a Natividade de Nossa Senhora
Se nós não esquecemos nossos aniversários,
é claro que não podemos olvidar o de nossa Mãe celeste: Maria. Ela foi
escolhida, desde toda a eternidade pelo Pai, para ser a Mãe do Salvador
venturo. Ela disse “sim” ao anjo de Deus, o que não foi nada fácil, para Ela.
Sabemos dos sofrimentos, pelos quais passou, pois, o próprio São José não
conhecia bem, o plano de Deus, o qual mesmo nunca exigindo demais de nós, quer
a nossa colaboração pela vivência da fé e do amor, que são virtudes
teologais.
Natividade. Hoje, a Igreja celebra o
nascimento da Virgem Maria. Nada mais justo. Não sabemos bem, quando, nasceram
Maria e Jesus, Seu Filho. Mas nasceram como predito pelo Altíssimo. Assim, os
primeiros raios de luz da história da salvação, se fizeram perceber. Deus a
escolheu e a preparou, com Sua Graça, para torná-la Mãe digna e certamente apta
para a função, razão pela qual, Deus a quis Imaculada (Cf. Lc 1, 28-29.42) para
gerar Seu Divino Filho. Por isso, a Igreja se alegra tanto, com Maria e sua
missão, pois aderiu de todo o coração ao projeto do Pai. Colaborou. Disse “sim”
para o nascimento do Senhor. Hodiernamente, também nós, devemos dizer sim ao
Verbo e colaborar com Ele, em sua enculturação na história.
Descubramos, então, melhor a extraordinária
figura de Maria: a escolhida de Deus. Preparada por Ele. Respondeu, correspondendo
e afirmando “eis aqui a serva do Senhor”. A moderna mariologia a apresenta,
sempre mais, como a serva do Senhor (Lc 1, 42). De fato, Ela colaborou,
emprestando seu corpo. Visitando a prima Izabel (Lc 1, 40), a mãe do precursor,
fugindo de Herodes, para o Egito, procurando o adolescente Jesus, que ficara no
templo (Lc 2, 49). Serviu nas bodas de Caná (Cf Jo 2, 1ss). Esteve ligada e
preocupada com a vida e missão do Filho. Com Ele esteve aos pés da cruz.
Teve-O, em seus braços, morto. Precisamos, portanto, descobrir mais e assumir
melhor sua capacidade de servir. Não negamos sua realeza (Título de Rainha),
mas preferimos apresentá-la como a serva do Senhor. Viveu servindo, sofreu
servindo, e ainda hoje, continua a servir ao povo de Deus, pois suas basílicas
são verdadeiras cátedras de cristologia.
Conclusão. E nós? O Reino de Deus, que ela
tão bem soube preparar, está, hoje em dia, em nossas mãos. Em boas mãos? Já
aprendemos a servir? Não basta admirá-la, como a serva, mas é preciso,
imitá-la. Então poderemos celebrar sua natividade. Do contrário, seria apenas
fazer memória do passado. Isto, certamente, não é suficiente.
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