terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Jubileu 2025:

A terra seca clama por vida e esperança 

Dom Jailton Oliveira Lino - Bispo de Teixeira de Freitas-Caravelas (BA)

“Quando a terra seca clama pelo céu…” Quantos de nós já nos sentimos assim? Perdidos, áridos, como um solo que há muito tempo não sente o frescor da chuva. A canção Terra Seca não fala apenas da natureza. Ela fala de nós. De nossas almas sedentas, de nossos corações que tantas vezes têm vivido longe da fonte de vida que é Deus. 

E agora, em 2025, a Igreja nos chama. O Jubileu chega como a resposta desse clamor. É como se o próprio céu dissesse: “Eu ouvi o teu grito. Eu trarei a chuva.” Mas eu te pergunto: você está pronto para recebê-la? 

Vivemos tempos difíceis. O mundo está seco de compaixão, de justiça, de amor. Quantos corações estão endurecidos pela indiferença? Quantas vezes escolhemos o egoísmo, ignorando o outro? Estamos como a terra rachada que rejeita a semente porque não se preparou para o momento da chuva. Mas o Jubileu nos desafia: prepare o solo do seu coração. 

Esse ano santo não é apenas uma celebração. É um chamado. Um chamado para sairmos de nossa zona de conforto, para enfrentarmos a aridez de nossas vidas e nos deixarmos transformar pela misericórdia de Deus. O Jubileu nos convida a sermos peregrinos da esperança, mas para isso, precisamos nos perguntar: estamos dispostos a caminhar? 

A graça de Deus é como a chuva, mas a terra precisa querer florescer. Você está disposto a abrir mão do orgulho, da raiva, da culpa que pesa no peito? Está disposto a perdoar quem te feriu e buscar reconciliação com Deus, com os outros e com você mesmo? 

Olhe para o mundo ao seu redor. As guerras, as desigualdades, o sofrimento dos pobres e o descaso com a criação são reflexos de uma humanidade que se afastou da sua essência. O Jubileu é um convite para mudar essa realidade, mas a mudança começa em você. 

Talvez você se pergunte: E se eu não conseguir? Eu te digo: Deus é fiel. Ele nunca te abandonará. Assim como a chuva vem no tempo certo, a graça d’Ele chega para renovar aquilo que parecia perdido. Mas você precisa estar disposto. É preciso abrir o coração, tirar as pedras do caminho e deixar que Ele faça o impossível: transformar seu deserto em um jardim. 

Não viva este ano santo como um espectador. Seja protagonista. Vá à confissão, participe das celebrações, ajude quem precisa, cuide da criação. Viva como quem acredita que o amor de Deus pode mudar o mundo, porque pode. 

A terra seca está clamando. Você também está. E Deus responde: “Eis que faço novas todas as coisas.” O que você fará com essa promessa? 

“Que venha a chuva. Que venha a vida.” 

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 22 - Quarta-feira

19h Missa votiva em louvor a São José 

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Dia 23 - Quinta-feira

19h Terço dos homens na Matriz

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Dia 24 - Sexta-feira

6h30 Oração das Mil Misericórdias na Matriz

19h - Grupo de Oração Maranathá na capela da Soledade

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Dia 25 - Sábado

19h Missa na Matriz

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Dia 26 - 3º Domingo do Tempo Comum

7h - Missa na Matriz       9h - Missa na Matriz

    11h - Missa da igreja de Santa Edwiges

19h Missa na Matriz         19h Missa na igreja de Santo Antônio

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Catequese com o padre Zezinho:

Peça à Mãe que o filho atende!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Cuidado ao repetir isto. Explique bem isto a quem nunca estudou o Catecismo! Se você estudou, então conhece a doutrina da Graça e a da INTERCESSÃO.

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O que você corrigiria nesta frase?

É que Deus a decisão é sempre de Deus. Pedir todos podem e devem pedir (Lc 11,9). Insistir todos devem insistir. (Lc 8,46), mas todo o poder foi dado ao Filho (Mt 28,18) Então, isto de CONCEDER é decisão soberana dele.

Ser piedoso e ter desejos é maravilhoso, mas dizer que Jesus não resiste a um pedido da sua mãe vai contra a Bíblia.

Nem ela faria isso. A frase FAÇA-SE A TUA VONTADE, SOU SERVA, FAÇA-SE em MIM O QUE ESTÁS ME DIZENDO. (Lc 1,38) Lucas deixa claro que a espiritualidade cristã consiste em pedir sem ter certeza de que Deus fará o que lhe pedirmos.

Usar a devoção à mãe como uma espécie de chantagem espiritual é desrespeitar esta mãe! Podemos ir à mãe de Jesus, mas não há certeza de que conseguiremos a graça que pedimos por sua intercessão.

É infantilidade isso de contar para a mãe porque o Filho não quis atender, ou ir diretamente à mãe porque o Filho não resistirá a um pedido dela.

É até romântico e filial, mas a doutrina da graça sobre a INTERCESSÃO é sempre: “segundo dizes” “ como diz a Palavra” “segundo está escrito e na Tradição hebraica” e, agora “segundo a Tradição Cristã!”.

Já vi pregadores ensinando isto, mas em toda a Bíblia está escrito que só cabe a Deus decidir ter misericórdia e de quem ele decidir ter misericórdia.  (Dt 5,10; Ex 33,19)

Aprendamos que misericórdia é o que Deus mais promete e cumpre. São mais de 700 versículos dizendo que Deus atende porque é misericordioso.

Contudo Jesus diz (Mt 6,7) que não adianta multiplicar as preces como fazem os pagãos. Até podemos fazer isto por devoção, como a criança que repete achando que, por seu charme de criança, vai conseguir. A verdade é que a criança nem sempre consegue, se isto não for bom para ela.

Se você tem filhos ou netos já sabe que muitas vezes NÃO é NÃO e SIM é SIM. A criança pode até berrar e fazer birra, mas não vai levar a grande barra de chocolate que viu na estante!

Não somos pagãos. Na vida espiritual cremos que Deus é SANTO: Pai, Filho e Espírito, mas, sendo SANTO, nunca nos daria uma pedra (Mt 7,9) em lugar de pão. Mas também está escrito que uma coisa é insistir e outra é conseguir! Deus não é obrigado a nos atender.

Dizer que, se orarmos com insistência, tudo será como queremos que seja, isto está longe de ser fé cristã! É pregação pagã! Nenhum sacerdote ou pregador pode prometer isso!

A piedosa pregação PEÇA À MÃE QUE O FILHO ATENDE precisa ser explicada em todos os púlpitos. Aconteceu em Caná uma vez. mas isso não quer dizer que será uma prática “tiro e queda”. Não existem orações infalíveis!

Há pregadores dizendo isto, mas estão errados! Seria como dizer que Deus não pode contrariar quem ora com devoção. Vejo isto em muitos programas de TV, da parte de pregadores pentecostais e infelizmente de alguns sacerdotes e leigos católicos.

Só porque alguém disse isso no passado, isto não vira dogma católico. A doutrina (dogma) é clara: SEJA FEITA A TUA VONTADE E NÃO A MINHA.

Não façamos isto contra Nossa Senhora que está no Céu. Nem lá ela forçaria seu Filho, como NÃO forçou em Caná. Foi um conselho de mãe aos organizadores da festa, não um capricho de mãe que forçou o Filho ao primeiro milagre! Ela nunca forçaria. Havia cumplicidade entre os dois!

Por isso ela não precisou pedir uma segunda vez . Mas dizer que será assim em tudo, aí está o X errado da questão: não será ! O próprio Jesus que curava a todos não fez curas em alguns lugares . Ele sabia porque !

Os que dizem que Deus está no comando deveriam repetir isto sempre ! Orar por alguma graça sem sempre é consegui-la !…

Deixemos sempre a decisão para o Céu ! Se vc crê em intercessão dos santos e de Maria , então não ensine que ela sempre vai interceder . Se o pedido é estapafúrdio como a vitória do seu time, conquistar o marido da outra, ou conseguir muito dinheiro para quitar aquela casa na praia quando vc já tem duas casas … isto seria infantilidade , como faz a criança com um chocolate na mão a exigir mais um !…

Orar é coisa mais séria do que isso !

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                                                                                                Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Papa Francisco em entrevista:

uma mulher chefiará o Governatorato do Vaticano

Francisco foi entrevistado por Fabio Fazio no programa “Che tempo che fa” do canal Nove, anunciando uma nova nomeação feminina para o além Tibre: em março, a promoção da religiosa que hoje é a número dois. O Pontífice respondeu a uma pergunta sobre os rumores a respeito dos planos do novo governo Trump de deportar migrantes: se for assim, será uma vergonha, não se pode fazer com que os mais pobres paguem a conta dos desequilíbrios da sociedade.

Em primeiro lugar, a novidade: uma mulher, a secretária Irmã Raffaella Petrini, a partir de março à frente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Depois, o olhar para o mundo com a tristeza por uma possível deportação em massa de imigrantes nos EUA, a alegria pela trégua em Gaza, a esperança pela solução de dois Estados. E ainda, a acolhida aos migrantes, o Jubileu, a abertura de uma Porta Santa na prisão, a luta contra os abusos, a saúde pessoal. Temas relacionados aos eventos atuais e aos desafios do mundo, da Igreja e do pontificado, abordados pelo Papa Francisco na entrevista com o jornalista Fabio Fazio no programa italiano Che tempo che fa, transmitido na noite deste domingo, 19 de janeiro, no canal Nove.

Francisco já havia concedido uma entrevista ao mesmo programa em 2022, depois uma segunda em 2024. Hoje, uma nova entrevista de cerca de uma hora, também uma oportunidade para apresentar a autobiografia intitulada Spera, realizada pelo jornalista Carlo Musso, publicada pela Mondadori e publicada em cem países: uma obra “muito delicada” composta de muitas histórias “que dão uma ideia de como eu sou”.

Papa e o jornalista Fazio


A Irmã Petrini chefiará o Governatorato

O Papa - depois de tranquilizar sobre a condição de seu braço após a contusão de quinta-feira: “Está se movendo melhor” - anuncia en passant que a partir de março, após a aposentadoria do cardeal Fernando Vergéz Alzaga, a secretária Irmã Raffaella Petrini será a presidente do Governatorato do Vaticano. Outra mulher, portanto, à frente de um importante cargo, após a nomeação da Irmã Simona Brambilla como prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada. “O trabalho das mulheres nas Cúrias é algo que se desenvolveu lentamente e tem sido bem compreendido. Agora temos muitas delas”, comentou o Papa. E listando as tarefas confiadas a figuras femininas no Vaticano, acrescenta: “no Governatorato, a vice-governadora, que se tornará governadora em março, é uma freira...” “As mulheres sabem administrar melhor do que nós”, brinca.

Planos para deportação em massa de imigrantes nos EUA

Em seguida, o Papa Francisco responde a uma pergunta sobre os Estados Unidos, à luz dos rumores de um possível plano de deportação em massa de imigrantes após a posse do presidente Donald Trump. Uma eventualidade que o Papa chama de “uma desgraça”, porque “faz com que os pobres infelizes que não têm nada, paguem a conta do desequilíbrio”.

Acolhida aos migrantes e desnatalidade

Sobre o tema das migrações, o Papa Francisco repete os “quatro verbos” para enfrentar a emergência: “o migrante deve ser acolhido, acompanhado, promovido e integrado”. E retorna ao tema que lhe é caro o da desnatalidade, olhando para a Itália, onde a idade média é de “46 anos”. “Se não fazem filhos, deixem entrar os migrantes”, afirma.

A solução de dois Estados e a importância da paz

A entrevista não deixa de fora uma pergunta sobre a guerra no Oriente Médio, com o início hoje da trégua em Gaza e a libertação de três mulheres reféns do Hamas. Como no Angelus, o Papa expressa gratidão aos mediadores: “Eles são bons”, depois se detém na hipótese de dois Estados: “acredito que seja a única solução. Alguns estão dispostos, outros não”. “A paz”, acrescenta, ‘é superior à guerra’, mas é preciso ‘coragem’ para fazê-la porque ‘muitas vezes você perde algo, mas ganha mais’. A guerra, ao invés, sempre “é uma derrota”, insiste o Papa, reiterando o valor das negociações e denunciando o “grande” lucro das fábricas de armas que levam “à destruição”.

Não se esqueçam dos prisioneiros

O Papa fala então da esperança, que está no centro do Jubileu: é “a âncora na praia” à qual se agarrar, enfatiza, retomando a imagem da homilia na abertura da Porta Santa na prisão de Rebibbia. Um gesto sem precedentes que o Papa quis fazer “porque eu sempre carrego os prisioneiros em meu coração”. “Não se esqueçam dos prisioneiros”, é seu apelo, ‘muitos que estão do lado de fora são mais culpados do que eles’.

Vergonha e dor pela Shoah

Poucos dias antes do Dia da Memória, em 27 de janeiro, o Papa diz provar “um sentimento de piedade e vergonha” pelo drama que pode tocar com a mão durante uma visita a Auschwitz em 2016, com histórias, filmes e o testemunho da “grande senhora” Edith Bruck, uma poetisa húngara de 92 anos que sobreviveu à Shoah.

Abusos, jovens, pecados

Na entrevista, também foi dado espaço a outros temas: os abusos, “um mal muito grande” por isso devemos “lutar tanto”; as emergências dos jovens que devemos “acompanhar”; a proximidade com “todos, todos, todos”, sem “angelicalidade” na visão dos pecados e sem “colocar tudo nos pecados da carne”. “Para mim é péssimo quando alguns, na Confissão, sempre procuram isso”, diz o Pontífice. Que repete: “Não há pecado que não possa ser perdoado; não há. Porque Deus quer ter todos com Ele, como filhos, como irmãos entre nós”.

O “primeiro tropeço” na Capela Sistina

Por fim, o Papa Bergoglio revela anedotas curiosas, como o “primeiro tropeço” em um degrau da Capela Sistina, logo após a eleição, para cumprimentar um cardeal em cadeira de rodas: “O Papa infalível começou com uma falha: tropeçou!”. Para concluir, um pedido para o Ano Santo: “Não deixem passar esta oportunidade. Avante e coragem. E não percam o senso de humor”.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

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domingo, 19 de janeiro de 2025

Sábia reflexão:

Em favor do casamento religioso!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Cresce de maneira impressionante o anti costume de casar só no civil, sem padre e sem sacramentos. Aceitam o sagrado, mas não o sagrado diante do altar!

Creem que o amor é sagrado e os filhos são sagrados, mas não aceitam ser sagrados diante da comunidade diante do mesmo altar ou da mesma pia batismal.

Até gostam dos padres e dos pastores mas aquele juramento de PARA SEMPRE diante de um altar os assusta, mas não o dizem textualmente. Alguns anos mais tarde, até se casam diante de um altar por pedido da mulher.

A maternidade muda esposa e mãe e, com o tempo, começam a entender a sacralidade do juramento.

Testemunhei isto muitas vezes sobretudo com casais recém saídos da universidade. Esta os questiona, mas mais tarde a vida a dois questiona a Universidade. O conhecimento os balançou por quatro ou sete anos, agora, o amor pela família e filho ou os filhos acrescentam um cultura que vai além das teorias. O amor bagunça toda aquela informação. Muda a água em vinho!…

Padres, pastores e diáconos deveriam pregar isso em todos os templos. Namoro ainda é bilha de água. Quando cresce o amor com a vinda dos filhos, a água do namoro acaba se tornando em vinho de primeira qualidade.

O amor transforma tudo. Se for amor com beijos e carinhos e responsabilidade mulher e homem se transformam. As teorias acabam em teologia, sociologia e psicologia e desembocam no PARA SEMPRE. É só você, só você e os nossos filhos. Aí está a razão do juramento diante do altar!

O evangelho das bodas em Caná mostra a relação profunda entre Maria e Jesus. Não importa se a hora de se manifestar não tinha chegado a Jesus, Maria a antecipou porque era mãe e conhecia seu Filho! Jesus a atendeu e fez o seu primeiro milagre em público em favor de um casal em festa.

Justo e digno. Casar pode ser coisa divina. Depende deles aceitar que aquele leito e aquela mesa são lugar de transformação diária. Por isso nossa Igreja prega que o casamento foi instituído pelo criador do amo. Amor é mais do que vida!..

A hora de Maria também não tinha chegado, mas ela concebeu de maneira inusitada. E ela entendeu que nunca seria fácil, não diante do lhe aconteceria.

Viveu perguntando: E AGORA. E a mesma pergunta que os pais se fazem ao contemplar seus filhos. Se isto não é mistério então é o quê?

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                                                                                                Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Papa no Angelus deste domingo:

diante dos medos e das forças perturbadoras do mal,
o Senhor nos dá esperança

O Papa Francisco conduziu a oração mariana do Angelus neste 2º domingo Tempo Comum (19/01), rezada com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal.

“No banquete de nossa vida às vezes descobrimos que o vinho está faltando, e que nos faltam as forças… tantas coisas. Isso acontece quando as preocupações que nos afligem, os medos que nos assaltam, ou as forças perturbadoras do mal nos tiram o gosto da vida, a embriaguez da alegria e o sabor da esperança”. Foi o que disse o Papa Francisco na sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste 2º Domingo Tempo Comum rezada com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal na grande Praça.

O Evangelho da liturgia de hoje, iniciou o Papa, nos fala sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia. Trata-se de uma narração que antecipa e sintetiza toda a missão de Jesus: no dia da vinda do Messias - assim diziam os profetas - o Senhor preparará “um banquete de vinhos excelentes” (Is 25,6) e “os montes destilarão o vinho novo” (Am 9,13); Jesus, é o Esposo que veio trazer o “vinho novo”.



O Papa Francisco então sublinhou que nesse Evangelho, podemos encontrar duas coisas: a carência e a superabundância.

Por um lado, há falta de vinho e Maria diz ao Seu Filho: “Eles não têm mais vinho”; por outro lado, Jesus intervém mandando encher seis grandes ânforas e, no final, o vinho é tão abundante e requintado que o mestre do banquete pergunta ao noivo por que conservou até o fim.

Assim, “o sinal nosso é sempre a carência, mas o sinal de Deus é a superabundância”, e “a superabundância de Caná é o sinal. À carência do homem, como responde Deus? Com a superabundância, destacou o Papa.


Francisco chama então a atenção dos fiéis: “Deus não é avaro; Deus, quando dá, dá muito. Ele não lhe dá um pedacinho, ele dá muito. Às nossas carências, o Senhor responde com sua superabundância”.

Devemos estar atentos, continuou o Papa, é diante das carências, que o Senhor dá, dá a superabundância. Parece uma contradição: mais nossa carência, mais superabundância do Senhor, porque o Senhor quer fazer uma festa conosco, uma festa que não terá fim. 

O Papa conclui: “rezemos então à Virgem Maria. Para que ela, a “Mulher do vinho novo”, interceda por nós e, neste ano jubilar, nos ajude a redescobrir a alegria do encontro com Jesus”.

Silvonei José – Vatican News

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Assista:

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Reflexão para

o 2º domingo do Tempo Comum

No Evangelho, João descreve o início dos sinais de Jesus realizados em uma festa de casamento. O casamento celebra a doação, a entrega recíproca de duas pessoas, para sempre.

O Senhor restaura Jerusalém e faz surgir nela a justiça. Toma-a como sua esposa. Ele é o esposo apaixonado por ela e ao dar-lhe um nome novo ela se torna importante em meio a todos os povos. Sua ação a faz Povo de Deus.

No Evangelho, João descreve o início dos sinais de Jesus realizados em uma festa de casamento. O casamento celebra a doação, a entrega recíproca de duas pessoas, para sempre.

Do mesmo modo dá-se a entrega de Jesus pela Igreja, sua esposa e, como tal, é o que se espera dela, que seja fiel e honre o amor recebido. Essa cerimônia é realizada três dias depois do encontro de Jesus com seus discípulos, o que nos recorda a ressurreição de Jesus três dias após sua entrega redentora por sua esposa, a Igreja.

A presença de Maria é citada fora do grupo dos discípulos de Jesus e o Senhor a chama de mulher. João quer dizer que Maria estava na festa, mas representava a Humanidade, os filhos de Eva que aguardavam a chegada do Esposo, Jesus. Na sala estão seis talhas de pedra para a purificação ritual.

Ora, essa informação nos fala da imperfeição da purificação antiga. São seis e não sete, que, na simbologia bíblica representa o número perfeito, e fala também da abundância de água, que se tornará abundância de vinho.

A presença do Mestre plenifica a purificação, pois ela se dará com seu sangue, sinalizado pela abundância de vinho. Do mesmo modo a excelência do vinho novo, advindo pós ação de Jesus. Finalmente vejamos os diálogos. Jesus diz que sua hora ainda não chegou. Ele se refere à hora em que redimirá a Humanidade, com sua paixão. Maria diz: “Fazei tudo o que ele vos disser!” É a Humanidade convertida que aceita obedecer a Deus, reconhece-o como Senhor, diferentemente do filhos de Eva.

Portanto, João quer nos dizer que nessa cena de casamento foram realizadas, prefiguradamente, as núpcias entre Cristo e a Humanidade. A profecia de Isaías se realiza. O Senhor torna a Humanidade sua predileta, a desposa na cruz e lhe dá um nome novo: Meu Povo!

A liturgia de hoje nos diz que o amor de Jesus por nós é radical e seu amor é comparado ao de um esposo que ama tanto a ponto de dar a vida por sua amada. Sejamos fiéis ao nosso batismo. Nele demos nosso sim ao Senhor e a aliança que foi selada com seu sangue redentor. Vivamos o amor e aguardemos o dia feliz das núpcias eternas!

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

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sábado, 18 de janeiro de 2025

Bela e importante reflexão de dom Paulo Mendes Peixoto:

Escuta e missão

A capacidade de escuta é uma virtude fundamental para os dias de hoje, porque estamos afetados por uma diversidade de ruídos, como que gritos de uma cultura que não é capaz de fazer silêncio e ouvir quem fala. Escutar é criar espaço para o diálogo da missão. Escutar a Palavra de Deus, escutar o outro para dialogar e planejar ações que dignificam a vida humana e o bem da criação.

Dom Paulo Mendes Peixoto

O diálogo ajuda na construção da unidade, da fraternidade e de compromisso na sociedade. Esse foi o principal objetivo de Jesus, no diálogo com os apóstolos, de fala e escuta, para depois os enviar em missão de proclamar o Evangelho. No livro de Neemias consta que Esdras, sacerdote, lê um texto da Palavra da Lei de Deus, em praça pública e todos o escutavam com atenção (cf. Ne 8,3).

As divisões, os desentendimentos e as discussões numa comunidade, podem atrapalhar uma missão. Por outro lado, o diálogo de forma fraterna e comprometida numa diversidade, pode ser força eficiente para a construção de algo que favoreça a todos. O apóstolo Paulo cita a unidade dos órgãos de um corpo humano, onde cada membro tem uma função diferente do outro, mas todos unidos.

Numa sinagoga, Jesus leu um trecho do Livro do profeta Isaías e todos os presentes o escutavam com muita atenção e tinham os olhos fixos Nele (cf. Lc 4,20). Esta sintonia entre falar e escutar é importante no sentido de abrir caminho para uma missão projetada. Nada deve ser feito de improviso, sem um planejamento antecipado, porque pode ocasionar uma ação totalmente vazio e infrutífera.

O projeto de Jesus era grande, mas começou numa cidade minúscula, Nazaré, e não em Jerusalém. A tática era sua palavra com autoridade, chegando a incomodar a muitos de seus ouvintes. Foi realmente um impacto para a cultura daquele tempo, pois estavam acostumados com a imposição das autoridades locais. Assim era a palavra do rei Herodes, pois faltava nele capacidade de escuta.

A Igreja anuncia a Palavra de Deus e envia os cristãos em missão para anunciar o Evangelho da justiça, do amor e da paz. Com eles vai a força do Espírito Santo como iluminador dos caminhos do Reino, que deve ser construído. A missão envolve proclamar a Boa Nova do Reino de Deus, de colocar em prática o projeto da Aliança, de formar comunidade e promover a unidade do povo.

Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo Metropolitano de Uberaba

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Reflexão par o seu dia:

Alegria e amor

José Antonio Pagola

Segundo o evangelista João, Jesus foi realizando sinais para dar a conhecer o mistério encerrado em sua pessoa e para convidar as pessoas a acolher a força salvadora que trazia consigo. Qual foi o primeiro sinal? O que é o primeiro que vamos encontrar em Jesus?

O evangelista nos fala de uma festa de casamento em Caná da Galileia, uma pequena aldeia de montanha, a quinze quilômetros de Nazaré. Mas a cena tem um caráter claramente simbólico. Nem a esposa nem o esposo têm rosto: não falam nem atuam. O único importante é um “convidado” que se chama Jesus.

Na Galileia, o casamento era a festa mais esperada e querida entre as pessoas do campo. Durante vários dias, familiares e amigos acompanhavam os noivos comendo e bebendo com eles, dançando danças próprias de casamento e cantando canções de amor. De repente, a mãe de Jesus o faz notar algo terrível: “Eles não têm mais vinho”. Como vão prosseguir cantando e dançando?

O vinho é indispensável num casamento. Para aquela gente o vinho era, além disso, o símbolo mais expressivo do amor e da alegria. Já dizia a tradição: “O vinho alegra o coração”. A noiva o cantava a seu amado num belo canto de amor: “Teus amores são melhores do que o vinho”. O que pode ser um casamento sem alegria e sem amor? O que se pode celebrar com o coração triste e vazio de amor?

No pátio da casa há seis talhas de pedra”. São enormes. Estão “colocadas ali” de maneira fixa. Nelas se guarda a “água” para as purificações. Representam a piedade religiosa daqueles camponeses que procuram viver “puros” diante de Deus. Jesus transforma a água em vinho. Sua intervenção vai introduzir amor e alegria naquela religião. Esta é sua primeira contribuição.

Como podemos pretender seguir a Jesus sem cuidar mais da alegria e do amor entre nós? O que pode haver de mais importante que isto na Igreja e no mundo? Até quando poderemos conservar em “talhas de pedra” uma fé triste e aborrecida? Para que servem todos os nossos esforços, se não somos capazes de introduzir amor em nossa religião? Nada pode ser mais triste do que dizer de uma comunidade cristã: “Não têm mais vinho”.

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                                        Fonte: franciscanos.org.br       Banner: Frei Fábio M. Vasconcelos

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Papa a seminaristas:

semear esperança em comunidade, abraçados à cruz

Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira (17/01) um grupo de seminaristas, provenientes de Córdoba, na Espanha, em peregrinação a Roma pelo Ano Jubilar. O Papa citou São Pelágio e falou sobre alguns sinais para identificar a esperança durante o caminho, que não vêm por "palavras educadas" ou "por uma doce bondade". O caminho é aquele de Jesus, "no qual não se pode avançar sozinho, mas em comunidade, guiando e defendendo aqueles que o Senhor nos deixou como tarefa".

O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (17/01), no Vaticano, seminaristas de Córdoba, da Espanha. O grupo de 65 pessoas, formado também por reitores e formadores tanto do Seminário Maior “San Pelagio” como do Redemptoris Mater “San Juan de Ávila”, está em peregrinação a Roma desde quarta-feira (15/01). O período é de comunhão com o Pontífice e a Igreja, destinado inclusive para visitar as basílicas pontifícias junto com o bispo de Córdoba, dom Demetrio Fernández. 

LEIA AQUI O TEXTO INTEGRAL DAS PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO

O bispo de Córdoba, dom Demetrio Fernández, com o Papa


Os sinais da esperança

Na Sala Clementina, no Vaticano, o Papa compartilhou a alegria em receber a comunidade que veio como peregrina da esperança neste Ano Jubilar. Uma esperança, aprofundou o Papa, que pode ser identificada com alguns sinais durante "a viagem da vida". O primeiro deles, disse Francisco, é a direção:

"Para o céu, para o encontro definitivo com Jesus. Não nos primeiros lugares, não nos lugares mais confortáveis, pois esses são becos sem saída, dos quais, se tivermos a infelicidade de encontrá-los, teremos de sair de ré com cansaço e vergonha."

O segundo sinal, continuou o Papa, são os perigos no caminho. E, para quem vem "de um belo lugar que leva o nome de São Pelágio" (912-925), mártir espanhol covardemente assassinado aos 13 anos de idade durante a Guerra da Reconquista (722-1492), Francisco falou da importância do testemunho mesmo em meio à dor de um conflito, como fez na época "aquela santa criança", armada "com o capacete da esperança" e com a força que sempre vem de Jesus.

Para ser um "semeador de esperança", prosseguiu o Pontífice, o terceiro sinal pode vir das áreas de descanso encontradas pelo caminho e oferecidas através da "presença d'Aquele que é nossa única esperança, Jesus". Ele se apresenta a nós como "alimento na sua Palavra e na Eucaristia, nos abriga quando estamos no meio da estrada e nos acolhe quando o cansaço nos vence e precisamos parar para fazer uma pausa".

"Entretanto, não pensem jamais que semear esperança seja dizer palavras educadas ou optar por uma doce bondade. Esse caminho é o caminho de Jesus, que leva à Jerusalém celestial, passando por aquela terrena, abraçados à cruz e apoiados por uma infinidade de cireneus. Um caminho no qual não se pode avançar sozinho, mas em comunidade, guiando, defendendo, auxiliando e abençoando aqueles que o Senhor nos deixou como tarefa."

Andressa Collet - Vatican News

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

2º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Is 62,1-5

Leitura do livro do Profeta Isaías

Por amor de Sião, não me calarei, por amor de Jerusalém, não descansarei, enquanto não surgir nela, como um luzeiro, a justiça e não se acender nela, como uma tocha, a salvação. As nações verão a tua justiça, todos os reis verão a tua glória; serás chamada com um nome novo, que a boca do Senhor há de designar. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real nas mãos de teu Deus. Não mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem Casada, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada. Assim como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposam; e como a noiva é a alegria do noivo, assim também tu és a alegria de teu Deus.

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Responsório: Sl 95(96)

- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / manifestai os seus prodígios entre os povos!

- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / manifestai os seus prodígios entre os povos!

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, † cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Cantai e bendizei seu santo nome! 

2. Dia após dia, anunciai sua salvação, † manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios!

3. Ó família das nações, dai ao Senhor, / ó nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! / Oferecei um sacrifício nos seus átrios.

4. Adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! / Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”, / pois os povos ele julga com justiça. 

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2ª Leitura: 1Cor 12,4-11

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos, há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. A um é dada pelo Espírito a palavra da sabedoria. A outro, a palavra da ciência segundo o mesmo Espírito. A outro, a fé no mesmo Espírito. A outro, o dom de curas no mesmo Espírito. A outro, o poder de fazer milagres. A outro, profecia. A outro, discernimento de espíritos. A outro, falar línguas estranhas. A outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a cada um conforme quer.

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Evangelho: Jo 2,1-11

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas, cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

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Reflexão do padre Johan Konings

Nosso casamento com Deus

Entre Deus e o povo do Antigo Testamento, Israel, existia um pacto, uma aliança, como se fosse um casamento. Mas Israel foi infiel: por causa de presumidas vantagens materiais, correu atrás dos deuses dos povos pagãos. Isso se chama prostituição. O resultado foi que Israel caiu nas mãos desses estrangeiros. Foi levado ao cativeiro, na Babilônia: era o seu castigo. Mas agora, o profeta anuncia, em nome de Deus, a salvação. Deus vai acolher de novo sua esposa infiel, proclama a 1ª leitura.

No evangelho, Jesus, introduzido por sua mãe, torna-se presente numa festa de casamento. Na Palestina, quem oferecia a festa de casamento era o próprio noivo; mandava e desmandava. Mas, no fim da festa, sem que os convidados e nem mesmo o noivo se deem conta, Jesus toma o comando e faz servir, milagrosamente, o “vinho melhor”. É ele o verdadeiro esposo do fim dos tempos, oferecendo a abundância do vinho da alegria a quantos comparecem à sua festa (cf. Jl 14,18; Am 9,13).

Nós sentimos dificuldade em conceber a vida cristã como um casamento. Talvez porque hoje é difícil conceber um casamento de verdade … Casamento é questão de fé e de compromisso. A alegria da união amorosa para sempre não é fruto apenas de sentimentos espontâneos. Devemos crer que nossa fidelidade a Deus e Jesus Cristo é duradoura aliança de amor, que nos proporciona felicidade mais profunda do que o mais perfeito matrimônio. E para isso precisamos nos deixar amar, gostar de que Deus goste de nós. Então faremos tudo para sermos amáveis para Deus e para os seus filhos. E isso não só individualmente, mas antes de tudo como povo, como comunidade.

Será que fazemos o necessário para que a comunidade dos fiéis seja uma noiva radiante para Cristo? Quando vivermos realmente o que Cristo nos ensina, não há dúvida que a fé e comunidade cristã serão uma alegria, um preparar-se para corresponder sempre melhor a amor que Cristo nos testemunhou. Na dedicação aos nossos irmãos encarnamos o nosso amor e afeição a Cristo, que é fiel para sempre.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella

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                      Fonte: franciscanos.org.br    Banners: vaticannews.va    Fábio M. Vasconcelos