a súplica
do Papa pela paz
Durante o Angelus do último domingo
(14/07), Francisco recordou que nesta terça-feira, 16 de julho, a Igreja
celebra Nossa Senhora do Carmo. Também através da rede social X, o Pontífice
implorou a intercessão da Virgem Maria pelos "povos oprimidos pelo horror
da guerra".
Francisco diante de uma imagem de Nossa Senhora do Carmo no Chile |
Através de um post na rede social X,
publicado nesta terça-feira, 16 de julho, o Papa Francisco recorda a festa
litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, mãe da Ordem Carmelita, venerada desde o
século XIII. Também no último domingo, o Santo Padre proferiu o apelo de paz e
a intercessão da Virgem Maria.
“Que a Bem-Aventurada #VirgemdoMonteCarmelo conceda conforto e #paz a todos os povos oprimidos pelo horror da guerra. Por favor, não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia, da Palestina, Israel, Mianmar, e #RezemosJuntos pela paz.”
Em outras ocasiões, no decorrer de seu
pontificado, Francisco já indicou aos fiéis a devoção a Nossa Senhora do Carmo.
Em 2019, também por meio de um post nas redes sociais, o Papa recordou que na
festa de Nossa Senhora do Carmo contemplamos a Mãe que está ao lado da Cruz de
Cristo e destacou que "esse é também o lugar da Igreja: perto de
Cristo".
Do mesmo modo, em 2020, a mensagem do
Pontífice foi direcionada ao bem daqueles que sofrem: "Nossa Senhora do
Carmo, nossa mãe, ajuda-nos a ter mãos inocentes e um coração puro, a não
pronunciar uma mentira e a não falar em detrimento de outras pessoas. Assim,
poderemos subir o monte do Senhor e obter sua bênção, sua justiça, sua
salvação.”
Devoção a Nossa Senhora do Carmo
O nome de Nossa Senhora do Carmo está
ligado à região do Monte Carmelo. Em hebraico, “carmo” significa vinha e “elo”
significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”. Foi ali, na antiga Palestina,
que os profetas Elias e Eliseu se refugiaram, tornando o lugar o cenário de um
dos acontecimentos mais importantes do Antigo Testamento, onde se reuniram e
construíram uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora. Eis o porquê do
nome “Ordem dos Carmelitas”.
Quando os Cruzados chegaram à Terra Santa,
no século XII, divulgou-se que encontraram vivendo no Monte Carmelo, uma
colônia de eremitas que afirmavam ter o profeta Elias como fundador e patrono,
e a Mãe de Deus como a Virgem do Carmelo. O grupo foi aumentando com a adesão
de cruzados, que não queriam continuar com a guerra e almejavam a paz e uma
existência mais dedicada às orações.
Quadro da Virgem Maria com o Menino Jesus e os santos carmelitas |
Segundo a iconografia popular, Nossa
Senhora do Carmo não leva Jesus no colo, mas estende os braços oferecendo o
escapulário. A imagem refere-se à aparição de Nossa Senhora em 16 de julho de
1251 ao carmelita São Simão Stock, entregando-lhe um escapulário e
revelando-lhe os privilégios ligados ao culto. Os Carmelitas difundiram no povo
cristão a devoção à Bem-Aventurada Virgem do Monte Carmelo, indicando-a como
modelo de oração, de contemplação e de dedicação a Deus.
O escapulário também auxiliou na difusão
desta devoção mariana em todo o mundo, sinal de cuidado materno. Carregando-o
sobre o peito, o escapulário nos recorda a misericórdia de Deus para conosco e
nos convida a viver segundo a sua Santa Palavra. Para os religiosos,
"seguir a Regra do Carmelo é imitar Maria: Mãe, Irmã, Mestra, Defensora,
Consoladora, Modelo, Refúgio, Esperança e a Glória dos Carmelitas".
Thulio Fonseca - Vatican News
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