dioceses orientam medidas para evitar contaminação
Frente à notícia
da confirmação do primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil,
arquidioceses e dioceses brasileiras começaram a realizar mudanças no ritual
litúrgico das celebrações da Santa Missa para combater a disseminação e a
contaminação do coronavírus (COVID-19).
As arquidiocese
mineiras de Belo Horizonte, Uberaba e Juiz de Fora, e as nordestinas de João
Pessoa e Rio Grande do Norte divulgaram comunicado aos padres e ministros que
orientem os fiéis a receber a Eucaristia nas mãos e não diretamente na boca. A
invés do abraço da paz, a orientação é buscar fortalecer o sincero sentimento
de bem-querer em relação ao próximo. Na oração do Pai-Nosso, no lugar de unir
as mãos, o cuidado é que seja cultivado com mais intensidade o compromisso com
a fraterna comunhão.
De acordo com o
comunicado das arquidioceses, a medida se dá devido aos casos suspeitos nas
cidades e como forma de prevenção e combater a proliferação do coronavírus.
Orientações da
Pastoral da Saúde
O primeiro caso de
coronavírus no Brasil foi confirmado na terça-feira, 25 de fevereiro, pelo
Ministério da Saúde. Trata-se de um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que
deu entrada no hospital Israelita Abert Einstein, com histórico de viagem para
Itália. Ele se encontra em isolamento domiciliar. Diariamente ele está
sendo monitorado por uma equipe da vigilância.
A recomendação do
bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Ferreria Paz, é primeiramente
trabalhar a prevenção e divulgar, o máximo possível, informações importantes
nas cartilhas da saúde sobre este vírus e as modalidades de contágio.
Dom Roberto
ressalta ainda que é de extrema importância tratar de manter a informação sobre
o vírus com objetividade científica e a seriedade dos dados para evitar pânico
e surtos de irracionalidade. “Sobretudo a solidariedade com as comunidades que
estão padecendo ou podem estar mais expostas. Além disso, colaborar com a
vigilância sanitária e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na
frente e neutralizar os riscos deste vírus para a nossa população,
especialmente os mais vulneráveis”.
É importante
destacar ainda que a CNBB não indica normas para as arqui/dioceses, ou seja,
cada local deve observar sua realidade e indicar as providências necessárias.
Cabe, portanto, aos arcebispos e bispos orientarem seus sacerdotes, bem como
aos fiéis observarem as regras de higiene compatíveis com o momento.
Ações do
Ministério da Saúde
O ministro da
saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem falado constantemente que o mais importante
para prevenção é a higienização, lavar as mãos corretamente e com frequência.
“O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto
durante o dia, para que a gente possa atravessar essa e outras situações. Esse
é um hábito importante não só para questão respiratória, mas para outras
doenças de circuito oral”, explica o ministro.
O coronavírus é de
uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente foi
descoberto em 31 de dezembro de 2019 após casos registrados na China. Alguns
coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de
saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em
2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Desde que o vírus
foi descoberto, o governo federal publicou no Diário Oficial da União a
reativação de um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde
Pública de Importância Nacional e Internacional. O grupo já atuou em outras
situações, como a pandemia de influenza, e agora atuará no caso do coronavírus.
O Ministério da
Saúde tem realizado monitoramento diário da situação do coronavírus junto à
Organização Mundial da Saúde, que acompanha o assunto desde as primeiras
notificações. “Segundo o ministro da saúde, “Não existe um remédio
específico que trate o coronavírus é repouso e medicação de apoio, além de
acompanhar a evolução diária da doença”.
Além disso, o
ministério tem tido uma preocupação importante com a informação pois, segundo o
órgão, sempre que surgem novas doenças, começam também os boatos sobre elas.
Para evitar a disseminação de mentiras sobre o coronavírus o ministério orienta
que as pessoas confirmem se as mensagens são verdadeiras antes de repassá-las
procurando o canal Saúde sem Fake News do Ministério da Saúde nas redes
sociais. O ministério da saúde possui uma página especial com todas
informações oficiais e seguras sobre o coronavírus: qualquer dúvida
clique aqui.
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Fonte: cnbb.org.br
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