quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 20 - Quinta-feira

19h Terço dos homens na Matriz

19h30 Missa na comunidade da Serrinha - Peregrinação da imagem de São José 

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Dia 21 - Sexta-feira

6h30 Oração das Mil Misericórdias na Matriz

19h - Grupo de Oração Maranathá na capela da Soledade

19h30 Missa na comunidade da Lagoa - Peregrinação da imagem de São José 

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Dia 22 - Sábado

19h Missa na quadra da E. M. Bueno de Paiva - Rua Duque de Caxias

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Dia 23 - 7º Domingo do Tempo Comum

7h - Missa na Matriz       9h - Missa na Matriz

    11h - Missa da igreja de Santa Edwiges

16h - Missa na comunidade da Ponte de Ferro - Peregrinação da imagem de São José

19h Missa na Matriz         19h Missa na igreja de Santo Antônio

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Sugestão do padre Zezinho:

Rapaz, volte a estudar a Bíblia!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Com tristeza vi um jovem internauta dizer que os padres velhinhos, adeptos da TL, um dia se converterão antes de morrer!

Que ofensa colossal! Que grosseria! Incluiu, no mínimo, 6 Papas do Concílio nessa afirmação!

Prego a TL bíblica, desde que fui ordenado padre em 1966, nunca fui pró marxista, sigo os evangelhos e as epístolas, os profetas, os salmos, o Concílio Vaticano II, todas as encíclicas sociais dos Papas desde Leão XIII ao Papa Francisco.

Carrego muito bem minhas três enfermidades e nem por isso me bandeei para ideologias estranhas. A TL BÍBLICA não é estranha. Vai do Gênesis ao Apocalipse.

Então quem está gagá e ultrapassado é quem não estudou a HISTÓRIA DA LIBERTAÇÃO.

Ensino há mais de 50 anos que nem toda a TL tem viés marxista. A minha tem viés bíblico!

E acho que este jovem internauta é quem está precisando se converter antes de morrer.

Se tivesse levado a sério a Bíblia e o magistério da Igreja, desde Pio XII, saberia o que foi corrigido e o que foi elogiado na Teologia da Libertação.

Fiquei padre logo depois do Concílio em 1966. Sou filho de pai e mãe paralíticos e cresci numa vila de operários. De pobreza eu entendo. De conhecer fé, catecismo, ecumenismo e religião e política eu também entendo. Vivo neste meio há 60 anos.

E nunca precisei do marxismo nem do capitalismo para anunciar Jesus, que era pobre e que libertava pessoas sem precisar nem da direita, nem do centro, nem da esquerda política .

Mas aprendi com o Concílio de 1962 a 1965 e com as encíclicas sociais, que Jesus dava preferência a quem mais precisava dele, a saber OS POBRES do MUNDO.

Então, quem está precisando de conversão antes de morrer são estes meninos internautas que confundem Teologia da Libertação Católica com comunismo!

Este meninão que passou dos limites não teve bons mestres!

A TL BÍBLICA está em todos os livros da Bíblia e negar esta TEOLOGIA QUE LIBERTA é negar a redenção. Jesus veio libertar o ser humano e fez isso por sua vida, pela cruz e por cuidar dos mais feridos de corpo e de alma.

Desejo que um dia este jovem internauta leia a Bíblia e as mais 50 encíclicas sociais da nossa Igreja. Isto nunca foi comunismo.

E espero que, quando chegar ao 83 ou 90 anos este rapaz já tenha se convertido para Mt 25,31-46.

Lamento pelos novos internautas desse tipo. Andaram ouvindo os mestres errados!

No mínimo ofendeu 6 Papas idosos que defenderam a doutrina social da Igreja.

Nenhum deles flertou nem com a direita nem com a esquerda.

Todos eles pregaram diálogo e fraternidade. E vários deles receberam direitistas e esquerdistas no Vaticano. E quatro deles visitaram países capitalistas e comunistas para dialogar.

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Somos a Igreja da Esperança e do Diálogo. Eu envelheci sem flertar nem com capitalistas, nem centristas, nem comunistas, porque a vida inteira fui CATEQUISTA.

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Rapaz, pare de ofender quem prega a libertação. Jesus a pregou e morreu por isto!

Você mesmo é fruto dessa libertação radical de Jesus. Aprenda a valorizar quem viveu isto a vida toda. …

Respeito é bom e nós gostamos! …

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                                                                                   Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Boas notícias do Vaticano:

Noite tranquila para o Papa no Gemelli

Francisco, internado no hospital romano desde 14 de fevereiro, levantou-se e tomou café da manhã numa poltrona.

Na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro, a Sala de Imprensa da Santa Sé forneceu uma atualização acerca das condições de saúde do Papa Francisco:

"A noite transcorreu tranquilamente, o Papa levantou-se e tomou café da manhã numa poltrona."

O boletim médico divulgado na noite de quarta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé destacou condições clínicas "estáveis" com "uma leve melhora, especialmente nos índices inflamatórios" dos exames de sangue avaliados pela equipe médica.

Refere-se que Francisco continua suas atividades de trabalho.

