sábado, 5 de julho de 2025

Papa aos jovens:

em meio aos estímulos digitais, Deus nos fala no coração

Em audiência conjunta, Leão XIV falou seja a jovens, seja a professores, que vieram a Roma em peregrinação jubilar.

Na manhã deste sábado, o Papa Leão recebeu jovens peregrinos da Diocese de Copenhague, na Dinamarca, e professores de escolasT católicas da Irlanda, Inglaterra, País de Gales e Escócia.

"Vocês estão seguindo os passos de inúmeros peregrinos de seus vários países, que há séculos fazem essa mesma peregrinação a Roma, 'Cidade Eterna'.  De fato, Roma sempre foi um lar especial para os cristãos, pois é o lugar onde os apóstolos Pedro e Paulo deram o testemunho supremo de seu amor por Jesus, oferecendo suas vidas como mártires", disse o Pontífice, agradecendo aos grupos pela visita e fazendo votos de que se deixem inspirar pelos santos e mártires que imitaram Cristo.

"A peregrinação tem um papel vital a desempenhar em nossa vida de fé, pois ela nos tira de nossas casas e rotinas diárias e nos dá tempo e espaço para encontrar Deus mais profundamente.  Esses momentos sempre nos ajudam a crescer, pois por meio deles o Espírito Santo nos modela suavemente para que nos conformemos cada vez mais com a mente e o coração de Jesus Cristo", acrescentou o Santo Padre.


Ouvir e rezar

Dirigindo-se diretamente aos jovens, recordou que Deus criou cada um com um propósito e uma missão nesta vida.  Portanto, usem essa oportunidade para ouvir e rezar, para que possam ouvir mais claramente a voz de Deus chamando-os no fundo de seus corações.  Ao mesmo tempo, estejam abertos para permitir que a graça de Deus fortaleça sua fé em Jesus, para que possam compartilhá-la mais prontamente com os outros.

“Eu acrescentaria que hoje, com muita frequência, perdemos a capacidade de ouvir, de realmente ouvir. Ouvimos música, temos nossos ouvidos inundados constantemente com todos os tipos de estímulo digital, mas às vezes nos esquecemos de ouvir nosso próprio coração e é em nosso coração que Deus fala conosco, que Deus nos chama e nos convida a conhecê-lo melhor e a viver em seu amor.”

O mesmo se aplica aos professores, pois desempenham um importante papel na formação de crianças, adolescentes e jovens adultos, já que olharão para os educadores como modelos de vida e de fé. "Espero que, a cada dia, vocês cultivem seu relacionamento com Cristo, que nos dá o modelo de todo ensino autêntico, para que, por sua vez, possam orientar e incentivar aqueles que lhes foram confiados a seguirem Cristo em suas próprias vidas."

Antes de concluir, uma recomendação: "Ao voltarem para casa, lembrem-se de que a peregrinação não termina, mas muda seu foco para a 'peregrinação diária do discipulado'.  Somos todos peregrinos e estamos sempre peregrinando, caminhando ao procurar seguir o Senhor e ao buscar o caminho que é verdadeiramente nosso na vida. Isso certamente não é fácil, mas com a ajuda do Senhor, a intercessão dos santos e o encorajamento mútuo, vocês podem ter certeza de que, enquanto permanecerem fiéis, confiando sempre na misericórdia de Deus, a experiência dessa peregrinação continuará a dar frutos ao longo de suas vidas".

O encontro se encerrou com o Papa Leão concedendo sua bênção apostólica.

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                                                            Fonte: vaticannews.va       Foto: (@Vatican Media)

Reflexão para este sábado:

Enviados em nome de Jesus

Frei Almir Guimarães

O Senhor escolheu setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir.

