Fundamentar a nossa vida no Senhor, não nas aparências
Não devemos
edificar a nossa vida sobre coisas passageiras, mas na rocha que é o Senhor, e
ali seremos felizes. Este é o convite no centro da homilia pronunciada pelo
Papa na missa matutina na Casa Santa Marta, inspirada no Evangelho de Mateus:
"Confiem sempre no Senhor, porque Ele é uma rocha, uma rocha eterna”.
Gabriella Ceraso
– Cidade do Vaticano - "O elogio da solidez" é o centro da Liturgia
de hoje, com o Evangelho de Mateus (Mt7,21.24-27), em que Jesus fala da
diferença entre o homem prudente e o homem sem juízo: o primeiro, deposita no
Senhor o fundamento da sua vida, construindo a própria casa sobre a rocha. O
outro não ouve a Palavra de Deus e vive de aparências, construindo a própria
casa sobre um fundamento fraco, como a areia.
O Senhor é a
rocha segura e forte
A partir deste
episódio, o Papa desenvolveu a sua homilia, pronunciada na missa matutina na
Casa Santa Marta (05/12), num diálogo contínuo com os fiéis, aos quais pediu
para refletirem justamente sobre a "sabedoria e a fraqueza", isto é,
sobre qual é o fundamento das nossas esperanças, das nossas seguranças e da
nossa vida, e pedindo a graça de saber discernir onde está a rocha e onde está
a areia.
A rocha. Assim é
o Senhor. Quem confia no Senhor estará sempre seguro, porque seus fundamentos estão
sobre a rocha. É o que diz Jesus no Evangelho. Fala de um homem prudente que
construiu a sua casa sobre a rocha, isto é, sobre a confiança no Senhor, sobre
coisas sérias. E esta confiança também é um material nobre, porque o fundamento
desta construção da nossa vida é seguro, é forte.
As aparências
fazem a vida cristã ruir
O prudente,
portanto, é quem edifica sobre a rocha, ao contrário do tolo, que escolhe a
“areia que se move" e que é levada pelo vento e pela chuva. Também é assim
na vida cotidiana, nos prédios que se constroem sem bons fundamentos e,
portanto, desmoronam, e na nossa existência pessoal:
E também a nossa
vida pode ser assim, quando o meu fundamento não é forte. Vem a tempestade – e
todos nós temos tempestades na vida, todos, do Papa até o último, todos – e não
somos capazes de resistir. E muitas pessoas dizem: “Não, eu mudarei de vida” e
pensam que mudar de vida é maquiar-se, mas mudar de vida é mudar os
fundamentos, isto é, colocar a rocha ali, que é Jesus. “Eu queria refazer esta construção,
este prédio, porque é muito feio, muito feio, e gostaria de embelezá-lo um
pouco, mas se recorro à maquiagem e enfeito um pouco, a casa não vai avante;
cairá. Com as aparências, a vida cristã desmorona.
Saber discernir
entre rocha e areia
Portanto,
somente Jesus é o fundamento seguro, as aparências não ajudam e o Papa citou o
exemplo de um confessionário: somente quem se reconhece pecador, fraco,
desejoso de salvação, tem uma vida baseada sobre a rocha, enquanto crê e conta
com Jesus-Salvação. Converter-se, portanto, àquilo que não desmorona e não
passa: assim aconteceu com São Francisco Borgia em 1500, quando este
ex-cavaleiro de corte, diante do corpo em decomposição da imperatriz Isabel, se
deu conta da caducidade e da vaidade das coisas terrenas, e escolheu o Senhor e
se tornou santo:
Nós não podemos
edificar a nossa vida sobre coisas passageiras, nas aparências, em fazer de
conta que tudo vai bem. Vamos para a rocha, onde está a nossa salvação. E ali
seremos felizes todos. Todos.
Neste dia de
Advento, o Papa então convidou cada um de nós a pensar no fundamento que damos
à nossa vida, se a sólida rocha ou a areia móvel, pedindo ao Senhor a graça de
saber discernir.
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São Pedro brilha
com as luzes dos símbolos do Natal
Realizou-se na
tarde desta quinta-feira (05/12), na Praça São Pedro, a tradicional inauguração
do Presépio e da iluminação da árvore de Natal. A cerimônia foi presidida pelo
cardeal Giuseppe Bertello e por dom Fernando Vérgez Alzaga, respectivamente,
presidente e secretário geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
Emanuela
Campanile / Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano - A inauguração do
presépio e da iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro é uma tradição
que agrada também aos adultos. Introduzida em 1982 por São João Paulo II, há 37
anos acompanha e convida romanos, turistas e peregrinos do mundo inteiro. E para
muitos tornou-se um evento que não se pode perder.
A cerimônia de
inauguração teve lugar na tarde desta quinta-feira (05/12), presidida pelo
cardeal Giuseppe Bertello e por dom Fernando Vérgez Alzaga, respectivamente,
presidente e secretário geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
O presépio e a
árvore de Natal foram doados por duas pequenas localidades do nordeste da
Itália, respectivamente, pelas cidadezinha de Scurelle, na província de Trento,
e Rotzo, no planalto de Asiago: dois dos numerosos municípios profundamente
atingidos pela tempestade que em 2018 devastou florestas inteiras do Triveneto.
Encontro do Papa
com doadores dos dois símbolos do Natal
O encontro, na
manhã desta quinta-feira, do Papa Francisco com os doadores dos dois símbolos
do Natal foi ocasião de encorajamento por parte do Pontífice para as populações
destas áreas atingidas, bem como de reflexão comum:
“[O encontro de
hoje me dá a oportunidade para renovar meu encorajamento às vossas populações,
que no ano passado sofreram uma calamidade natural devastadora, com o
abatimento de inteiras áreas de bosque. Trata-se de eventos que assustam, são
sinais de alarme que a criação envia, e que nos pedem para tomar imediatamente
decisões eficazes para preservar a nossa casa comum.]”
O sinal
admirável do presépio
A emoção
acompanha o acender das luzes do presépio e da árvore de Natal. Sorrisos e
olhos luminosos marcam os rostos de todos, dos pequenos e dos grandes, dando
razão às palavras de Francisco na Carta apostólica “Admirabile signum”:
O sinal
admirável do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar
maravilha e enlevo. Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas
famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o
costume de o montarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos
estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício
de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir,
em miniatura, obras-primas de beleza.
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Veja:
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Papa Francisco:
Resgatar
os símbolos
cristãos natalianos perdidos no imaginário comercial
O presépio e a
árvore de Natal que enfeitam a Praça São Pedro neste Natal foram doados por
regiões do norte da Itália que sofreram calamidades naturais no outono passado.
As delegações foram recebidas em audiência pelo Papa Francisco nesta
quinta-feira (05/12), no Vaticano.
Cidade do
Vaticano - No dia da
inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa
Francisco recebeu em audiência as autoridades civis e eclesiásticas que doaram
os símbolos natalinos ao Vaticano.
Este ano, os
dons provêm das províncias italianas de Trento, Vicenza e de Treviso, regiões
que viveram no outono passado uma forte tempestade que destruiu parte dos
bosques locais.
De fato, o
Pontífice aproveitou a audiência para renovar seu encorajamento às populações.
“Trata-se de
eventos que assustam, são sinais de alarme que a criação envia, e que nos pedem
para tomar imediatamente decisões eficazes para preservar a nossa casa comum.”
Francisco
manifestou seu agradecimento e apreço pela decisão que serão replantados 40
abetos para substituir das plantas destinadas ao Vaticano, pois além da árvore
na Praça, do norte da Itália provêm também as demais árvores que enfeitam
outras salas vaticanas.
“O abeto
vermelho doado representa um sinal de esperança especialmente para as vossas
florestas, de modo que possam ser depuradas e dar início, assim, à obra de
reflorestamento.”
Presépio,
maneira genuína de comunicar o Evangelho
Já o presépio,
realizado quase inteiramente de madeira, ajudará os visitantes a saborearem a
riqueza espiritual do Natal do Senhor, destacou o Papa. Os troncos de madeira
são provenientes das regiões atingidas por enchentes e ressaltam a precariedade
na qual se encontrou a Sagrada Família naquela noite de Belém.
O Pontífice
recordou que no I Domingo do Advento visitou Greccio, lugar do primeiro
presépio de São Francisco, ocasião em que publicou uma Carta para falar deste
sinal simples e admirável da nossa fé e que não deve ser perdido, pelo
contrário, mas transmitido de pais a filhos, de avós a netos.
“É uma maneira
genuína de comunicar o Evangelho, num mundo que às vezes parece ter medo de
recordar o que é realmente o Natal, e cancela os sinais cristãos para manter
somente os de um imaginário banal e comercial.”
Francisco
concluiu seu discurso fazendo votos de que Nossa Senhor nos ajude a contemplar
o Filho de Deus no rosto de quem sofre, e nos ampare no “compromisso de sermos
solidários com as pessoas mais frágeis e mais fracas”.
Fonte: vaticannews.va
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