a Solenidade de Todos os Santos
Fruto da conversão realizada pelo Evangelho
é a santidade de muitos homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que
foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com
simplicidade e no dia a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a
Cristo.
(1) São João Paulo II, Homilia durante a
Missa de encerramento da II Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a
Europa (23 de Outubro de 1999), 4: AAS 92 (2000), 179.
Durante o ano, a Igreja celebra ou faz
memória de um santo diariamente. Mas no dia 1º de novembro, ela reúne-os todos
numa festa comum. Isso porque, mesmo entre os canonizados, muitos santos não
têm um dia exclusivo para sua homenagem. Essa celebração começou no século III,
na Igreja do Oriente. Já em Roma, a festa de Todos os Santos ocorreu pela
primeira no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o
Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em
honra à Virgem Maria e a Todos os Santos.
Próximo do ano 800, houve a mudança do dia
graças à intervenção do abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos
Magno. Os pagãos celtas entendiam o dia 1º de novembro como um dia de
comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam,
queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os
Santos, lembrando os cristãos que morreram em estado de graça, foi instituída
no dia 1º de novembro.
O papa Gregório IV, em 835, fixou e
estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1º de novembro. Oficialmente, a
mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1º de novembro,
só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV.
Mas quem são os santos? Santos são todos os
que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não
foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na
terra perseverando na fé em Cristo. Todos viveram na terra uma vida semelhante
à nossa. Batizados, marcados com o sinal da fé, fiéis aos ensinamentos de
Cristo, eles precederam-nos na pátria celeste e convidam-nos a irmos ter
consigo. Nos primeiros séculos, os cristãos praticavam o culto dos santos, a
começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta tradição, na qual nossa Mãe
Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e
caridade.
Além disso, a solenidade de Todos os Santos
enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário