sábado, 3 de maio de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 4 - 3º Domingo da Páscoa

7h - Missa na Matriz       9h -  Missa na Matriz

    11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz e na igreja de Santo Antônio

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Reflexão para o seu dia:

Qualquer um não serve

José Antonio Pagola

Depois de comer com os seus à margem do lago, Jesus inicia uma conversa com Pedro. O diálogo foi cuidadosamente trabalhado, pois tem como objetivo lembrar algo de grande importância para a comunidade cristã: entre os seguidores de Jesus só está capacitado a ser guia e pastor quem se distingue por seu amor a Ele.

Não houve ocasião em que Pedro não tivesse manifestado sua adesão absoluta a Jesus, acima dos demais. No entanto, na hora da verdade, é ele o primeiro a negá-lo. O que há de verdade em sua adesão? Pode ele ser guia e pastor dos seguidores de Jesus?

Antes de confiar-lhe seu “rebanho”, Jesus lhe faz a pergunta fundamental: “Tu me amas mais do que estes?” Não lhe pergunta: “Tu te sentes com forças? Conheces bem minha doutrina? Tu te vês capacitado para governar os meus?” Não. É o amor a Jesus que capacita para animar, orientar e alimentar seus seguidores, como Ele o fazia.

Pedro lhe responde com humildade e sem comparar-se com ninguém: “Tu sabes que eu te amo”. Mas Jesus lhe repete mais duas vezes sua pergunta, de maneira cada vez mais incisiva: “Tu me amas? Me amas de verdade?” A insegurança de Pedro vai crescendo. Cada vez se atreve menos a proclamar sua adesão. Por fim se enche de tristeza e já não sabe o que responder: “Tu sabes tudo, sabes que eu te amo”.

À medida que Pedro vai tomando consciência da importância do amor, Jesus vai lhe confiando seu rebanho para que cuide, alimente e comunique vida a seus seguidores, a começar pelos mais pequenos e necessitados: os cordeiros”.

Frequentemente os hierarcas e pastores são relacionados só com a capacidade de governar com autoridade, ou de pregar com garantia a verdade. No entanto, há adesões a Cristo, firmes, seguras e absolutas que, vazias de amor, não capacitam para cuidar e guiar os seguidores de Jesus.

Poucos fatores são mais decisivos para a conversão da Igreja que a conversão dos hierarcas, bispos, sacerdotes e dirigentes religiosos ao amor a Jesus. Somos nós os primeiros que temos de ouvir sua pergunta: “Tu me amas mais do que estes? Amas meus cordeiros e minhas ovelhas?”

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                                                           Fonte: franciscanos.org.br       Banner: vaticanews.va

131 cardeais eleitores já estão em Roma.

A partir de 6 de maio estarão na Santa Marta

Na manhã deste sábado, a nona Congregação Geral no Vaticano: 177 cardeais presentes, entre os quais 127 eleitores. Os trabalhos na Santa Marta prosseguem em ritmo acelerado e serão concluídos até 5 de maio para permitir o acesso às acomodações. Os cardeais Prevost e Semeraro foram sorteados para integrar a Comissão que auxilia o Camerlengo na administração ordinária.

Oração precede início das Congregações Gerais (@VATICAN MEDIA)

São 131 os cardeais eleitores que se encontram em Roma neste sábado, 3 de maio, dos 133 que devem participar do Conclave para eleger o Sucessor de Pedro. Destes, 127 estiveram presentes na nona Congregação Geral, realizada esta manhã, das 9h às 12h30, na Sala Nova do Sínodo, da qual participaram um total de 177 cardeais.

Estas são as últimas atualizações fornecidas por Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. Ele também explicou que os trabalhos na Casa Santa Marta para acomodar os cardeais estão avançando em ritmo acelerado e, portanto, serão concluídas até segunda-feira, 5 de maio. Os cardeais que participarão do Conclave poderão, portanto, começar a entrar nos alojamentos a partir da noite de terça-feira, 6 de maio, até a manhã de quarta-feira, 7 de maio, antes da Missa "pro eligendo Pontificie", marcada para as 10h.

Na Congregação deste sábado, também foram sorteados os cardeais que trabalharão pelos próximos dias ao lado do cardeal Reinhard Marx - coordenador do Conselho para a Economia - , na Comissão que auxilia o cardeal Camerlengo Kevin Farrell na gestão dos assuntos ordinários. Trata-se dos cardeais Robert Francis Prevost e Marcello Semeraro.

Uma Igreja que leve luz ao mundo

Na nona Congregação deste sábado, houve 26 pronunciamentos, nos quais continuou-se a refletir sobre diversas questões que tocam a vida da Igreja. A Sala de Imprensa informou que os cardeais manifestaram a esperança de que o próximo Papa seja profético e que a Igreja não se feche no cenáculo, mas saia e leve luz a um mundo que precisa desesperadamente de esperança. Nesse sentido, o contexto do Ano Jubilar, que tem como tema "Peregrinos da Esperança", também foi discutido.

Os cardeais também falaram sobre como a Igreja deve viver no mundo, não em seu próprio mundo, o que levaria ao risco de se tornar insignificante. Os cardeais então recordaram com gratidão o trabalho do Papa Francisco, citando frequentemente a Exortação Apostólica publicada em 2013, Evangelii gaudium, e enfatizando os processos que foram iniciados, dos quais o próximo Pontífice deverá se encarregar. Outros temas mencionados incluíram a dupla tarefa de comunhão na Igreja e fraternidade no mundo, colaboração e solidariedade entre as Igrejas, o papel da Cúria em relação ao Papa, o serviço da Igreja e do Papa em favor da paz, o valor da educação, o diálogo ecumênico e a missão, sinodalidade e colegialidade.

Cardeais reunidos na Sala Nova do Sínodo (@VATICAN MEDIA)


Próximos eventos

A Sala de Imprensa informou que os cardeais decidiram acrescentar uma segunda sessão na próxima segunda-feira e, portanto, se reunirão para as Congregações Gerais tanto pela manhã, às 9h, quanto à tarde, às 17h. No momento, apenas uma sessão está programada para terça-feira, 6 de maio, mas poderão eventualmente acrescentar uma segunda à tarde, se necessário.

Nenhuma Congregação está programada para amanhã, domingo, 4 de maio, na qual os cardeais que desejarem poderão celebrar a Missa em suas igrejas titulares espalhadas por Roma.

Por fim, o decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, lembrou aos presentes que, durante o mês de maio, dedicado à Virgem Maria, a Basílica de São Pedro organiza o Rosário na Praça todos os sábados à noite, às 21h.

Isabella H. de Carvalho – Cidade do Vaticano

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O papel do apóstolo Pedro,

a catequese de Francisco em entrevista inédita

Uma gravação de 2021, que seria incluída em um documentário, será transmitida pelo canal de televisão ESNE “El Sembrador, Nueva Evangelización”. O Pontífice, meditando sobre as passagens bíblicas dos diálogos entre Jesus e seu discípulo, expressou novamente o desejo de que a Igreja seja uma humilde servidora em meio ao mundo.

Papa Francisco durante entrevista ao canal “El Sembrador, Nueva Evangelización”

A total confiança em Deus, a consciência de ser frágil e pecador, um novo chamado aos sacerdotes para se colocarem a serviço de todos, sua admiração pelos mártires contemporâneos e sua preocupação com os migrantes são alguns dos temas que o Papa Francisco abordou em 2021, na conversa com Noel Díaz na Casa Santa Marta. Díaz é o fundador da associação de fiéis "El Sembrador, Nueva Evangelización", que anuncia a Palavra de Deus por meio da televisão e do rádio.

Abaixo, a transcrição completa da entrevista:

Hoje o senhor é o sucessor deste homem chamado Simão. O que esta Escritura lhe recorda Santidade?

Francisco: Tantas coisas! Que Jesus chama Simão em meio ao povo, não o separa do povo. Há muita gente e Jesus prega, e as pessoas vão ouvir Jesus porque tem sede da Palavra de Deus. E Jesus fala como alguém que tem autoridade. Primeiro, Jesus sempre chama seus sacerdotes do povo, do meio do povo. Se Pedro tivesse esquecido de suas origens, teria traído o plano de Jesus, teria fundado uma elite. Não! O pastor deve estar com as ovelhas. É por isso que ele é pastor. Segundo, os sinais que Jesus realiza, não apenas a autoridade de sua Palavra. Para que tenham confiança n'Ele, Ele realiza aquele milagre maravilhoso, e ninguém esperava por isso. Onde está Jesus, sente-se a sua força; e Pedro, quando duvidar, quando não tiver a força, se recordará disso, do milagre, de que o Senhor é capaz de mudar as coisas. O que faz Pedro quando vê que Jesus faz isso? Ele se ajoelha diante d'Ele, se sente um nada, humilde, reconhece ser limitado, ser pecador. “Senhor, afasta-te de mim, porque sou pecador.” E é aí que Jesus chega, onde quer chegar. O caminho de Pedro é estar com o povo para ouvir o Senhor. Ir pescar segundo a ordem do Senhor e realizar este milagre. Terceiro, reconhecer a sua pequenez, o seu ser nada, e dizer ao Senhor: “Afasta-te, porque sou pecador.” “Porque és pecador, porque me seguiste, agora farei de ti pescador de homens.” Este é o quarto passo. Quando Jesus o unge, bispo, sacerdote, Ele o unge porque ele é pastor. Ele não o unge para promovê-lo, para que ele seja chefe de um escritório. Ele não o unge para que organize o país politicamente. Não. Ele o unge para ser pastor... e [Pedro] deixa tudo.

E como o senhor se sente ao assumir o lugar de Pedro?

Francisco: Sinto que o Senhor acompanha, que é Ele quem escolhe, é Ele quem iniciou esta história. Comigo, a iniciou Ele, convidou-me Ele, acompanhou-me Ele. E não obstante as minhas infidelidades, porque sou um pecador como Pedro, Ele não me abandona. Então sinto que Ele cuida de mim.

Noel introduz a leitura bíblica em que Jesus pergunta aos seus apóstolos o que as pessoas dizem sobre quem Ele é. Depois, Pedro O reconhece publicamente como o Messias.

Francisco: Ali, Jesus começa com uma pesquisa, quer escutar. E diz: “o que o povo diz sobre mim?” “Dizem que você é um profeta, que é João Batista que ressuscitou”. Depois de perguntar o que diz o povo, Jesus pergunta a eles: “e vocês?”, ou seja, interpela-os. Jesus se dirige a nós nos interpelando: “O que você diz de si mesmo, o que você diz de mim?” É o diálogo com Jesus. Ele nos chama pelo nome. E Pedro já tinha se destacado como o líder, porque Jesus lhe havia dito no primeiro dia, quando o conheceu e lhe mudou o nome: “você é Simão, mas será chamado Pedro”. Ele colocou-o como a pedra de sustento do grupo. E Pedro faz aquela profissão de fé, se compromete completamente. Imaginemos a cena de dizer a uma pessoa: “você não é nem Fulano nem Sicrano, você é Deus, o Filho de Deus”. Se você disser isso a alguém hoje, te internam num hospício, dizem que está fora de si. Ele se comprometeu totalmente, e Jesus explica por que teve a coragem de se comprometer: “porque o que você disse não foi revelado por nenhuma ciência, mas pelo Pai através do seu Espírito”. E então, quando vê Pedro se comprometendo assim, confirma-o em seu nome: “Você, Simão, filho de Jonas, que é pedra, sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Sobre a fragilidade de um homem que tem a solidez de uma pedra na medida em que se apoia na palavra de Jesus. Quando se afasta da palavra de Jesus, é como qualquer outro homem, não tem a solidez da pedra. Por isso Ele o escolhe, porque tem a solidez da pedra. Pedro fica maravilhado com o que Jesus lhe diz: “Foi o meu Pai quem te revelou isso”. E então Jesus diz: “pois bem, saibam que agora irei a Jerusalém e lá me esperam coisas ruins. Vão me julgar, me matar, me crucificar, mas eu ressuscitarei”. Então Pedro, que já se sente um pouco o chefe do grupo, o chama de lado. O Evangelho diz: “Senhor, por favor, isso não”. E Jesus, que havia elogiado Pedro, que lhe tinha dito: “você é o receptor da revelação do meu Pai”, o repreende. Diz: “Afasta-te de mim, Satanás!”, o pior insulto. Por quê? Porque ele quer afastá-lo do caminho da cruz. Essa é a grande correção feita ao primeiro Papa, a Pedro. Também a nós, Papas, Jesus, se às vezes nos afastamos do seu plano de salvação, diz: “Esse não é o meu caminho, é o caminho de Satanás”. Por quê? Porque somos pecadores e podemos nos desviar. A história mostra alguns Papas que preferiram um caminho diferente, ainda que nunca, nunca tenham errado na fé. É verdade, nunca, mesmo que tenham levado uma vida mundana. E quando [Pedro] erra na fé, Jesus diz: “Não, isso é de Satanás. O meu caminho é a cruz”. Ou seja, minha confiança está na palavra de Jesus que me dá firmeza quando me escolhe e me dá um tapa quando erro.

Papa Francisco com jornalista Noel Díaz na Santa Marta

É muito difícil, às vezes, enfrentar os desafios e os ataques do mundo secular, mas tenho certeza de que é mais doloroso enfrentar os ataques internos. É disso que se trata quando Ele diz: “Tu és Pedro”. Você agora é o sucessor de Pedro e, mesmo que venham todos esses ataques, as forças não prevalecerão, diz a Palavra de Deus.

Francisco: Que forças Ele diz que não prevalecerão? O que Jesus diz?

As forças do mal.

Francisco: Do mal, do inferno! Ou seja, quando se deposita a esperança não na revelação do Pai nem na escolha de Jesus, mas em outros meios, no dinheiro, por exemplo. “Estamos bem porque temos dinheiro”. Imaginemos um padre, um bispo que diz: “Nossa igreja vai bem, temos leigos que nos dão dinheiro e tudo segue adiante”. Não deposite sua esperança aí, porque senão desabará. São forças do inferno, não são as forças da revelação do Pai. A Jesus o insultaram, o crucificaram e se fizeram isso com Ele, quem sou eu para que não façam comigo? Se trataram assim o Mestre, qualquer discípulo, qualquer um de vocês, nem precisa ser Papa, não pode esperar outro tratamento. Tantos mártires na Igreja nos ensinam isso.

Noel Díaz o deixa reagir diante do texto de João 21, no qual Jesus pede a Pedro se o ama, para depois confirmá-lo na sua missão, mas também para lhe dizer que o caminho não será fácil.

Francisco: Uma confirmação e uma promessa. Quando Pedro o havia professado, Jesus lhe havia prometido que as portas do inferno não prevaleceriam, que permaneceria firme até que estivesse sobre a pedra. Aqui confirma isso três vezes. Pedro se entristece porque se recorda das três vezes em que o negou, e então se entristece, e finalmente o Senhor o confirma pela terceira vez. Ele lhe diz talvez “de agora em diante nada de ruim irá lhe acontecer, agora terá todo o poder, agora terá todo o dinheiro, agora as pessoas o seguirão”? Diz isso talvez a ele? Não! Ele lhe diz: “vá em frente, porque quando for velho irá para onde não quiser, o levarão para onde não quiser, o despojarão e acabará como eu, crucificado”. O Senhor promete a Pedro o seu caminho, o caminho da cruz, o caminho da entrega total, o caminho de colocar a confiança somente n'Ele. É interessante que, quando Pedro professa que Jesus é o Filho de Deus – a força do Espírito Santo o faz professar isso -, depois ele perde o rumo. E quando Jesus fala sobre a cruz, tenta convencê-lo do contrário. Pedro cai em um pensamento mundano e a mesma coisa acontece aqui. Jesus lhe diz isso, ele aceita, [Pedro] então se volta para João e pergunta: “Senhor, já que está aqui, o que será dele?” É o Pedro fofoqueiro, o Pedro que se esquece naquele momento do que o Senhor lhe disse para fazer fofoca sobre outra pessoa. Somos assim, mas o Senhor cuida de nós com o seu poder, mesmo quando é preciso enfrentar o martírio, nos acompanha com a sua mão. E por falar em martírio, gostaria de concluir falando sobre os mártires de hoje.  Há mais mártires hoje do que no início da Igreja. Mártires cristãos, mártires que, pelo simples fato de serem cristãos, são decapitados e professam Jesus. Mártires que estão na prisão por ter professado Jesus. São nossos irmãos! É a Igreja dos mártires. É esta a Igreja que triunfa, não a Igreja com dinheiro nos bancos. É esta que triunfa, a Igreja dos mártires, do testemunho. Porque martírio significa testemunho. Mencionei aqueles que dão suas vidas, mas até mesmo aquele homem, aquela mulher que trabalha todos os dias para educar os próprios filhos na vida cristã e para dar-lhes testemunho, é um mártir. “Não, padre, como pode ser um mártir se não o mataram?” Não, mártir significa testemunha. Martírio é testemunho, é a tradução do termo grego. Qualquer testemunha de Jesus é mártir, ou seja, dá testemunho.  E também ele dá testemunho da Igreja. Que Deus abençoe todos vocês e rezem por mim, por favor.

Noel Díaz pede a bênção para todos.

Francisco: E a todos vocês, que estão assistindo e ouvindo esta conversa, desejo que o Senhor abra o coração de vocês e permita que a sua Palavra entre ali. Portanto, os abençoo de todo coração. Eu os abençoo. Dou-lhes minha bênção como pai, como irmão mais velho, como servo de todos vocês. Que os abençoe Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. E, por favor, rezem por mim. Obrigado.

(Noel Díaz pede uma segunda bênção para os migrantes). Tudo isso representa os migrantes, eu disse a eles que pediria a sua bênção.

Francisco: Pensando nos migrantes, naqueles que tiveram que deixar a própria pátria, que são acolhidos por muitas pessoas boas ou pessoas indiferentes, que estão no caminho do exílio, longe da própria pátria, que sentem saudade dos amigos, da família, da beleza da pátria: a todos eles, dou a minha bênção em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

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Há cerca de 40 anos, muito católicos

aprenderam a falar e a rezar de um jeito novo...

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Padre Zezinho

Há um jeito de rezar como católico, no manual chamado de LITURGIA DIÁRIA DAS HORAS e outra de LITURGIA DIÁRIA EUCARÍSTICA. Todos os padres e consagradas oram em comum no mundo inteiro. Para nós é um dos deveres da vida consagrada.

Mas há muitas outras práticas devocionais aceitas pela Igreja. Congregações e ordens e grupos católicos sobretudo leigos podem utilizar tais outras maneiras de orar!

Por causa dessa opção, muitos católicos optaram por seguir apenas seu próprio jeito de orar. Adotaram o jeito exclusivista. Quase não conseguem orar do jeito de toda a Igreja Católica. Só vão às missas do seu grupo. Neste caso não entenderam a UNIVERSALIDADE da nossa Fé.

Por causa disso, alguns mudaram radicalmente de Igreja. Agora são pentecostais. Deixaram de rezar com seus bispos e padres e foram rezar com seus pastores em outras igrejas!

Também muitos de raiz católica, mudaram o seu jeito de orar aderindo a algum movimento: descobriram a RCC, a CN e SHALOM e novos grupos carismáticos: oram e cantam diferente com termos tipicamente deles!

Outros permaneceram na Congregação Mariana, no Apostolado da Oração, nos Vicentinos, na TL, e nos mais de 200 grupos com místicas de ordens e congregações que continuam orando como aprenderam na juventude. Seguem os manuais de oração de seus grupos.

Muitos que mudaram para ser Católicos Carismáticos da RCC, CN ou SHALOM aprenderam a orar em línguas ou com termos próprios da RCC.

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Quando um dos seus bispos ou padres presidem, há orações e expressões típicas de quem aprendeu outra maneira de orar.

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Eu sou dehoniano e reparador e oro e prego baseado na DSI, no CVII e com liturgias como está nos manuais litúrgicos. Os carismáticos têm seus encontros e retiros e momentos de liturgia onde oram como aprenderam de seus mentores nestes último 40 anos. Eles cresceram muito em número e têm rádios e TVs para divulgar suas místicas e suas canções.

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Ora, se cardeais, bispos, padres apoiam, então este novo jeito de orar foi permitido. O meu jeito eu já aprendi nos anos 1960. Sigo nossos próprios manuais de oração.

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Então, quando os CARISMÁTICOS da RCC presidem ou cantam e oram do jeito deles, eu fico em respeitoso silêncio. Sou de outra mística!

A Igreja tem outras místicas católicas como Beneditinos, Franciscanos, Verbitas, Agostinianos, Redentoristas, Dehonianos, Salesianos, Paulinos, Cordemarianos e mais de 200 outros grupos de fé católica. E todos têm seu próprio jeito de orar.

Mas a missa, com exceção de alguns momentos, é a mesma missa católica com 9 ritos diferentes, porém o essencial está ali !

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Por que escrevo isto? É porque muitos mudaram seu jeito de orar e, sem uma boa catequese, acham que só o seu jeito é o mais piedoso e o mais certo.

Tenho orado com todos os grupos, mas, quando há acréscimos de linguagens e invocações, próprias daquele grupo, eu fico em respeitoso silêncio. O lugar, o grupo, a mística e o templo são deles.

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Ontem, de madrugada, entre um sono e outro, segui uma emissora, onde por cinco horas, houve testemunhos, canções, três terços, tudo com expressões próprias deles.

Este novo jeito de pregar ganhou força nos anos 1990. São emissoras católicas e carismáticas. Desenvolveram um jeito próprio de louvar.

Há concordâncias ou discordâncias? Sim. Mas nunca a ponto de um acusar e até caluniar o outro! Infelizmente alguns não entenderam ainda a teologia dos carismas! É muito mais abrangente do que eles pensam e fazem! É inclusiva e, por isso, católica. Somos todos carismáticos. Deus deu novos carismas para toda a Igreja. Sempre foi assim!

Cerca de 98% convivem muito bem com essas diferenças. Apenas um pequeníssimo grupo critica e ofende quem segue outro carisma. É sinal de que não foram devidamente evangelizados! Ainda não aprenderam o que é portar um carisma!

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Afinal a palavra “Cat holos” significa inclusão, para todos. E a palavra AMÉM (a m e n) significa EU CONFIO EM DEUS, e isto supõe a expressão oculta: concordo com você nesta oração … Mostra unidade mesmo com alguns acentos diferentes….

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De novo permitam-me citar Jo 17,1-26. Pelo que vejo, alguns católicos e evangélicos não têm lido este discurso de despedida de Jesus pouco antes se morrer na cruz!… Deveriam ler!

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Dom Carmo Rhoden:

Homenagem ao Papa Francisco 

Dom Carmo João Rhoden - Bispo Emérito de Taubaté (SP)

Texto referencial: Tu me amas mais do que estes? Tu, sabes que te amo. (Jo 21,15-16.18). 

Papa Francisco jantando com os pobres no Vaticano

1 - Adeus, Papa Francisco, e eterno agradecimento, por tudo o que fizeste, pelo rebanho do sumo e eterno Pastor, Jesus Cristo, o qual a teus cuidados pastorais o confiou.  

2 - Pedro, de quem fostes um dos sucessores, bem como de todos os apóstolos, certamente te receberam felizes, pois procuraste cuidar, carinhosamente do rebanho e que a outro agora passará.  

3 - Olhaste para o alto, para receberes as luzes necessárias para a condução do rebanho do Senhor. Olhaste para frente, pois, por ali passa a esperança do futuro. Olhaste, para dentro de ti mesmo e percebeste a necessidade da conversão e a urgiste de todos e começando contigo. 

4 - Como Jesus, fostes ao encontro dos mais fragilizados, defendestes seus direitos, clamando por justiça, sem esquecer também a necessidade da solidariedade humana. 

5 - Como Francisco de Assis, defendeste a natureza obra de Deus e presente à humanidade, pois sem ela, esta não pode viver, pois não haveria verdadeiro futuro.  

6 - Como Pedro e junto dele, te suplicamos que continues a zelar pelo rebanho que já foi teu e agora passará para outro. Sabendo que o Pai celeste tem mais a dar, do que nós podemos almejar, desejamos-te a visão beatifica da Trindade e assim a felicidade sem fim. Até nosso encontro, na casa do Pai. 

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                                                                              Fonte: cnbb.org.br        Foto: vaticannews.va

Papa às jovens famílias em um texto inédito:

acreditem na “alegria do amor”

Na introdução que preparou para o livro "Youcat. Amor para sempre", publicado pela fundação editora do Catecismo oficial para os jovens da Igreja Católica, Francisco compara os relacionamentos de namorados e recém-casados a um tango — a dança de sua terra natal, a Argentina. Não se trata de uma “dança passageira”, escreve o Papa, mas de uma “aventura” que, com incessante “encantamento”, dura “por toda a vida”.

Papa Francisco com os jovens recém-casados durante a Audiência Geral

O amor é comparado ao tango, a dança de sua pátria, a Argentina, que o Papa Francisco confessou ter “dançado muitas vezes” na juventude. Um “maravilhoso jogo livre entre homem e mulher”. Assim começa o texto inédito que o Pontífice escreveu como prefácio para o livro "Youcat. Amor para sempre", publicado pela Fundação Youcat, editora do Catecismo oficial para os jovens da Igreja Católica. O volume, pensado para acompanhar as novas gerações no caminho rumo ao matrimônio cristão, será publicado em breve.

“A vida em plenitude”

Na tradicional dança argentina, escreve o Papa, “o bailarino e a bailarina se cortejam, vivem a proximidade e a distância, a sensualidade, a atenção, a disciplina e a dignidade. Alegram-se com o amor e intuem o que pode significar entregar-se por completo”. O olhar do Pontífice, no entanto, não é desencantado: “Quantos casamentos hoje fracassam após três, cinco, sete anos?”, observa. “Não seria melhor, então, evitar a dor, tocar-se apenas como numa dança passageira, aproveitar um ao outro, brincar juntos e depois se separar?”, questiona. “Não acreditem nisso!”, responde ele com firmeza, dirigindo-se aos jovens. “Acreditem no amor, acreditem em Deus, e acreditem que podem enfrentar a aventura de um amor para a vida inteira”. No ser humano reside, de fato, “o desejo de ser acolhido sem reservas”, e vivenciar isso conduz a um ganho supremo: “a vida em plenitude”.

“Com o amor não se brinca”

“Uma só carne!”, escreve Francisco, citando as Sagradas Escrituras e referindo-se àquela união matrimonial para a qual “é necessária uma preparação adequada”, porque “toda a vida se desenvolve através do amor, e com o amor não se brinca”. O Papa propõe, assim, um “catecumenato”, termo que, na Igreja primitiva, indicava “um caminho muitas vezes de vários anos, de aprendizado e de discernimento pessoal”. Um percurso que conduz àquela Amoris laetitia — título de sua Exortação Apostólica pós-sinodal — àquela “alegria do amor” que, “passo a passo”, “com os olhos cheios de encantamento, não deve parar”.

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va