Nas férias redescobrir o silêncio da meditação do Evangelho
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou neste domingo a oração mariana do
Angelus com os fiéis reunidos na Praça Pedro. Apesar do forte calor milhares de
fiéis e peregrinos estiveram presentes na grande praça vaticana.
Na sua alocução
o Pontífice recordou que neste domingo, a liturgia celebra a festa da
Transfiguração do Senhor: página evangélica na qual os apóstolos Pedro, Tiago e
João testemunham esse evento extraordinário.
O Papa
comentando o texto recordou que na conclusão daquela experiência “os discípulos
desceram do monte com os olhos e os corações transfigurados pelo encontro com o
Senhor”.
“É o caminho que
podemos realizar também nós. A redescoberta sempre viva de Jesus não é um fim
em si, mas nos conduz a descer da montanha, recarregados com a força do
Espírito Divino, para decidir novos passos de autêntica conversão e para
testemunhar constantemente a caridade como lei de vida cotidiana”.
Transformados
pela presença de Cristo e pelo ardor de Sua Palavra, - continuou o Papa -
seremos um sinal concreto do amor vivificante de Deus por todos os nossos
irmãos, especialmente por quem sofre, por aqueles que se encontram na solidão e
no abandono, pelos enfermos e pela multidão de homens e mulheres que, em
diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e
pela violência.
Francisco acena aos fiéis |
“A subida dos
discípulos ao Monte Tabor nos leva a refletir sobre a importância de se separar
das coisas mundanas, para fazer um caminho em direção ao alto e contemplar
Jesus. Trata-se de colocar-se à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado
do Pai, buscando momentos íntimos de oração que permitam a acolhida dócil e
alegre da Palavra de Deus".
O Papa Francisco
convidou ainda os fiéis presentes na Praça São Pedro a redescobrirem o silêncio
pacificador e regenerador da meditação do Evangelho, “que conduz a uma meta
rica de beleza, de esplendor e de alegria”.
“Nesta
perspectiva, - sugeriu o Papa -, o tempo do verão é um momento providencial
para aumentar o nosso compromisso de busca e de encontro com o Senhor. Durante
este tempo, - recordou ainda o Papa fazendo referência ao verão no hemisfério
norte – os estudantes estão livres de compromissos escolares e tantas famílias
fazem suas férias. É importante que durante o período de descanso e de
distanciamento das ocupações diárias, se possam regenerar as forças do corpo e
do espírito, aprofundando o caminho espiritual”.
Em seguida
Francisco confiou a Nossa Senhora as férias de todos pedindo que Ela nos ajude
a entrar em sintonia com a Palavra de Deus para que Cristo se torne luz e guia
de nossas vidas.
“A Ela confiamos
as férias de todos, para que sejam serenas e profícuas, mas sobretudo o verão
daqueles que não podem fazer férias porque impedidos pela idade, por motivos de
saúde ou de trabalho, por restrições econômicas ou por outros problemas, para
que, mesmo assim, seja um tempo de relaxamento, animado por presenças amigas e
momentos felizes”. (SP)
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Papa aos jovens da Ásia:
Respondam com a coragem da fé
Cidade do
Vaticano (RV) - Concluiu-se com uma solene cerimônia no aeroporto militar de
Yoygiakarta a 7ª Jornada da Juventude da Ásia. O evento, que envolveu 21 países
do continente e mais de dois mil jovens, foi precedido pela Santa Missa, da
qual também participou o Vice-presidente da República da Indonésia, Jusuf
Kalla. Durante a celebração, foi lida a mensagem do Santo Padre, assinada pelo
Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin.
Jovens da Ásia |
Daqui a três
anos, esses jovens se encontrarão em outro país da Ásia, muitos deles já terão
encontrado o seu caminho, muitos ainda estarão à procura, mas para todos eles,
a experiência da Jornada da Juventude da Ásia será decisiva, como explica o
Cardeal Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila nas Filipinas e Presidente da
Caritas Internationalis.
Cardeal Luis Antonio Tagle: Estes
dias são dedicados aos jovens do continente asiático. Esta é a terceira vez que
participo desses encontros. Na Indonésia, o tema foi a missão dos jovens em uma
sociedade multicultural. Para nós, multicultural também significa
multi-religioso; no entanto, com o espírito de encontro, de comunhão,
multicultural torna-se intercultural; Multi-religioso torna-se inter-religioso.
O espírito de diálogo é muito importante para nós na Igreja da Ásia; para os
jovens, é importante começar com essa cultura e atitude de diálogo, de
apreciação da diversidade: a diversidade não é uma razão de divisão, mas é uma
das razões da riqueza da civilização, da sociedade.
Pergunta: As
periferias do mundo são muito queridas ao Papa Francisco: talvez tenha sido uma
das primeiras surpresas deste Pontificado ouvir falar sobre as periferias.
Quanto isso é importante para jovens na Ásia? Quanto se sentem fortalecidos
também eles em desejarem ser católicos ativos nesta periferia?
Cardeal Luis Antonio Tagle: Esta
experiência, de estar na periferia da sociedade, se torne um motivo, um impulso
missionário, para ver com os olhos da fé as outras pessoas nas periferias.
Porque é um país onde existe uma religião maioritária, mas por trás dessa
religião algumas pessoas estão na periferia econômica, cultural e social. E a
experiência de estar na minoria, na periferia da sociedade, esperamos que se
torne um impulso missionário e também um impulso de compaixão em relação a
outras pessoas sofredoras e abandonadas. (SP)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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