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Vi um famoso pregador de internet

falar dos erros pastorais do Vaticano II...

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Talvez ele também não esteja certo!…

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Pena que não continuou a sua cantilena anti Vaticano!

Se tivesse esta humildade veria outros erros pastorais da parte de quem gosta bater contra o Papa e CNBB.

Afinal outros pregadores poderiam falar dos ERROS PASTORAIS dos opositores do Vaticano II.

Ou, por acaso, os que bateram forte contra o Papa e os bispos dos últimos 60 anos eram todos uns anjos puros e ilibados?

A verdade é outra! Muitos deles eram e são católicos irados, insatisfeitos e mal resolvidos. A Igreja não falou ou fez como eles queriam! A igreja foi em frente e eles tomaram outra direção!

E garantem os certos são eles!

Basta ler o que escrevem na rede social! A grande insatisfação contra as mudanças destes 60 anos. E onde podem atacam a hierarquia que não corrigiu os erros dos outros … E os deles? São os novos anjos Miguel a defender os direitos Deus?

Lutero e Calvino também alegavam defender a verdadeira fé cristã! Deu no que deu: cisão e cisma!

Ou dialogamos e nos perdoamos, ou ficaremos cada dia mais farisaicos e separados em nome do mesmo Jesus.

A questão é o cultivo do respeito mútuo e da fraternidade. Se meditassem seriamente em João, capítulo 17, talvez começassem a ser menos acusadores e menos azedos!

Quem é sereno sobreviverá. Quem não é vai perder o respeito do povo de Deus e até o respeito por si mesmos.

Veja sempre quem sempre começa a acusação na internet e quem defende o Papa, os Bispos da CNBB e os padres pró Concílio e pró Sínodo!

Ao ler alguma acusação veja página do acusador. Ele aceita ou não aceita o CVII, o CIC, o DSI e o Papa atual?

Se a pessoa não mostra a cara, nem assina o nome, quase sempre o mau católico ou católica é este tipo de acusador!

Talvez o separador seja ele!

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                                                                                                Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Catequese do Papa:

aprendamos a adorar Deus na sua pequenez

Impossibilitado de conduzir a Audiência Geral devido à internação hospitalar, o Papa Francisco disponibilizou o texto da catequese desta quarta-feira, 19 de fevereiro. 

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou a catequese do Papa Francisco, preparada para a Audiência Geral que estava prevista para esta quarta-feira, 19 de fevereiro, mas foi cancelada devido à internação do Pontífice no Hospital Policlínico Gemelli. O texto, parte do ciclo jubilar de catequeses sobre "Jesus Cristo, nossa esperança. A infância de Jesus", traz uma reflexão sobre a visita dos Magos ao Rei recém-nascido:

Queridos irmãos e irmãs,

Nos Evangelhos da infância de Jesus, há um episódio que é próprio da narrativa de Mateus: a visita dos Magos. Atraídos pelo aparecimento de uma estrela, que em muitas culturas é presságio do nascimento de pessoas excepcionais, alguns sábios partem do Oriente sem conhecer exatamente o destino de sua jornada. Trata-se dos Magos, pessoas que não pertencem ao povo da aliança. Na última vez, falamos dos pastores de Belém, marginalizados na sociedade judaica por serem considerados “impuros”; hoje encontramos outra categoria: os estrangeiros, que chegam imediatamente para prestar homenagem ao Filho de Deus, que entrou na história com uma realeza totalmente inédita. Os Evangelhos nos dizem, portanto, com clareza, que os pobres e os estrangeiros são dos primeiros a serem convidados a encontrar o Deus feito criança, o Salvador do mundo.

Os Magos foram considerados representantes tanto das raças primordiais, geradas pelos três filhos de Noé, quanto dos três continentes conhecidos na Antiguidade: Ásia, África e Europa, bem como das três fases da vida humana: juventude, maturidade e velhice. Independentemente de qualquer possível interpretação, eles são homens que não permanecem imóveis, mas, como os grandes chamados da história bíblica, sentem o convite para se mover, para partir em caminhada. São homens que sabem olhar além de si mesmos, sabem olhar para o alto.

A atração pela estrela que surgiu no céu os coloca em marcha rumo à terra de Judá, até Jerusalém, onde encontram o rei Herodes. Sua ingenuidade e confiança ao perguntar sobre o recém-nascido rei dos Judeus se chocam com a astúcia de Herodes, que, inquieto pelo medo de perder o trono, imediatamente tenta esclarecer a situação, entrando em contato com os escribas e pedindo-lhes que investiguem.

O poder do soberano terreno mostra, assim, toda a sua fraqueza. Os especialistas conhecem as Escrituras e informam ao rei o local onde, segundo a profecia de Miqueias, nasceria o chefe e pastor do povo de Israel (Mq 5,1): a pequena Belém e não a grande Jerusalém! De fato, como lembra Paulo aos Coríntios: «Aquilo que é fraco para o mundo, Deus escolheu para confundir os fortes» (1Cor 1,27).

