Amor a
Jesus se traduz em proximidade aos mais necessitados
No Angelus, o
Santo Padre disse que o seguir Jesus exclui arrependimentos e olhar para trás,
mas requer a virtude de decisão. Comentando o Evangelho deste XIII Domingo do
Tempo Comum, Francisco destacou que o ser discípulo de Cristo deve ser uma
escolha livre e consciente, feita por amor, para retribuir a graça inestimável
de Deus, e não um modo para promover a si próprio.
Cidade do Vaticano - “Jesus nos quer
apaixonados por Ele e pelo Evangelho. Uma paixão do coração que se traduz em
gestos concretos de proximidade, de proximidade aos irmãos mais necessitados de
acolhimento e de atenção. Exatamente como Ele mesmo viveu.”
Foi o que disse
o Papa Francisco no Angelus ao meio-dia deste domingo (30/06), em que
a Igreja no Brasil celebra a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e
também o Dia do Papa.
Na alocução que
precedeu a oração mariana, dirigindo-se aos milhares de fiéis, peregrinos e
turistas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice explicou a página do
Evangelho deste XIII Domingo do Tempo Comum (Lc 9,51-62), em que o Evangelista
São Lucas dá início à narração da última viagem de Jesus rumo a Jerusalém, que
se concluirá no capítulo 19.
Decisão de
seguir Jesus deve ser também ela total e radical
Francisco
observou tratar-se de uma longa marcha não somente geográfica e espacial, mas
espiritual e teológica rumo ao cumprimento da missão do Messias, acrescentando
que “a decisão de Jesus é radical e total, e aqueles que o seguem são chamados
a defrontar-se com ela.
O Santo Padre
ateve-se aos três personagens que São Lucas apresenta no Evangelho do dia,
“três casos de vocação, podemos dizer, que evidenciam o que é exigido a quem
quer seguir Jesus até o fim, totalmente”, ressaltou.
O primeiro
personagem promete a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que vás”. Generoso!
Mas Jesus responde que o Filho do homem, diferentemente das raposas que têm as
tocas e as aves do céu, ninhos, “não tem onde reclinar a cabeça. A pobreza
absoluta de Jesus”.
O cristão é um itinerante
“Efetivamente,
Jesus deixou a casa paterna e renunciou a toda e qualquer segurança para
anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas de seu povo. Desse modo, Jesus
indicou a nós, seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser
estática, mas itinerante, o cristão é um itinerante”, explicou o Papa.
“Por sua
natureza, a Igreja está em movimento, não fica sedentária e tranquila em seu
recinto. É aberta aos mais vastos horizontes, enviada – a Igreja é enviada – a
levar o Evangelho pelas estradas e a alcançar as periferias humanas e
existenciais. Este é o primeiro personagem.”
Primado do
seguimento e do anúncio do Reino
O segundo
personagem que Jesus encontra, continuou Francisco, recebe o chamado
diretamente d’Ele, porém responde: “Senhor, permite-me primeiro ir enterrar meu
pai”. O Pontífice observou tratar-se de um pedido legítimo, fundado no
mandamento de honrar pai e mãe. Todavia, Jesus replicou: “Deixa que os mortos
enterrem os seus mortos”.
Seguir Jesus
exclui indecisões e repensamentos
O terceiro
personagem apresentado pelo Evangelista quer também ele seguir Jesus, mas, com
a condição de antes despedir-se dos parentes, e ele ouve o Mestre dizer-lhe:
“Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus”.
Francisco destacou que o seguir Jesus exclui arrependimentos e olhar para trás,
mas requer a virtude de decisão.
O valor destas
condições colocadas por Jesus – itinerante, prontidão e decisão – não
está numa série de “não” ditos a coisas boas e importantes da vida, explicou o
Papa.
Não se segue
Jesus por conveniência. Ai dos carreiristas!
“O acento deve
ser colocado no objetivo principal: tornar-se discípulo de Cristo! Uma escolha
livre e consciente, feita por amor, para retribuir a graça inestimável de Deus,
e não feita como um modo para promover a si próprio. Isso é triste! Ai daqueles
que pensam seguir Jesus para promover-se, isto é, para fazer carreira para
sentir-se importantes ou adquirir um lugar de prestígio.”
“Que a Virgem
Maria, ícone da Igreja em caminho, nos ajude a seguir o Senhor com alegria e a
anunciar aos irmãos, com renovado amor, a Boa Nova da salvação”, disse
Francisco voltando seu pensamento a Nossa Senhora.
Atenção à
península coreana
Após a oração
mariana, o Pontífice comentou o aperto de mão este domingo, na Coreia, entre o
presidente estadunidense Donald Trump e seu homólogo norte-coreano Kim Jong-um:
“Nas últimas
horas assistimos na Coreia um bom exemplo de cultura do encontro. Saúdo os
protagonistas, com a oração a fim de que tal gesto significativo constitua um
passo ulterior no caminho da paz, não somente naquela península, mas em favor
do mundo inteiro.”
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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