"Jesus nos faz corajosos. Deste modo,
nós aprendemos sempre mais a nos agarrar a Ele, a confiar na sua
potência", disse o Papa comentando o Evangelho deste domingo.
Jesus não nos poupa dificuldades, mas nos
ajuda a enfrentá-las: foi o que disse o Papa ao rezar o Angelus com os fiéis
reunidos na Praça São Pedro neste XII Domingo do Tempo Comum. O Evangelho
apresenta Jesus na barca com os discípulos, no lago de Tiberíades.
Improvisamente, chega uma forte tempestade e a barca corre o risco de afundar.
Jesus, que estava dormindo, acorda, ameaça o vento e tudo volta à calmaria
(cfr Mc 4,35-41).
No entanto, a situação assusta os
discípulos, mesmo sendo eles pescadores. "Parece que Jesus queria
colocá-los à prova", comentou Francisco. Quando começa o pânico na
embarcação, com a sua presença, Jesus os conforta, os encoraja e os exorta a
terem mais fé. Para o Pontífice, o Mestre faz isso por dois motivos: reforçar
a fé dos discípulos e torná-los mais corajosos.
Com efeito, eles saem dessa experiência
mais conscientes da potência de Jesus e da sua presença em meio a eles e,
portanto, mais fortes e prontos a enfrentar outros obstáculos e dificuldades,
inclusive o medo de se aventurar para anunciar o Evangelho.
"E também conosco Jesus faz o mesmo,
em especial na Eucaristia: nos reúne em volta de Si, nos doa a sua Palavra, nos
nutre com o seu Corpo e o seu Sangue, e depois nos convida a tomar o largo,
para transmitir a todos o que ouvimos e compartilhar com todos o que recebemos,
na vida de todos os dias, mesmo quando é difícil."
Jesus, prosseguiu Francisco, não nos poupa
as contrariedades, mas, sem nunca nos abandonar, nos ajuda a enfrentá-las,
"nos faz corajosos!". Deste modo, nós aprendemos sempre mais a nos
agarrar a Ele, a confiar na sua potência, que vai bem além de nossas
capacidades, a superar as incertezas e as hesitações, os fechamentos e os
preconceitos, com coragem e grandeza de coração, para dizer a todos que o Reino
dos Céus está presente, é aqui, e que com Jesus ao nosso lado podemos fazê-lo
crescer juntos para além de qualquer barreira.
O Papa então se dirige aos fiéis com alguns
questionamentos: nos momentos de provação, sei fazer memória das vezes em que
experimentei, na minha vida, a presença e a ajuda do Senhor? Quando chega a
tempestade, me deixo levar pela agitação ou me agarro a Ele, para encontrar
calma e paz, na oração, no silêncio, na escuta da Palavra, na adoração e na
compartilha fraterna da fé?
"Que a Virgem Maria, que acolheu com
humildade e coragem a vontade de Deus, nos doe, nos momentos difíceis, a
serenidade de se abandonar a Ele", concluiu.
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