Ouvimos neste domingo o relato do evangelho de Lucas a respeito do envio dos setenta e dois discípulos por parte de Jesus. Tema da missão. Jesus faz uma série de recomendações. Que sejam pessoas simples e atuem com despojamento, não levem muita bagagem, que preparem os caminhos que ele depois percorrerá. Os que são enviados não esqueçam que a tarefa não é simples: são como ovelhas no meio de lobos. A missão haverá de se concretizar, de modo particular, como convite à paz. Como conclusão há essa afirmação de que os nomes dos apóstolos seriam escritos no céu. Vivemos um tempo de insistência no labor da evangelização. Somos discípulos do Mestre amado e seus enviados. Vivemos o tempo do discípulo que se torna espalhador da boa nova. Não se concebe uma Igreja fechada em si mesma. Queremos uma Igreja renovada com discípulos cheios de zelo ao dizerem que são felizes porque abraçaram a Boa Nova do Evangelho.

Evangelizar, fazer missão, não quer dizer encher a cabeça das pessoas de ideias, de coisas bonitas, que rezem, que sejam “bonzinhos, obedientes e dóceis” ao que lhes é mandado. Evangelizar é continuar no hoje do mundo a missão de Jesus, que foi enviado pelo Pai para anunciar boas notícias e atingir o nó mais profundo das pessoas.

O que é, na verdade, uma boa nova? Conhecemos boas notícias na vida de todo dia: o filho que andava com a marginalidade voltou para o seio da família; os amigos que pareciam ter morrido no mar estão são e salvos; a mulher livrou-se do fantasma de uma doença com os bons resultados do tratamento. O Evangelho é boa notícia. Não é apenas a transmissão de verdades que precisam ser cridas. O Evangelho é uma Pessoa viva, Cristo amado e presente.

Evangelizar, anunciar a Boa Nova:

 É dizer e fazer com as pessoas compreendam que o Senhor Deus não cabe em nossas elucubrações, nossas ideias e nossas categorias. É bem mais belo e maior do que possamos imaginar. Os santos e os homens retos de coração nos ensinaram que aproximar-se dele no movimento da entrega significa dar claridade e luz à nossa vida. Ele é tudo: o bem, o grande bem, o sumo bem.

 Não é policial à espreita de nossas faltas para nos castigar. Ele é fornalha de dom, de amor, de entrega. Viemos dele. Ele nos inventa a cada instante e para ele nos encaminhamos. Nosso destino é o oceano do amor que é Deus enquanto viajamos. William Blake, poeta, diz termos sido “colocados na terra por um pequeno espaço de tempo para podermos aprender a suportar os raios do amor”.

 Evangelizar é fazer com que as pessoas possam entrar em contato com a pessoa de Jesus vivo, ressuscitado, presente no meio de nós, atuando em nossas comunidades, falando pela vida e pelos lábios dos que o amam, dos que são verdadeiros anunciadores da paz e da reconciliação.

 Evangelizar é tentar tocar o fundo do coração das pessoas para que se voltem para o Senhor, para o louvor de sua glória, para o cuidado amoroso das pessoas, para que recolham no albergue do coração os jogados à beira da estrada, para que extirpem de sua vida e de seu redor todo movimento de inimizade, cobiça, injustiça. Evangelizar é criar um mundo segundo o coração de Deus. Resultado da evangelização é a conversão.

 Evangeliza-se pela palavra, palavra sincera, simples, sem pose. Evangeliza-se, no entanto, muito mais pelo testemunho, pelo exemplo do que por documentos e palavras que o vento leva.

 Por sua vida familiar decente, correta, bonita as famílias que encontram Cristo evangelizam outras famílias. Religiosos límpidos e transparentes mostram ao mundo que a vale a pena viver o Sermão da Montanha, as admoestações do Senhor para uma vida sem aparatos. Evangelizam os políticos honestos e corretos que defendem a causa dos injustiçados.

 Certamente, uma maneira toda especial de evangelizar é por meio de gestos e manifestações de atenção: pensamos aqui no cuidado que podemos desenvolver e muitos de nossos serviços: proximidade de pessoas doentes, encarceradas, crianças soltas, jovens sem referências familiares.

 No final desta reflexão tantas perguntas ainda, tantos questionamentos! Nós que pensamos estar evangelizados ainda não conhecemos todo o amor da Boa Nova. Precisamos ser mais permeáveis. Há pessoas que se contentam com um cristianismo de práticas e, sem querer, perderam o veio do Evangelho. De repente, nesse mundo em que vivemos será preciso atingir a pessoas lá onde elas vivem. Como? Como fazer com que a Igreja passe de um grupo contente de ter encontrado o Evangelho para um Igreja em saída como deseja o Papa?

 “A primeira coisa que se aprende de Jesus nos evangelhos não é doutrina, mas um estilo de vida: uma maneira de estar na vida, uma forma de habitar o mundo, de interpretá-lo e de construí-lo; uma maneira de tornar a vida mais humana. O característico deste estilo de viver é que ele se inspira em Jesus. Nasce da relação com ele. É-nos transmitido seu Espírito. Aprendemos sua maneira de pensar, sentir, amar, orar, sofrer, confiar e morrer. Pouco a pouco vamos convertendo-nos em “discípulos” e “discípulas” de Jesus” (Ch.Theobald,SJ).


Oração

Envia-me de novo

Pediste minhas mãos, Senhor,
porque tinhas para mim uma tarefa;
emprestei-as a ti por um momento,
mas as retirei quase que imediatamente,
porque era duro o trabalho.

Pediste meu olhos, Jesus,
para ver sofrimentos e pobrezas;
fechei-os logo,
para não passar mais vergonha.

Pediste minha boca, Senhor,
para clamar contra a injustiça;
dei-te apenas um sussurro,
para que ninguém me acusasse de nada.

Pediste minha vida,
para trabalhar para ti;
dei-te apenas uma pequena parte,
para não comprometer-me demasiado.

Perdoa-me, Senhor,
e envia-me de novo,
porque agora sim tomarei a sério
tua cruz e tua tarefa (Anônimo)

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FREI ALMIR GUIMARÃES, OFMingressou na Ordem Franciscana em 1958. Estudou catequese e pastoral no Institut Catholique de Paris, a partir de 1966, período em que fez licenciatura em Teologia. Em 1974, voltou a Paris para se doutorar em Teologia. Tem diversas obras sobre espiritualidade, sobretudo na área da Pastoral familiar. É o editor da Revista “Grande Sinal”.

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                                                                 Fonte: franciscanos.org.br    Imagem: vaticannews.va

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 5 - Sábado

14h - Terço com as crianças no Centro Pastoral São José

18h - Terço em reparação ao Sagrado Coração de Maria

19h - Missa na matriz e na igreja de São Francisco

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Dia 6 - 14º Domingo do Tempo Comum

7h e 9h - Missa na Matriz

11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz e na igreja de Santo Antônio

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14º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Is 66,10-14c

Leitura do livro do profeta Isaías

Alegrai-vos com Jerusalém e exultai com ela, todos vós, que a amais; tomai parte em seu júbilo, todos vós, que choráveis por ela, 11para poderdes sugar e saciar-vos ao seio de sua consolação, e aleitar-vos e deliciar-vos aos úberes de sua glória.

Isto diz o Senhor: “Eis que farei correr para ela a paz como um rio e a glória das nações como torrente transbordante. Sereis amamentados, carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei; e sereis consolados em Jerusalém. Tudo isso haveis de ver e o vosso coração exultará, e o vosso vigor se renovará como a relva do campo. A mão do Senhor se manifestará em favor de seus servos”.

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Responsório: Sl 65

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira!

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira!

— Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ cantai salmos a seu nome glorioso,/ dai a Deus a mais sublime louvação!/ Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras!

— Toda a terra vos adore com respeito/ e proclame o louvor de vosso nome!”/ Vinde ver todas as obras do Senhor:/ seus prodígios estupendos entre os homens!

— O mar ele mudou em terra firme,/ e passaram pelo rio a pé enxuto./ Exultemos de alegria no Senhor!/ Ele domina para sempre com poder!

— Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar:/ vou contar-vos todo bem que ele me fez! Bendito seja o Senhor Deus que me escutou,/ não rejeitou minha oração e meu clamor,/ nem afastou longe de mim o seu amor!

