O coração do Papa carrega muita gratidão a
Deus pelo que foi visto e vivido em Portugal durante a 37ª JMJ, ocasião para
também encontrar autoridades e Igreja local, além de uma breve peregrinação a
Fátima: "enquanto na Ucrânia e em outros lugares se combate, e em certas
salas escondidas se planeja a guerra, a JMJ mostra que outro mundo é
possível". A mensagem dos jovens foi clara, disse Francisco: "será
que os 'grandes da terra' a ouvirão?" "Quem tem ouvidos, ouça! Quem
tem olhos, veja!"
Esta quarta-feira, 9 de agosto, marca a
retomada das Audiências Gerais após a pausa de verão e também o retorno do Papa
Francisco de Portugal. Até o último domingo (6), o Pontífice esteve no país por
ocasião da 37ª Jornada Mundial da Juventude, ocasião para também encontrar
as autoridades e a Igreja local, além de fazer uma breve peregrinação a Fátima.
Como de costume ao voltar de uma viagem
apostólica, o Papa procurou compartilhar com os fiéis da Sala Paulo VI a
experiência de fé vivida em meio à juventude do mundo inteiro em Lisboa. O
evento foi sentido por todos como um presente de Deus, disse Francisco, já
que aconteceu após a pandemia, um período que particularmente afetou o
comportamento dos jovens. Com esta Jornada Mundial da Juventude, continuou
Francisco, "Deus deu um 'empurrão' no sentido oposto", marcando
"um novo início da grande peregrinação dos jovens em nome de Jesus".
A exemplo de Maria, colocar-se a serviço
E não é por acaso que isso aconteceu
em Lisboa, recordou o Pontífice, "cidade voltada para o oceano,
cidade-símbolo das grandes explorações marítimas". A JMJ de Lisboa foi um
"movimento de corações e passos dos jovens de várias partes do mundo ao
encontro de Jesus", nos caminhos do Evangelho e tomando como modelo a
Virgem Maria. No momento mais crítico para ela, "levantou-Se e partiu
apressadamente" (Lc 1,39). "Gosto muito de invocar Nossa Senhora
neste aspecto: a Nossa Senhora 'apressada', que sempre faz as coisas com
pressa, nunca nos deixa esperando, porque Ela é a mãe de todos", disse
ainda o Papa.
“Maria, hoje, no terceiro milênio, guia a
peregrinação dos jovens no seguimento de Jesus.”
"Como já tinha feito há um século
justamente em Portugal, em Fátima, quando se dirigiu a três crianças,
confiando-lhes uma mensagem de fé e esperança para a Igreja e para o mundo. Por
isso, na JMJ, voltei a Fátima, ao local da aparição, e junto com alguns jovens
doentes rezei para que Deus curasse o mundo das doenças da alma: o orgulho, a
mentira, a inimizade, a violência. São doenças da alma e o mundo está doente
com essas doenças. E renovamos a nossa consagração, a da Europa e a do mundo ao
Imaculado Coração de Maria. Rezei pela paz porque há muitas guerras em todas as
partes do mundo, muitas."
Nem férias e nem turismo, mas encontro com
Cristo
Em Lisboa e na região metropolitana que
acolheram os eventos oficiais, o Papa Francisco sempre se deparou com multidões
de jovens entusiastas e provenientes do mundo inteiro. Dos anos de preparação à
JMJ, eles se apresentavam prontos a compartilhar as experiências vividas em
âmbito local paroquial e a receber o chamado de Deus, cada um a seu modo:
"Não eram férias, uma viagem
turística, nem mesmo um evento espiritual por si só; a JMJ é um encontro com
Cristo vivo por meio da Igreja. Os jovens vão ao encontro de Cristo; é verdade
que onde há jovens há alegria, há um pouco de tudo isto! A minha visita a
Portugal, por ocasião da JMJ, se beneficiou do ambiente festivo desta onda de
jovens", reforçou Francisco.
Outro mundo é possível: quem tem ouvidos,
ouça!
O coração do Papa carrega muita gratidão a
Deus pelo que foi visto e vivido em Portugal neste início de agosto. Um
pensamento especial ele também tem pela Igreja local que, em retribuição
ao grande esforço feito para a organização e o acolhimento, deve receber
"novas energias para lançar novamente as suas redes com paixão
apostólica". Os jovens em Portugal já dão hoje uma mensagem clara ao
mundo:
"Enquanto na Ucrânia e em outros
lugares do mundo se combate, e enquanto em certas salas escondidas se planeja a
guerra, a JMJ mostrou a todos que outro mundo é possível: um mundo de irmãos e
irmãs, onde as bandeiras de todos os povos tremulam juntas, uma ao lado da
outra, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas! A mensagem dos jovens
foi clara: será que os 'grandes da terra' a ouvirão? É uma parábola para o
nosso tempo, e ainda hoje Jesus diz: 'Quem tem ouvidos, ouça! Quem tem olhos,
veja!' Esperamos que o mundo inteiro ouça esta Jornada da Juventude e veja esta
beleza dos jovens indo adiante."
Andressa Collet - Vatican News
.........................................................................................................................................................................
Assista:
Nenhum comentário:
Postar um comentário