Não há
terra mais bela
a conquistar do que o coração dos outros
a conquistar do que o coração dos outros
“Bem-aventurados
os mansos, porque receberão a terra em herança”: o Papa Francisco explicou o
significado da terceira bem-aventurança, dando continuidade ao ciclo de
catequeses sobre este tema.
Bianca
Fraccalvieri – Cidade do Vaticano - O Papa Francisco
se reuniu com milhares de fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI para a Audiência
Geral da quarta-feira (19/02).
A sua catequese
foi dedicada à terceira das oito bem-aventuranças: “Bem-aventurados os mansos,
porque receberão a terra em herança”.
Francisco explicou
o significado da palavra “manso”, que é literalmente “doce, gentil, sem
violência”. A mansidão se manifesta nos momentos de conflito, de come se reage
numa situação hostil, e não nos momentos de tranquilidade. Jesus nos deu o
maior exemplo de mansidão quando, pregado na Cruz, perdoou seus algozes. “A
mansidão de Jesus se vê fortemente na Paixão”, disse o Papa.
Mansidão e posses
Nas Escrituras, a
palavra “manso” indica também aquele que não tem propriedades terrenas, por
isso a terceira bem-aventurança fala que os mansos receberão a terra em
herança.
Isso pode parecer
incompatível, mas a posse de terras é o âmbito típico do conflito: se combate
com frequência por um território, para obter a hegemonia sobre um lugar. Nas
guerras, o mais forte prevalece e conquista outras terras.
Mas a
bem-aventurança fala de “herança”, que nas Escrituras tem um sentido ainda mais
profundo. O Povo de Deus chama “herança” justamente a terra de Israel, que é a
Terra Prometida.
Aquela terra é uma
promessa e um dom para o povo de Deus e se torna sinal de algo muito maior e
mais profundo do que um simples território.
“Há uma 'terra' -
permitam-me o jogo de palavras - que é o Céu, isto é, a terra para a qual
caminhamos.”
Herdar o mais
sublime dos territórios
Então o manso é
quem “herda” o mais sublime dos territórios. Ser manso não é ser covarde, pelo
contrário, é o discípulo de Cristo que aprendeu bem a defender outra terra.
"Ele defende
a Sua paz, a sua relação com Deus e os seus dons, protegendo a
misericórdia, a fraternidade, a confiança e a esperança. Porque as pessoas
mansas são pessoas misericordiosas, fraternas, confiantes e pessoas com
esperança."
Francisco
mencionou o pecado da ira e todas as coisas que destruímos quando se manifesta:
perde-se o controle e não se avalia o que é realmente importante, e se pode
arruinar a relação com um irmão, às vezes sem remédio. “Por causa da ira,
muitos irmãos não se falam mais, se afastam. É o contrário da mansidão. A
mansidão reúne. A ira separa.”
A mansidão, ao
invés, conquista tantas coisas. A “terra” a conquistar é a salvação daquele
irmão de que fala o mesmo Evangelho de Mateus: "Se te ouvir, ganhaste a
teu irmão":
“Não há terra mais
bela do que o coração dos outros. Pensemos nisso: Não há terra mais bela do que
o coração dos outros. Não há território mais belo a conquistar do que a paz
restabelecida com um irmão. Esta é a terra a ser herdada com a mansidão!”
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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