No entanto, os escribas, que sabem identificar com precisão o lugar do nascimento do Messias, indicam o caminho aos outros, mas eles mesmos não se movem! Pois não basta conhecer os textos proféticos para sintonizar-se com as frequências divinas; é preciso deixar-se transformar interiormente e permitir que a Palavra de Deus reavive o anseio pela busca e acenda o desejo de ver Deus.

Neste momento, Herodes, às escondidas, como agem os enganadores e violentos, pergunta aos Magos sobre o momento exato do aparecimento da estrela e os incentiva a continuar a viagem e depois voltar para informá-lo, para que ele também possa ir adorar o recém-nascido. Para aqueles que estão apegados ao poder, Jesus não é a esperança a ser acolhida, mas uma ameaça a ser eliminada!

Quando os Magos partem, a estrela reaparece e os conduz até Jesus, sinal de que a criação e a palavra profética representam o alfabeto com o qual Deus fala e se deixa encontrar. A visão da estrela desperta naqueles homens uma alegria incontida, porque o Espírito Santo, que move o coração de todo aquele que busca Deus com sinceridade, também o preenche de alegria. Ao entrarem na casa, os Magos prostram-se, adoram Jesus e lhe oferecem presentes preciosos, dignos de um rei, dignos de Deus. Mas por quê? O que eles veem? Um antigo autor escreve: eles veem «um pequeno e humilde corpo que o Verbo assumiu; mas não lhes é ocultada a glória da divindade. Vê-se um menino pequeno; mas eles adoram Deus» (CROMÁCIO DE AQUILEIA, Comentário ao Evangelho de Mateus 5,1). Os Magos tornam-se, assim, os primeiros que acreditam dentre todos os pagãos, imagem da Igreja reunida de todas as línguas e nações.

Queridos irmãos e irmãs, coloquemo-nos também nós na escola dos Magos, desses “peregrinos de esperança” que, com grande coragem, dirigiram seus passos, seus corações e seus bens àquele que é a esperança não só de Israel, mas de todos os povos. Aprendamos a adorar Deus em sua pequenez, em sua realeza que não oprime, mas liberta e torna capazes de servir com dignidade. E ofereçamos a Ele os mais belos presentes, para expressar nossa fé e nosso amor.

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Aprendendo sempre:

O que era é ainda é a Catequese Renovada?

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Em primeiro lugar a proposta veio diretamente do Vaticano. Foi continuidade do Concílio Vaticano II. Foi proposta para todos os bispos, dioceses e movimentos católicos.

A RCC é um dos frutos dessa proposta, mas a Catequese Renovada vai muito mais longe do que os carismas, porque atinge em cheio a CATEQUESE CATÓLICA, todos os grupos de catequese, todos os pregadores, toda a Teologia, toda a sociologia católica, todos os novos jeitos e enfoques de pregar e corrige todos desvios devocionais ou propostas radicais do passado e do presente. É diálogo de ponta a ponta!

A Catequese Católica será renovada substancialmente ao implementar o CVII, o CIC, o DSI e todas as escolas de catequese da Igreja.

O passado será referencial, mas não o alvo. O alvo é o presente com vistas ao futuro da Igreja, numa era de tantas mudanças políticas e culturais.

Num curtíssimo espaço de tempo nasceu a Internet, as redes sociais, ferramentas inimagináveis, instrumentos que cabem na palma das mãos, o macro e o nano, a Inteligência Artificial, a indústria espacial, praticamente a renovação de todas as indústrias, mecanismos de produção, fomos ao fundo do mar e os novos foguetes vão e voltam levando incríveis instrumentos de previsão …

São tantas as inovações do mundo que as escolas e universidades mal conseguem segui-las.

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É nesse curto espaço de tempo do nascimento dos computadores e celulares que a Igreja precisa assumir uma CATEQUESE RENOVADA. Que seja Catequese, mas não arremedo de catequese!

Querer voltar a antes de 1959 é arremedo de renovação. Querer avançar aos anos 2050 também é arremedo.

Evangelizaremos guardando o que ainda é válido, vivendo a realidade de hoje e cheios de esperanças de amanhã. E o magistério do Papa e dos bispos nos guiarão. Qualquer quebra de vínculo de unidade será rompimento e pecado contra a fé católica! Pz

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                                                                                                Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Sábia reflexão:

Cuida dele!  

Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

Dom Walmor

“Cuida dele” é a palavra amorosa e solidária nascida do coração de um samaritano, tratado de forma preconceituosa. A narrativa está no Evangelho segundo Lucas: diferentemente do sacerdote e do levita que passaram ao largo e não dedicaram amparo a uma pessoa ferida, caída à beira do caminho, o samaritano se detém e cuida dele. Depois, leva o enfermo a uma hospedaria, recomenda que se cuide dele, comprometendo-se a pagar por todos os gastos investidos na sua recuperação. Esta narrativa, que traz a interpelante e convocatória recomendação “cuida dele”, ilumina o horizonte da contemporaneidade para inspirar um modo novo de tratar os pobres, enfermos e vulneráveis. A pressa habitual, considerados os muitos afazeres e as urgências, pode comprometer o coração humano, o exercício da cidadania e a vivência da fé, levando à desumana perda do sentido que há em cuidar do semelhante, da comunidade, do bem comum, do patrimônio público e do meio ambiente.  

Ter coragem e disposição para amparar quem precisa de ajuda é um propósito de ouro para este ano jubilar 2025, quando a Igreja Católica, em celebrações e peregrinações, fecunda a sensibilidade humana com um jeito novo de caminhar solidariamente – todos irmãos e irmãs uns dos outros. Uma luz especial motivadora para os propósitos novos de solidariedade é a celebração do último dia 11 de fevereiro, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, 33º Dia Mundial do Doente. A saúde é um dom precioso e requer cuidados especiais. No seu reverso está a experiência do limite humano da enfermidade. “Cuida dele” ressoa, então, como convite à atitude solidária e à consciência do desafio humano de tratar a enfermidade. Neste horizonte, lembra o Papa Francisco, em mensagem para o Dia Mundial do Doente, a fundamental importância de se caminhar como peregrino de esperança na saúde e na enfermidade. A esperança é força indispensável para o enfrentamento das tribulações – não somente as próprias, também as do próximo, a quem se deve solidariamente ajudar, a exemplo do bom samaritano.  

A fragilidade humana, sobretudo na enfermidade, estabelece um dilema existencial: a necessidade de manter-se forte mesmo quando chega, inesperadamente, uma doença que, por vezes, é grave.  São necessários muitos cuidados, não raramente com alto custo, incompatível com a realidade socioeconômica do enfermo e de seus familiares. Muita gente padece sem a terapêutica necessária, desertificada pela falta de solidariedades e de devido respeito. Com isto, pode nascer o sentimento de impotência – diante da própria enfermidade, ou de uma doença enfrentada por um familiar, amigo, colega de trabalho, um olhar que deve alcançar ainda os mais pobres e vulneráveis, particularmente crianças e idosos. Nestas circunstâncias, gestos de solidariedade e de partilhas são essenciais, a presença de Deus é indispensável. Colocar-se na presença divina, na fonte inesgotável de seu amor que sustenta e cura, alimenta a esperança. O Papa Francisco, em sua mensagem, apresenta um itinerário rico e consolador para se aproximar de Deus: o encontro, o dom e a partilha. 

O encontro com Deus, na pessoa de Jesus Cristo, é indispensável consolação, ainda quando a doença é difícil de se compreender. Importa experimentar a compaixão de Deus para alcançar fortalecimento espiritual inigualável, caminho de cura e de compreensão do desafio imposto pela enfermidade. Deus não abandona ninguém. Ao invés disso, proporciona surpresas ricas e inesperadas. A doença se torna, então, oportunidade para um encontro transformador, possibilitando uma força espiritual que garante a conquista de impressionante qualificação humanística. A compreensão de que toda esperança há de ser depositada em Deus é, pois, um dom. Compreende-se que a vida está no seu sentido pleno para além da própria força física, dos sucessos pessoais ou da efetivação de exitosos projetos. Tudo isso pode, inclusive, adoecer o coração, contaminando-o com terrível orgulho e soberba, alimentadores da indiferença ante a dor e o sofrimento do semelhante. 

 O dom da esperança nasce e se alimenta no cultivo da intimidade com Deus, fonte de cura e de sustento. Mais do que tocar a fímbria da roupa de Cristo, como aqueles da multidão que sempre O cercava, a intimidade com Ele se opera pela comunhão ao se comer do seu corpo e ao se beber do seu sangue. A força que saía de Cristo agora é acolhida na interioridade de quem o recebe. Brota assim o sentido da partilha, neste mundo em que todos são vulneráveis. A força física de hoje pode já não existir amanhã, os recursos à disposição podem não ser suficientes no dia seguinte. Todos são necessitados de solidariedade. Solidariedade em todos os lugares, na família, nos hospitais, nas clínicas, no ambiente de trabalho, na convivência gratuita – como presença amorosa e consoladora na vida do semelhante.  

Recomenda o Papa Francisco: considerada a fragilidade humana torne-se o cuidado com enfermos e vulneráveis um hino à dignidade partilhada por todos, um canto de esperança. Cuidar de quem sofre é missão especial. A atitude samaritana pode fecundar a sociedade com indispensável sentido de respeito, vencendo as intolerâncias e os autoritarismos que nascem da falsa convicção de se ser onipotente, dono da fama e das atenções. O cuidado abnegado e adequado dedicado aos enfermos, em qualquer circunstância e medida, devolva a cada um o sentido de sua condição humana frágil. O compromisso de cuidar opere no mundo uma semeadura de solidariedades. Ao olhar o mundo, contemplando cada um, especialmente os pobres e enfermos, o coração pulse, com batimentos modulados pela convocação “cuida dele”. Todos, na posição de cuidar, inaugurarão um tempo novo querido por Deus, no mundo, na sociedade, na família, no trabalho, na comunidade de fé, em todo lugar. Cuida dele! 

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domingo, 16 de fevereiro de 2025

O Papa ao mundo da cultura:

 dar voz a quem não tem voz, transformar dor em esperança

“Vós, artistas e pessoas de cultura, sois chamados a ser testemunhas da visão revolucionária das Bem-Aventuranças. A vossa missão não se limita a criar beleza, mas a revelar a verdade, a bondade e a beleza escondidas nos recantos da história, a dar voz a quem não tem voz, a transformar a dor em esperança”: diz o Papa na homilia da Missa por ocasião do Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura, presidida este domingo na Basílica de São Pedro pelo cardeal José Tolentino de Mendonça.

A Eucaristia – centro e ápice da vida cristã – celebrada na manhã deste domingo, 16 de fevereiro, na Basílica Vaticana, foi o ponto alto do Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura, que se realiza dos dias 15 a 18 deste mês com cerca de 10 mil participantes de mais de 100 nações dos cinco continentes. A Missa, que deveria ser presidida pelo Santo Padre – que se encontra internado deste sexta-feira passada no Hospital Policlínico Gemelli devido a uma bronquite de que foi acometido -, foi presidida pelo prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cardeal José Tolentino de Mendonça.

O purpurado português leu a homilia do Papa preparada para a ocasião - que Francisco quis que fosse compartilhada com as 4 mil pessoas presentes na Basílica de São Pedro -, na qual detém-se sobre o Evangelho do dia (Lc 6,17.20-26) em que Jesus proclama as bem-aventuranças.

O Pontífice observa que já as ouvimos muitas vezes e, no entanto, não deixam de nos maravilhar: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Felizes vós, os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais, porque haveis de rir”. Estas palavras contradizem a lógica do mundo e convidam-nos a olhar a realidade com olhos novos, com o olhar de Deus, que vê para além das aparências e reconhece a beleza, até mesmo na fragilidade e no sofrimento.

A segunda parte contém palavras duras e de repreensão: “ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação! Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis!” O contraste entre “felizes vós” e “ai de vós” recorda-nos a importância de discernir onde colocamos a nossa segurança, frisou o Santo Padre, dirigindo-se em seguida aos artistas e ao mundo da cultura em geral.

“Vós, artistas e pessoas de cultura, sois chamados a ser testemunhas da visão revolucionária das Bem-Aventuranças. A vossa missão não se limita a criar beleza, mas a revelar a verdade, a bondade e a beleza escondidas nos recantos da história, a dar voz a quem não tem voz, a transformar a dor em esperança.”

Vivemos numa época de crises complexas, continuou o Papa, que são econômicas e sociais mas, antes de mais, são crises da alma, crises de sentido. Coloquemo-nos a questão do tempo e a questão do rumo. Somos peregrinos ou errantes? Caminhamos com uma meta ou andamos à deriva, perdidos? O artista é aquele ou aquela que tem a função de ajudar a humanidade a não se desnortear, a não perder o horizonte da esperança.

“Mas atenção: não é uma esperança fácil, superficial e desencarnada. Não! A verdadeira esperança entrelaça-se com o drama da existência humana. Não é um refúgio confortável, mas um fogo que arde e ilumina, como a Palavra de Deus. Por isso, a arte autêntica é sempre um encontro com o mistério, com a beleza que nos supera, com a dor que nos interpela, com a verdade que nos chama. Caso contrário, “ai (de nós)”! O Senhor é severo no seu apelo.”

Francisco acrescentou que o artista, com sua obra, realiza um discernimento e ajuda os outros a discernir no meio dos diferentes ecos dos acontecimentos deste mundo. Os homens e as mulheres de cultura são chamados a avaliar estes ecos, a explicar-no-los e a iluminar o caminho por onde nos conduzem: se são cantos de sereia que seduzem ou apelos da nossa mais verdadeira humanidade.

“Pede-se-vos - disse o Pontífice aos artistas e aos homens e mulheres de cultura em geral - a sabedoria para distinguir o que é como “como a palha que o vento leva”, do que é sólido “como a árvore plantada à beira da água corrente” e capaz de dar fruto.

“Queridos artistas, vejo em vós guardiães da beleza que sabe inclinar-se sobre as feridas do mundo, que sabe escutar o grito dos pobres, dos sofredores, dos feridos, dos presos, dos perseguidos, dos refugiados. Vejo em vós guardiães das Bem-Aventuranças! Vivemos num tempo em que se erguem novos muros, em que as diferenças se tornam um pretexto para a divisão em vez de serem uma oportunidade de enriquecimento recíproco. Mas vós, homens e mulheres de cultura, sois chamados a construir pontes, a criar espaços de encontro e diálogo, a iluminar as mentes e a aquecer os corações.”

O Papa prosseguiu afirmando que alguns poderão, em suas ponderações e questionamentos, dizer: “Mas para que serve a arte num mundo ferido? Não há coisas mais urgentes, mais concretas e mais necessárias?”. A arte, respondeu Francisco, não é um luxo, mas uma necessidade do espírito. Não é uma fuga, mas uma responsabilidade, um convite à ação, um apelo, um grito. Educar para a beleza significa educar para a esperança. E a esperança nunca está separada do drama da existência: ela atravessa a luta quotidiana, as fadigas da vida, os desafios deste nosso tempo.

“No Evangelho que escutámos hoje, Jesus proclama felizes os pobres, os aflitos, os mansos, os perseguidos. É uma lógica invertida, uma revolução da perspectiva”, observou o Pontífice. A arte é chamada a participar nesta revolução. O mundo precisa de artistas proféticos, de intelectuais corajosos, de criadores de cultura.

Concluindo sua homilia lida pelo cardeal Tolentino de Mendonça, o Santo Padre fez uma premente exortação aos artistas e ao mundo da cultura em geral:

“Deixai-vos guiar pelo Evangelho das Bem-Aventuranças e que a vossa arte seja anúncio de um mundo novo. Que a vossa poesia no-lo mostre! Nunca deixeis de procurar, interrogar, arriscar. Porque a verdadeira arte nunca é acomodada; ela oferece a paz da inquietação. E lembrai-vos: a esperança não é uma ilusão; a beleza não é uma utopia; o vosso dom não é um mero acaso, é uma chamada. Respondei com generosidade, com paixão, com amor”.

Raimundo de Lima – Vatican News 

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Francisco desde o hospital:
agradeço pelas orações
com que me acompanhais nestes dias de internação

Internado no Hospital Policlínico Gemelli devido a uma bronquite de que foi acometido, Francisco entregou o Angelus dominical, difundido pela Sala de Imprensa da Santa Sé. No texto, o Pontífice agradece pelo carinho, a oração e a proximidade com que está sendo acompanhado nestes dias, assim como aos médicos e profissionais de saúde deste Hospital por seus cuidados. O Santo Padre se dirige aos artistas por ocasião de seu Jubileu e pede orações pelos países em guerra.

A seguir, o texto do Angelus do Papa Francisco, difundido ao meio-dia deste domingo (16/02) pela Sala de Imprensa da Santa Sé:

Hoje, no Vaticano, foi celebrada a Eucaristia dedicada em particular aos artistas que vieram de várias partes do mundo para viver os Dias do Jubileu. Agradeço ao Dicastério para a Cultura e a Educação pela preparação desse evento, que nos lembra a importância da arte como linguagem universal que difunde a beleza e une os povos, ajudando a trazer harmonia ao mundo e a silenciar todo grito de guerra.

Cumprimento aos artistas por ocasião de seu Jubileu

Quero cumprimentar todos os artistas que participaram: eu gostaria de ter estado no meio de vós, mas, como sabeis, estou aqui no Policlínico Gemelli porque ainda preciso de tratamento para minha bronquite.

Dirijo minhas saudações a todos os peregrinos presentes em Roma hoje, em particular aos fiéis da Diocese de Parma, que vieram em uma peregrinação diocesana, conduzidos por seu Bispo.

Orações pelos países em guerra

Convido todos a continuarem a rezar pela paz na atormentada Ucrânia, na Palestina, em Israel e em todo o Oriente Médio, em Mianmar, no Kivu e no Sudão.

Agradeço-vos pelo carinho, a oração e a proximidade com que me acompanhais nestes dias, assim como gostaria de agradecer aos médicos e profissionais de saúde deste Hospital por seus cuidados: eles fazem um trabalho precioso e tão cansativo, vamos apoiá-los com a oração!

E agora confiemo-nos a Maria, a “Cheia de graça”, para que nos ajude a ser, como Ela, cantores e artífices da beleza que salva o mundo.

Raimundo de Lima – Vatican News

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Bela reflexão do frei Almir Guimarães:

Uma felicidade aparentemente às avessas

Abraçar diariamente o caminho do Evangelho, mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade. (Papa Francisco, Gaudete et Exsultate, n. 94)

 Jeremias, na primeira leitura deste domingo, nos lembra que o homem que confia no Senhor é como uma planta viçosa, localizada perto de um curso de água. Nada teme. Caminha impassível pela vida. De outro lado, os que confiam apenas em seus próprios recursos e possibilidades não veem chegar a floração. Plantas que murcham.

 No evangelho proclamado, mais uma vez a página da felicidade, dos bem-aventurados, desta vez na versão de Lucas. Não se trata aqui do Sermão da Montanha. Lucas afirma que Jesus desceu da montanha e parou num lugar plano. Uma fala sobre a felicidade em quatro registros: os pobres, os famintos e sedentos, os que choram, os que são odiados, perseguidos ou não levados em consideração. O Sermão da Planície de Lucas.

 “A escuta singela das bem-aventuranças provoca sempre em nós um eco especial. Por um lado seu tom fortemente paradoxal nos desconcerta. Por outro, a promessa que encerram nos atrai, porque oferecem a resposta a essa sede que existe no mais profundo de nosso ser. Nós, cristãos, esquecemos que Evangelho é um chamado a ser felizes. Não de qualquer maneira, mas pelos caminhos que Jesus sugere e que são completamente diferentes dos caminhos que a sociedade atual propõe. Este e seu maior desafio” (Pagola, Lucas, p.105).

 Bem-aventuados os que têm um espírito de pobreza – Pobre é a pessoa livre para Deus e para os outros. É aquele que foi se libertando de complacências, vaidades, das exigências do homem velho, sempre chorão, reclamão. Serão bem-aventurados no mundo novo do Reino as pessoas que forem despojadas, que não se importam de não terem sido chamadas a sentar à mesa da presidência. Pobres, desapegados. O Evangelho pede que sejamos pessoas avessas à ostentação, vacinadas a comprometimentos que nos apequenam. Desapegados de ideias feitas, mesmo de hábitos, principalmente de suas manias. Os pobres, os que não estão preocupados demais com vantagens mostram uma excelente qualidade de atenção aos outros. São pessoas adoráveis. Já estão na ante sala do mundo novo que se chama Reino. São seus herdeiros.

 O futuro pertence aos pobres. O futuro que Deus promete não pertence aos que já chegaram, mas aos que ainda nem partiram. Pertence aos pobres. Apenas eles são os que esperam alguma coisa ou alguém. Os ricos nada têm a esperar do amanhã. Têm tudo. Nada mais lhes resta senão o medo: medo de perder, medo de que falte alguma coisa, medo de serem esquecidos, medo de ficarem sozinhos. Não têm outro destino senão a sepultura. Os pobres já estão no processo de ressurreição para a Vida. Usam vestes de esperança.

 Bem-aventurados os que têm fome e sede – Podemos pensar nos que têm o estomago vazio e a garganta seca. Este, no entanto, não pode ser o verdadeiro sentido da bem-aventurança. Há pessoas satisfeitas com tudo. Com as coisas que fazem e os bens que possuem. Seus armários e suas contas bancárias são garantia. Felizes os que experimentam na garganta uma sede de Deus. Não de um Deus feito na medida de seus interesses e necessidades individuais, mas sede do Mistério de Amor que vem encher-nos de plenitude. Na vida da fé e no processo de humanização são felizes aqueles que sentem necessidade do alimento da amizade, do nutrimento da Palavra. Aqueles que não estão satisfeitos com os passos dados e por vezes mal dados. Têm saudade de plenitude e um desejo de serem santos.

 Fome de justiça… O Papa Francisco: “Fome e sede” são experiências muito intensas, porque correspondem às necessidades primárias e têm a ver com o instinto de sobrevivência. Há pessoas que, com esta mesma intensidade, aspiram pela justiça e buscam-na com um desejo assim forte. Jesus diz que elas serão saciadas, porque a justiça, mais cedo ou mais tarde, chega e nós podemos torná-lo possível, embora nem sempre vejamos os resultados deste compromisso (“Gaudete et Exsultate”, n. 77).

 Bem-aventurados os que choram… – Eles haverão de rir. Deus se torna próximo daqueles que sofrem, quaisquer que sejam eles. A todos traz consolo, sem discriminação, pobres ou ricos. Jesus se compadeceu da dor da viúva de Naim, sofreu com as irmãs com morte de Lázaro. As lágrimas dão a entender que alma não se tornou insensível nem de estratificou. Somos convidados a chorar com os que choram, a nos compadecer, quer dizer sofrer com os que sofrem. Há lágrimas dolorosas. Há outras lágrimas que são de gratidão e de alegria.

 Jesus fala de uma alegria prometida aos que choram. O Papa Francisco assim se exprime: “A pessoa que, vendo as coisas, como realmente estão, se deixa trespassar pela aflição e chora no seu coração, é capaz de alcançar as profundezas da vida e ser autenticamente feliz. Esta pessoa é consolada, mas com a consolação de Jesus e não com a do mundo. Assim pode ter a coragem de compartilhar o sofrimento alheio, e deixa de fugir de situações dolorosas. Desta forma, descobre que a vida tem sentido socorrendo o outro em sua aflição, compreendendo a angústia alheia, aliviando o outros. Esta pessoa sente que o outro é carne de sua carne, não teme aproximar-se até tocar a sua ferida, compadece-se até sentir que as distâncias são superadas. Assim, é possível acolher aquela exortação de São Paulo: “Chorai com os que choram (Rm 12,15 (Gaudete et Exsultate, n. 76).

 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem – Há pessoas que são odiadas porque seu testemunho incomoda. Elas são um grito que penetra os corações dos que foram se acomodando com a mediocridade. Há aquelas que não são levadas em consideração, que podem morrer ou desaparecer que não serão notadas, às quais nunca nada se pede nem mesmo seu parecer. Felizes os que defendem a verdade, salvam os inocentes. Os perseguidos têm em seu rosto fortes traços de Jesus.

 De acordo com Jesus é melhor dar do que receber, é melhor servir do que dominar, compartilhar do que ajuntar, perdoar do que vingar-se. Quando procuramos ouvir sinceramente o que de melhor há em nós intuímos que Jesus tem toda razão. As bem-aventuranças constituem a chave da felicidade.

Oração

Ensina-nos, Senhor, a viver o espírito das bem-aventuranças,
chaves de ouro, chaves da verdade
Ensina-nos a distinguir, graças a elas,
o Essencial do acessório,
o Importante do irrisório,
o Eterno do efêmero,
o Primordial do secundário.
Livra-nos de todos os medos;
medo de perder um privilégio,
medo de falhar, medo de sofrer.
Assim poderemos nos entregar totalmente
às bem-aventuranças e entrar em teu Reino de Amor.

Amém.

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FREI ALMIR GUIMARÃES, OFMingressou na Ordem Franciscana em 1958. Estudou catequese e pastoral no Institut Catholique de Paris, a partir de 1966, período em que fez licenciatura em Teologia. Em 1974, voltou a Paris para se doutorar em Teologia. Tem diversas obras sobre espiritualidade, sobretudo na área da Pastoral familiar. É o editor da Revista “Grande Sinal”.

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                                                       Fonte: franciscanos.org.br       Banner: Frei Fábio M. Vasconcelos

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Papa, nesta sexta-feira, a voluntários de Porto Rico:

levar esperança a quem sofre, sem fazer distinção

“Neste Ano Santo, desejo agradecer porque vocês são motivo de esperança para tantas pessoas que sofrem e estão desanimadas, pessoas que, por meio das suas obras, sentem que Deus as acaricia e consola no seu sofrimento”, disse o Papa à delegação da Fundação Gaudium et Spes, com sede em Porto Rico, que foi recebida na manhã desta sexta-feira (14/02). Os voluntários trabalham com projetos ao redor do mundo principalmente visando a erradicação da pobreza infantil.

Antes de ser internado no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, para continuar o tratamento da bronquite, o Papa Francisco recebeu uma delegação de Porto Rico no Vaticano na manhã desta sexta-feira (14/02). As cerca de 80 pessoas representam a Fundação Gaudium et Spes, com sede em Porto Rico, que se dedica ao financiamento de projetos de assistência social e preservação cultural que beneficiem as comunidades mais vulneráveis com foco na erradicação da pobreza infantil tanto na ilha caribenha como em outras partes do mundo. Um trabalho desenvolvido em estreita colaboração com líderes locais e religiosos, reconhecido pelo próprio Papa, que agradeceu em especial a missão "em favor dos mais pobres, seguindo os ensinamentos da constituição conciliar da qual vocês tiraram o nome e que honram com as suas ações", disse ele, recordando uma das quatro constituições do Concílio Vaticano II, a Gaudium et Spes (Alegria e Esperança), que apresenta a missão da Igreja no mundo contemporâneo.

Leia a íntegra do discurso do Papa Francisco

"Nesse sentido, a Fundação e as suas obras tornam esse documento atual, o que coincide com o espírito sinodal da Igreja, onde todos nós estamos unidos em Cristo, formando uma fraternidade universal, como membros do seu Corpo", disse o Papa em discurso. E essa união se realiza por meio do Espírito Santo, "que é Amor, e se manifesta na solidariedade, especialmente com aqueles que mais sofrem":

"Esse permanecer em Cristo nos torna família, irmãos, com a mesma dignidade. E o alimento dessa família, que se reúne para comer juntos aos domingos na missa, é a Eucaristia. Formamos um só corpo, porque comemos o mesmo pão. É o alimento espiritual que é servido a todos igualmente e nos faz viver em comunhão com Deus e com os nossos irmãos."

Essa força do Espírito Santo, finalizou o Papa Francisco em discurso aos membros da Fundação Gaudium et Spes, nos leva "a ser instrumentos do amor de Deus que quer alcançar todos os homens, sem distinção":

“Portanto, neste Ano Santo, desejo agradecer-lhes porque vocês são motivo de esperança para tantas pessoas que sofrem e estão desanimadas, pessoas que, por meio das suas obras, sentem que Deus as acaricia e consola no seu sofrimento.”

Andressa Collet - Vatican News


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Papa internado no Gemelli
para exames e tratamento da bronquite

A Sala de Imprensa do Vaticano informa que Francisco, nesta manhã, 14/02, após as audiências na Casa Santa Marta, foi internado no hospital romano para "alguns exames diagnósticos necessários" e para "prosseguir, em ambiente hospitalar, o tratamento da bronquite" da qual sofre há dias.

Hospital Gemelli em Roma 

"Na manhã desta sexta-feira, 14 de fevereiro, ao término das audiências, o Papa foi internado no Hospital Agostino Gemelli para alguns exames diagnósticos necessários e para prosseguir em ambiente hospitalar o tratamento para a bronquite que ainda persiste". A informação foi divulgada por meio de um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Há vários dias, o próprio Pontífice já havia mencionado publicamente os problemas de saúde que o impediram de ler as catequeses, homilias e discursos preparados. Ainda assim, nesta manhã, manteve integralmente sua agenda de compromissos, que foram realizados na Casa Santa Marta.

Com a internação, a audiência jubilar deste sábado, 15 de fevereiro, foi cancelada, assim como a visita do Papa aos estúdios cinematográficos de Cinecittà na segunda-feira. A missa dominical por ocasião do Jubileu dos Artistas será presidida pelo prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, card. José Tolentino de Mendonça.

Esta é a quarta vez que o Papa Francisco é internado no hospital romano. Ele já havia sido hospitalizado em junho de 2021 para uma cirurgia programada devido a uma estenose diverticular sintomática do cólon, em junho de 2023 para uma cirurgia de "laparotomia e reconstrução da parede abdominal", e em março de 2023 para exames médicos.

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va