O Jesus dele não era o mesmo Jesus dos
católicos!
Pe. Zezinho, scj
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Era um católico anticlerical. Achava e
dizia que conhecia a Bíblia mais do que a maioria dos padres. Segundo ele,
leigos deveriam poder dirigir paróquias e pregar no púlpito!
Para ele, muitos leigos têm mais formação
do que certos padres. Ele poderia até ter razão, mas, sendo anticlerical e pró leigos,
generalizava. A maioria dos padres estuda de 5 a 6 anos. Alguns, quinze ou
vinte anos. Ele exagerava!
Começou na RCC, um movimento de leigos católicos,
que, diga-se de passagem, nos deu excelentes líderes católicos e vários padres!
Um dia, JJB se encasquetou que, já que a
Igreja não o valorizava, ele fundaria uma comunidade cristã mais eficiente!
Pelo menos teria melhores pregadores… Começou
com um núcleo da RCC que, proibido pela liderança pelas suas pregações sobre
graça e Espírito Santo, tornou-se mais uma igreja pentecostal.
Achou um nome para a nova comunidade cristã
e a esposa o seguiu; duas filhas não o seguiram e um filho hesitou, mas acabou
indo com ele.
Dez anos depois, o agora pastor e ex-católico
tinha três templos e nove comunidades. Vivia do dízimo! A nova igreja chegou a
20 mil membros. Ele era bom de marketing! O novo pastor fez a diferença na
cidade de 120 mil habitantes.
O que ele não previa é que três membros
influentes da sua nova denominação romperiam com ele fundando três novas igreja!
Se ele podia, por que não eles?
Da sua igreja nasceram três novas denominações,
na mesma cidade, uma delas uma quadra adiante, coisa muito comum nas igrejas
protestantes e pentecostais.
Depois das separações ele se viu
pastoreando apenas 8 mil, e as três novas igrejas se dividiram em 2 e 4 e 6 mil.
Todos os novos pastores pregavam um Jesus é
um Espírito Santo diferente das outras, assim como ele mesmo passara a pregar
um Jesus diferente da Igreja Católica, na qual vivera por quarenta e três anos!
Pregava um tipo de DOCETISMO! Para quem não sabe explicarei nos próximos dias!
O filho casou com uma católica e voltou a
ser católico. As duas filhas, agora casadas, aderiram ao MFC. “Movimento de
Famílias Cristãs”
Ficou apenas ele e esposa. Mas ela mesma
nem sempre ia junto aos cultos do marido. Ele mudara demais. O docetismo dele a
incomodava!
O óbvio acontecera!
Em Atos 5,34-39 o fariseu Gamaliel ,
respeitadíssimo mestre da lei , de quem Paulo fora discípulo antes de conhecer
Jesus, disse ao membros do Conselho de Anciãos . “Isto que vcs estão vendo, se
for de origem humana vai se destruir por si mesma. Se for de Deus vcs não
conseguirão destruir “
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A vaidade daquele leigo que se sentia mais
culto e mais iluminado do que os padres na Igreja local, e que queria ser
pastor e liderar uma igreja, acabou não dando certo. Seus sermões tornaram -se
cada dia mais cáusticos e agressivos!
O dízimo rareou e, para manter o antigo
padrão de vida, ele voltou à sua agência de marketing e propaganda.
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Igrejas “sem raiz” são como criação de gatos.
Nem todas se sentem “ovelhas” e os novos fiéis nem sempre seguem quem os criou “converteu”.
Havendo mais ração e mais vantagens, os
gatos, um dia, mudam de casa e de cuidador …
A migração de igreja para igreja é um
fenômeno bastante conhecido no Brasil. Não há fidelidade nelas. Não gostou,
mudam de púlpito de poltrona, ou de banco! E atribuem tudo a Jesus e ao
Espírito Santo. Esquecem a força do convencimento daquele púlpito!
O marketing religioso corre paralelo ao rio
da Graça!…
O rio vem do alto e corre em favor de quem
realmente precisa de luzes e de conversão. O marketing acredita em truques, em
curas espetaculares e na manipulação de textos bíblicos! Pregadores famosos
puxam milhares de fiéis para o seu cercado da fé.
Pregadores sérios não puxam ninguém, nem
ameaçam ninguém com inferno. Apenas convidam e, se o fiel não aceita suas
catequeses fazem o que Jesus fazia. Deixam ir! ( Jo 6,64-68 ) (Jr 14,-14)
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