Pe. Zezinho, scj |||||||||..|||||||.|||||||||||
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Isto é constante na história das religiões
e também do catolicismo. Sempre houve grupos insatisfeitos com as lideranças em
todas as igrejas!
Os crentes católicos, evangélicos e
pentecostais que, nestes últimos 40 ou 30 anos mudaram de pregadores e de
cultos, foram ouvir o novo Jesus apresentado por seus novos pregadores. Não
gostou? Mudam de Igreja, ou simplesmente desobedecem! A disciplina nas igrejas
não é mais como era!
Ultimamente alguns expressivos grupos
migraram para um Jesus pentecostal. Descobriram Pentecostes. E os ritos,
canções, inserções de missa, tardes e noites de oração, novas curas, novas línguas,
jeito exigente de pregar conversão, tudo isto tem cerca de 40 anos. Dou aulas de
comunicação religiosa desde 1980 e vi isto pessoalmente. Faz 60 anos que
ousados pregadores inventam suas novas liturgias.
E os pregadores de várias destas igrejas e
deste novo jeito de anunciar Jesus, também medeiam entre 30 a 60 anos.
Os católicos carismáticos que assumiram
tais cultos eucarísticos acrescentaram gestos e expressões e canções típicas
destes cultos.
Também os trajes estão mudando. Os mais
radicais têm dificuldade de aceitar os bispos da CNBB, a DSI, as canções de
cunho social e as pregações sócio/políticas, mas como se viu nas últimas
eleições, eles aceitam tranquilamente as pregações conservadoras pró direita.
É nítida a esta opção deles. Votaram na
direita enquanto, os pró DSI em geral votaram na esquerda ou se abstiveram.
É que a opção religião nunca vem sem rosto.
O novo rosto de Jesus veio com novas pregações, novas canções e novo debates. Resultado:
Há grupos contra grupos, instigados por pregadores com nítidas opções anti
Vaticano II. Não escondem um perceptível retorno aos anos pré 1960.
Nos sermões raramente citam os documentos
deste período. Vale dizer: entre Vaticano II, Conferências Episcopais e
Regionais ou Nacionais, encíclicas e orientações pastorais são mais de 300
documentos católicos raramente citados por estes pregadores!
Mas a devoção a anjos, santos, práticas
devocionais, novo jeito de orar estão em alta. A doutrina e o catecismo
perderam espaço nestes púlpitos! A Pastoral Comportamental ganhou espaço nestes
púlpitos, a constante menção ao inferno, a punição futura, e constantes menções
a satanás, ao demônio e ao “encardido” ganharam mais destaque. A teologia vem
depois. Primeiro vem O COMPORTAR-SE como cristão!
Um grupo perdeu o medo do pecado e outro o
ressuscitou com a volta à penitência.
O que se perdeu foi a pregação da compaixão
e da misericórdia. O acento é mais o de João Batista e Amós do que o Jesus que dá
novas chances.
Há ênfase na ira nos púlpitos. É a volta
dos antigos enfoques, porque a ida para novos enfoques desagradou estes grupos!
Seria o novo discurso do Sinai? Prosseguir
ou voltar? Moisés ou Datã e Abirão? Novas lideranças radicais ou lideranças moderadas?
Quem viver os próximos 50 anos verá o seu desfecho!
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