Um sopro de esperança para a vida!
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus!
Neste domingo celebramos com alegria a solenidade de Pentecostes, quando Jesus
envia o Espírito Santo prometido. O Espírito vem em um tempo e lugar preciso, cinquenta
dias após a ressurreição de Cristo, na cidade de Jerusalém, no cenáculo, onde
os apóstolos estavam reunidos, tomados pelo medo. O Espírito Santo veio como um
vento imprevisto, forte, que entrou num ambiente de portas fechadas e encheu a
casa. Veio como línguas de fogo, sobre aqueles que seriam enviados para
proclamar a nova lei do amor, que carrega consigo a força de Deus, para
construir a fraternidade entre os povos de línguas e culturas diversas.
O Espírito Santo não só tirou o medo do
coração dos discípulos, mas também iluminou suas mentes, para que pudessem
assumir a missão para a qual o Senhor os tinha preparado, isto é, serem
portadores e anunciadores da Boa Nova do Reino. É o Espírito Santo, consolador
e mestre interior, quem enche a Igreja nascente, habilitando-a para a missão,
e, ao mesmo tempo, tornando-a portadora e testemunha das obras de Deus.
Por isso, não devemos deixar de invocar em
todos os tempos o Espírito Santo, com os seus dons, para que revigore a nossa
fé, a nossa esperança e a caridade. Que possamos viver o compromisso do nosso
batismo, como discípulos e discípulas, missionários e missionárias do Senhor
Jesus, anunciando a todos as obras de Deus, pela palavra, pelo testemunho de
vida e pelas ações, que expressam compaixão, amor e proximidade com o próximo.
Na fé e no amor, em Cristo Jesus, somos todos irmãos e irmãs, independente da
cor da pele do nosso corpo, da língua que usamos para nos comunicar ou da nossa
cultura.
Jesus é o consolador, o redentor e o
salvador. O Espírito Santo continuará a sua missão e permanecerá para sempre em
quem o acolhe. Ele nos dá resistência, coragem, consolação e capacidade de
irmos em frente, mesmo quando as adversidades da vida batem à porta do nosso
coração. Vem, Espírito Santo, ilumina com os teus dons a vida pessoal, familiar
e comunitária do povo de Deus, que na nossa realidade está sendo tão provado
neste momento da história, pela tragédia das enchentes.
Em uma de suas meditações, o Papa Francisco
mencionava que é preciso sermos fiéis ao Espírito, “para anunciarmos Jesus com
nossa vida, com o nosso testemunho e com as nossas palavras… Quando fazemos
isso, a Igreja se torna uma mãe que gera filhos”. A maternidade da Igreja deve revelar
aos seus filhos o rosto da ternura e da misericórdia de Deus, através do amor
que se faz doação, para com os que buscam esperança e consolo, nas alegrias,
provações e incertezas da vida.
Dom José Gislon - Bispo de Caxias do Sul
(RS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário