Confiança e
esperança
O Papa Francisco
manifestou sua solidariedade aos refugiados acolhidos pelo "Centro
Astalli": “a todos me faço espiritualmente próximo com a oração e o afeto
e os exorto a ter confiança e esperança num mundo de paz, de justiça e de
fraternidade entre os povos”.
Bianca
Fraccalvieri – Cidade do Vaticano - O Papa Francisco expressou novamente sua
preocupação com os migrantes ao enviar uma carta ao “Centro Astalli”,
iniciativa dos jesuítas voltada aos refugiados e requerentes de asilo.
O Centro publicou
o seu Relatório anual 2020, em que relata as “vidas suspensas” dos migrantes,
que aguardam o êxito dos procedimentos para permanecer legalmente na Itália.
Neste momento de pandemia, a angústia é ainda maior, pois os processos podem
atrasar ou permanecer bloqueados.
Em 2019, os
jesuítas e seus colaboradores atenderam 20 mil pessoas, 11 mil só em Roma. O
Relatório denuncia “as políticas migratórias, restritivas e de fechamento – até
mesmo discriminatórias –, que caracterizaram o último ano”, aumentando a
precariedade da vida, a exclusão e a irregularidade dos refugiados e tornando
toda a sociedade mais vulnerável.
Coragem
Na carta, o Papa
aprecia de modo especial a coragem com a qual os jesuítas enfrentam o
"desafio das migrações, sobretudo neste delicado momento para o direito de
asilo, em que milhares de pessoas fogem de guerras, perseguições e de graves
crises humanitárias”.
Francisco
manifesta sua solidariedade aos refugiados, que o Centro acolhe “com amor
fraterno”: “a todos me faço espiritualmente próximo com a oração e o afeto e os
exorto a ter confiança e esperança num mundo de paz, de justiça e de
fraternidade entre os povos”.
O Papa renovou seu
encorajamento aos jesuítas e a todos os que colaboram com eles na “sábia
abertura” ao complexo fenômeno migratório, “favorecendo adequadas intervenções
de apoio e testemunhando aqueles valores humanos cristãos que estão na base na
civilização europeia”.
Que este exemplo,
conclui o Papa, “possa suscitar na sociedade um renovado compromisso por uma
autêntica cultura do acolhimento e da solidariedade”.
Gratidão
Para o diretor do
Centro Astalli, padre Camillo Ripamonti, “as palavras do Pontífice são de
grande motivação e encorajamento a prosseguir o caminho ao lado dos
refugiados”.
“O Centro Astalli
expressa profunda gratidão ao Papa Francisco pelo seu empenho cotidiano a favor
dos migrantes e por estas duas palavras que nos indicam o caminho a percorrer
rumo a um bem sempre maior.”
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Fonte: vaticannews.va
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