Basta-te a minha graça!
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Num fim de semana, 30 jovens foram a um sítio refletir sobre escolha de vida.
Noite escura, fusível queimou, faltou luz na casa. E ninguém tinha vela, nem isqueiro. Só havia uma caixinha de fósforos que ninguém achava. Mas foi o que bastou.
Um dos rapazes sobrinho do dono, viera de Jeep. Ligou os faróis, e a intensa luz de fora ajudou a achar os fósforos. O sobrinho rapaz achou um fusível numa choça ao lado. A luz voltou.
Naquela noite refletimos sobre a luz de dentro e a luz de fora, sobre a graça de Deus e os nossos próprios talentos, que todo mundo tem, mas às vezes não usamos.
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Deus nos deu a graça da inteligência para usarmos nossos próprios recursos. O Céu não precisa correr em nosso socorro cada vez que precisarmos. Mas, quando nossas próprias luzes falham, e tudo escurece dentro de nós, é hora de pedir ajuda! E Deus ajuda. Nem sempre do nosso jeito, porque Ele tem seu próprio jeito!
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Há coisas que nós mesmos podemos resolver e outras que, sem a luz do alto, nunca saberemos solucionar.
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A leitura deste domingo fala do espírito que “entrou” em Ezequiel e o pôs de pé. E uma voz, que ele entendeu que era a voz de Deus o chamou à disciplina. Sem isso, a rebeldia daquele povo revoltado e de coração de pedra não chegaria a lugar nenhum, e nunca se libertaria. O povo tinha que fazer a sua parte! O povo aprontava e depois pedia socorro? Que ouvisse o que já estava ensinado há séculos! Era questão de praticar o que já sabia!
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Na mesma missa de hoje, Paulo fala sobre sua própria experiência.
Não estava conseguindo dar conta do seu ministério. Paulo rezou três vezes por ajuda. E ele escreve que sentiu era Jesus dizendo: “Você já ganhou recursos suficientes para resolver este espinho ‘na sua carne’. Use a graça que já te dei. Você não é tão fraco quanto pensa que é. Basta o que já te dei quando te chamei!
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Paulo achou entendeu que a resposta estava nele mesmo, porque Jesus já havia dado carisma suficiente para enfrentar a cerrada oposição que Paulo sofria por levar sua missão adiante. Jesus havia passado pelas mesmas oposições que finalmente o levaram à cruz!
Gente maldosa sempre haverá. E muitos posarão de santarrões, de eleitos e cheios de graça, e só eles são fiéis ao Deus que eles imaginam ser o SEU DEUS. Mas não será o PAI anunciado por Jesus. A teologia de Jesus não combinava com a teologia dos fariseus. Havia orgulho e ódio naqueles defensores de Javé…
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No evangelho, Jesus quis oferecer a mesma graça ao povo de Nazaré. Mas os donos da verdade daquela sinagoga dificultaram tudo. Então, Jesus foi lá fora e curou alguns doentes. Bem que ele queria continuar pregando e curando, mas os cabeças duras e sabichões jogaram a assembleia contra Ele. Não foi possível continuar em Nazaré, sua própria cidade.
Então, ele foi levar suas luzes a outras cidades e aldeias. Nazaré não cooperou e Jesus não quis evangelizar à força e usando de truques para fazer adeptos.
Quem quis achou a forte luz emitida por Jesus. Quem não quis, continuou com suas velas bruxuleantes.
É a história da graça dada a todos nós. Temos que trabalhar com as luzes que já temos. Mas se não conseguirmos, é claro que Deus nos dará as luzes que nos faltarem. Isto se chama: XARIS, o auxílio de Deus: aquele algo mais que estamos pedindo.
Mas para nós, hoje, talvez Jesus diga o mesmo que ele disse a São Paulo.
-Use dos recursos que já te dei. Trabalhe com isso! Não farei curas ou milagres desnecessários. Você tem graça suficiente. É mais forte do que pensa. E sou eu que tenho dado estas forças. Vá lá e evangelize!
Para você nunca vai faltar a minha graça, mas nem sempre será do jeito que você quer. Saiba pedir e saiba trabalhar com o que já lhe dei!…
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