Ao comentar o Evangelho deste IV Domingo do
Tempo Comum, Francisco alertou para as insídias de hoje do maligno, como as
dependências, o consumismo e a idolatria do poder.
Para os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa comentou o Evangelho deste IV Domingo do Tempo Comum, que narra Jesus enquanto liberta uma pessoa possuída por um “espírito mau”.
Assim faz o diabo, explicou Francisco: quer
possuir para “nos aprisionar a alma”. E nós devemos estar atentos às “amarras”
que nos sufocam a liberdade, porque o diabo sempre nos tira a capacidade de
escolher livremente. O Pontífice então nomeia algumas correntes que podem
prender o coração, como as dependências, os modismos e a idolatria do
poder, "corrente muito ruim". Todas essas insídias nos tornam
escravos, sempre insatisfeitos, levam ao consumismo e ao hedonismo, que
mercantilizam as pessoas e comprometem as relações, gerando inclusive conflitos
armados.
Jesus veio para nos libertar de todas essas
amarras, com um detalhe: jamais dialoga com o diabo!
“Jesus liberta do poder do mal, mas - estejamos atentos -, expulsa o diabo, mas não dialoga com ele. Jamais Jesus dialogou com o diabo. E quando foi tentado no deserto, as respostas de Jesus eram palavras da Bíblia, nunca o diálogo. Irmãos e irmãs, com o diabo não se dialoga! Cuidado: com o diabo não se dialoga, porque se você começar a dialogar, ele vence. Sempre. Cuidado.”
Invocar Jesus!
E quando nos sentirmos tentados e
oprimidos, indicou o Papa, é preciso invocar Jesus, invocá-Lo ali, onde
sentimos que as correntes do mal e do medo apertam mais forte.
Também hoje, afirmou, o Senhor deseja
repetir ao maligno: “Saia, deixe em paz aquele coração, não dividir o
mundo, as famílias, as nossas comunidades; deixe-as viver serenas, para que ali
floresçam os frutos do meu Espírito, não os seus, assim diz Jesus. Para que
entre eles reinem o amor, a alegria, a mansidão, e no lugar de violências e
gritos de ódio, haja liberdade e paz, respeito e cuidado para todos".
Francisco então propôs algumas perguntas
aos fiéis: eu quero realmente me libertar daquelas amarras que me apertam o
coração? E depois, sei dizer “não” às tentações do mal, antes que se insinuem
na alma? Por fim, invoco Jesus, Lhe permito agir em mim, para curar-me por
dentro?
"Que a Virgem Santa nos proteja do
mal", foi a invocação final.
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