e assina pacto pela vida e pelo Brasil
No Dia Mundial da
Saúde, celebrado nesta terça-feira, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão Arns,
a Academia Brasileira de Ciências, a Associação Brasileira de Imprensa e a Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência assinaram o Pacto pela Vida e pelo
Brasil.
O documento
reconhece que o Brasil vive uma grave crise – sanitária, econômica, social e
política – e que exige de todos, especialmente de governantes e representantes do
povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e
da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de
soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e
vulneráveis.
“O momento que
estamos enfrentando clama pela união de toda a sociedade brasileira, para a
qual nos dirigimos aqui. O desafio é imenso: a humanidade está sendo colocada à
prova. A vida humana está em risco”, diz um trecho.
A pandemia do novo
coronavírus que se espalha pelo Brasil exigindo a disciplina do isolamento
social é mencionada no texto. As entidades assinantes reiteram, portanto, que
deve-se, pois, repudiar discursos que desacreditem a eficácia dessa estratégia,
colocando em risco a saúde e sobrevivência do povo brasileiro.
Em contrapartida,
no texto, as entidades afirmam que deve-se apoiar e seguir as orientações dos
organismos nacionais de saúde, como o Ministério da Saúde, e dos
internacionais, a começar pela Organização Mundial de Saúde – OMS. “É hora de
entrar em cena no Brasil o coro dos lúcidos, fazendo valer a opção por escolhas
científicas, políticas e modelos sociais que coloquem o mundo e a nossa
sociedade em um tempo, de fato, novo”, diz outro trecho.
Ainda no
documento, as entidades afirmam que a sociedade civil espera, e tem o direito
de exigir, que o Governo Federal seja promotor desse diálogo, presidindo o
processo de grandes e urgentes mudanças em harmonia com os poderes da
República, ultrapassando a insensatez das provocações e dos personalismos, para
se ater aos princípios e aos valores sacramentados na Constituição de 1988.
As entidades
lembram, ainda, que a árdua tarefa de combate à pandemia é dever de todos, com
a participação de todos — no caso do Governo Federal, em articulada cooperação
com os governos dos Estados e Municípios e em conexão estreita com as
instituições.
“A hora é grave e
clama por liderança ética, arrojada, humanística, que ecoe um pacto firmado por
toda a sociedade, como compromisso e bússola para a superação da crise atual”.
No texto também é
ressaltado a importância do Sistema Único de Saúde – SUS. “É necessário e
inadiável um aumento significativo do orçamento para o setor: o SUS é o
instrumento que temos para garantir acesso universal a ações e serviços para
recuperação, proteção e promoção da saúde”.
No documento, as
entidades reconhecem que a saúde das pessoas e a capacidade produtiva do país
são fundamentais para o bem-estar de todos. Mas propugnam, uma vez mais, a
primazia do trabalho sobre o capital, do humano sobre o financeiro, da
solidariedade sobre a competição. “É urgente a formação deste Pacto pela Vida e
pelo Brasil. Que ele seja abraçado por toda a sociedade brasileira em sua
diversidade, sua criatividade e sua potência vital. E que ele fortaleça a nossa
democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos. Não deixaremos que nos roubem
a esperança de um futuro melhor”.
Confira, aqui, o
documento na íntegra.
.............................................................................................................................................................
Fonte: cnbb.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário