Um coração convertido é um coração fraterno
A Quaresma é tempo
de resgatar a identidade batismal de irmãos e irmãs em Cristo Jesus. Assim o
arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, situou a proposta que o tempo litúrgico em
preparação para a Páscoa oferece aos fiéis católicos. O arcebispo presidiu a
Missa do 1º Domingo da Quaresma, no Santuário Nacional de Nossa Senhora
Aparecida, com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2024.
Além de ser tempo
de resgate da identidade batismal, a Quaresma é, segundo dom Jaime, “tempo
favorável para sairmos de nossa alienação existencial causada pelo pecado” e
tempo de conversão. Esta, por sua vez, “passa pela experiência da humildade, da
aceitação do outro, do diferente de mim, e da alegria do encontro com o
Crucificado-Ressuscitado”.
Um coração
convertido, continuou o presidente da CNBB, jamais será indiferente aos irmãos
e irmãs, “pois sabe que o amor a Deus e ao próximo sintetizam o projeto do
Reino”.
“Um coração
convertido é um coração fraterno”, exortou dom Jaime.
“Corações fraternos, que não produzem nem promovem divisões, são sinal de santidade autêntica, característica de quem acolheu o projeto de Jesus, reconhecendo que todos são filhos e filhas do mesmo Pai, e, portanto, irmãos e irmãs”.
Viver a
fraternidade mais concretamente
É nesse contexto
que se insere a Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema “Fraternidade e
Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”.
“A Campanha da Fraternidade da qual participamos, nos ajuda a viver a fraternidade ainda mais concretamente; oferece oportunidade para viver ainda mais intensamente a espiritualidade quaresmal; auxilia na vivência concreta do mandamento da caridade, do amor ao próximo, que sintetiza o mandamento da caridade, toda Lei e os profetas”, disse dom Jaime.
Compreender o
valor da amizade social
Ao final da
homilia, o presidente da CNBB convidou a todos a pedir ao Senhor a graça de
compreender o valor da amizade social e a viver a beleza da fraternidade humana
aberta a todos. “Isso para além dos nossos gostos, opções políticas, afetos e
preferências, num caminho de verdadeira penitência e conversão, pois nós
sabemos: somos todos irmãos e irmãs. E por isso não podemos não nos empenhar em
promover a amizade, e a amizade no seio de toda a sociedade”.
Concelebraram com
dom Jaime Spengler o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e assessores
da CNBB: o subsecretário adjunto-geral, padre Patriky Samuel Batista; o
secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen; o assessor
de Comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues; e o assessor da Comissão
Episcopal para a Liturgia da CNBB, frei Luís Felipe Marques.
Em sua saudação inicial, dom Orlando parabenizou o secretariado da CNBB, na pessoa do padre Jean Poul, pelo trabalho realizado na preparação da Campanha da Fraternidade. Ele disse que o texto-base está “entrando no coração do povo de Deus”. Para ele, esta Campanha da Fraternidade é “mística e profecia”.
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