à prevenção e ao
combate à Covid-19
A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, por meio do seu Conselho Episcopal
Pastoral (Consep), reafirmou, em nota, seu compromisso com o “Pacto
pela Vida e pelo Brasil”, divulgado no dia 7 de abril, assinado
inicialmente por seis respeitadas instituições da sociedade civil e,
posteriormente, por mais de 150 entidades. O Pacto considera que “a hora é
grave e clama por liderança ética, arrojada, humanística, que ecoe um pacto
firmado por toda a sociedade, como compromisso e bússola para a superação da
crise atual”.
Na nota
intitulada “Posicionamento da CNBB – Em defesa da Democracia, pela Justiça
e pela Paz” -, a CNBB considera que esta é a mais grave crise sanitária
dos últimos tempos e afirma ser este momento dificílimo, que clama pelo efetivo
exercício da solidariedade e da caridade. “É tempo das palavras e atitudes
serenas de paz, de fé e de esperança, de respeito às leis e à democracia”, diz
um trecho.
“É com
perplexidade e indignação que assistimos manifestações violentas contra as
medidas de prevenção ao coronavírus; que ouvimos declarações enviesadas de
desprezo pela vida, por parte de agentes públicos sobre a morte de milhares de
brasileiros e brasileiras contaminados pelo covid-19; que vimos acontecer
eventos atentatórios à ordem constitucional, com a participação de autoridades
públicas, onde se defendeu o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo
Tribunal Federal, a volta do AI-5 e o retorno aos sombrios tempos da ditadura;
que todo o Brasil soube de denúncias acerca da politização da justiça, ferindo
sua necessária autonomia de investigação”.
No texto a CNBB
deixa claro que a Doutrina Social da Igreja ensina, com clareza, a intocável
harmonia e cooperação entre os Poderes, base constitutiva da República,
garantia do Estado Democrático de Direito, o princípio de que “é preferível que
cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência
que o mantenham no seu justo limite. Este é o princípio do ‘Estado de direito’,
no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitrária dos homens.” (CDSI, 408).
Também considera
que buscar soluções para os problemas do Brasil fora da institucionalidade
democrática e em confronto com os poderes da República, coloca em risco a
democracia e a integridade do povo brasileiro. “Nessa perspectiva, não são
toleráveis as manifestações sociais que atentam contra a Constituição, assim
como não é tolerável que qualquer autoridade viole os preceitos constitucionais
e despreze a vida. Espera-se das instituições republicanas, garantidoras do
Estado de direito, a devida responsabilização dos que atentam contra a ordem
democrática”, diz outro trecho.
Reiterando o
posicionamento contido no “Pacto
pela Vida e pelo Brasil”, a CNBB conclama a sociedade e os responsáveis
pelos poderes públicos a se libertarem dos “vírus mortais da discórdia”, da
violência, do ódio e a se unirem no único confronto que a todos interessa nesse
momento: a prevenção e o combate à Covid-19, em defesa da vida, especialmente a
dos mais pobres e vulneráveis.
O texto salienta,
ainda, que o cuidado da saúde das pessoas e da economia são fundamentais para a
garantia da vida em sua plenitude e não se opõem. “Sob a proteção de Nossa
Senhora Aparecida, Maria, mãe discípula de Jesus, irmanamo-nos na luta
empenhada por justiça e paz e pela democracia plena, onde deve prevalecer o bem
comum e a dignidade de cada pessoa, como partícipe da construção de uma nova
sociedade marcada pela solidariedade, como nos ensina o Papa Francisco”,
finaliza.
A nota pode ser
acessada, na íntegra, (aqui).
...................................................................................................................................................................
Fonte: cnbb.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário