo à Igreja
de um modo diferente, “com generosa disponibilidade, na plena consciência que a
grandeza do bispo é sobretudo ser sucessor dos apóstolos e ter recebido o dom
da plenitude do sacerdócio de Jesus Cristo”.
Dom Biasin lembra que o título de emérito
não é algo formal e não há rompimento de vínculo com a diocese a que ele
pertence. “A emeritude do bispo e equiparados implica na aquisição de uma
espécie de nova missão ordenada ao bem da Igreja”.
Segundo ele, emérito é uma pessoa que se
distingue pelos serviços prestados. Não é um título de honra ou que premia, mas
é um reconhecimento que o bispo prestou um serviço dentro da Igreja, que ele se
distinguiu.
O Papa Francisco costuma, em suas falas,
exaltar a importância de se olhar, valorizar e se valer da experiência e da
sabedoria dos idosos. Para dom Biasin, “é importante valorizar os anciãos na
Igreja para que sintam que, também na velhice, podem dar frutos. Eles não estão
esperando que o tempo passe. Muitos estão engajados, a serviço, então por que
não valorizar esses dons nas paróquias ou dioceses, para que se sintam úteis? A
maioria só quer servir”.
Crédito das fotos: Jaison Alves (regional sul 4)
Por Vanuza Wistuba (Pastoral da Criança) -
Comunicação 60ª AG CNBB
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