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2ª Leitura: Gl 6,14-18

Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas

Irmãos: Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo. Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão têm valor; o que conta é a criação nova. E para todos os que seguirem esta norma, como para o Israel de Deus, paz e misericórdia. Doravante, que ninguém me moleste, pois eu trago em meu corpo as marcas de Jesus. Irmãos, a graça do Senhor nosso, Jesus Cristo, esteja convosco. Amém!

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Evangelho: Lc 10,1-12.17-20

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos, e os enviou dois a dois, na sua frente, para toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E lhes dizia: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita. Vão! Estou enviando vocês como cordeiros para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não parem no caminho, para cumprimentar ninguém. Em qualquer casa onde entrarem, digam primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ Se aí morar alguém de paz, a paz de vocês irá repousar sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Permaneçam nessa mesma casa, comam e bebam do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem passando de casa em casa. Quando entrarem numa cidade, e forem bem recebidos, comam o que servirem a vocês, 9 curem os doentes que nela houver. E digam ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vocês!’ Mas quando vocês entrarem numa cidade, e não forem bem recebidos, saiam pelas ruas e digam: ‘Até a poeira dessa cidade, que se grudou em nossos pés, nós sacudimos contra vocês. Apesar disso, saibam que o Reino de Deus está próximo’. Eu lhes afirmo: no dia do julgamento, Deus será mais tolerante com Sodoma do que com tal cidade.

Os setenta e dois voltaram muito alegres, dizendo: «Senhor, até os demônios obedecem a nós por causa do teu nome». Jesus respondeu: «Eu vi Satanás cair do céu como um relâmpago. Vejam: eu dei a vocês o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo, e nada poderá fazer mal a vocês. Contudo, não se alegrem porque os maus espíritos obedecem a vocês; antes, fiquem alegres porque os nomes de vocês estão escritos no céu».

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Reflexão do padre Johan Konings

Paz a esta casa

A liturgia de hoje revive o anúncio da paz no tempo dos profetas e no tempo dos discípulos de Jesus.

A 1ª leitura é da terceira parte de Isaías. Os judeus levados ao cativeiro babilônico estão de volta, e sua comunidade recebe, pela boca do profeta, a missão de levar ao mundo inteiro a paz – a harmonia com Deus e com os homens. É essa também a missão que Jesus confia aos setenta e dois discípulos (evangelho). Jesus não contava somente com os doze apóstolos, que representavam as doze tribos e os doze patriarcas, mas também com um grupo mais amplo: setenta e dois, como os anciãos (chefes de família) sobre os quais desceu o Espírito durante a estadia no deserto (cf. Nm 11,24-30). Os setenta e dois representam a assembleia guiada pelo espírito de Deus. Eles têm de sair pelos caminhos e pregar ao povo a chegada do Reino de Deus, anunciando: “Paz a esta casa”, a esta família. E o sinal dessa paz são os fatos extraordinários que os acompanham: curas, expulsões de demônios …

A “paz”, que se pode traduzir também “felicidade”, na Bíblia, não é apenas o silêncio das armas, sobretudo a harmonia com Deus e com todos os seus filhos: o bem-estar conforme o plano de Deus. É a síntese de todo o bem que se pode esperar de Deus; por isso, vai de par com o anúncio de seu Reino. Essa paz não cai como um pacote do céu, nem se faz em um só dia. É uma realidade histórica. É fruto da justiça (Hb 12,11; Tg 3,18). A paz cresce em meio às vicissitudes da história humana, em meio às contradições. Mas a fé que fixa os olhos na paz que vem de Deus nos orienta em meio a todos os desvios. Anunciar a paz ao mundo, apesar de todos os desvios, é como as correções de rota que um avião continuamente tem de executar para não se desviar definitivamente. Jesus manda seus discípulos com a mensagem da paz, para que o mundo se anime a continuar procurando o caminho do Reino.

Concretamente, anunciar a paz de Cristo acontece não só por palavras, mas por atos. Não basta falar da paz, mas é preciso mostrar em que ela consiste, realizando atos exemplares. É preciso, também, construí-la aos poucos, pacientemente, pedra após pedra, implantando passo a passo novas estruturas, que eliminem as que são contrárias à paz. Muitas pessoas entendem paz como “deixar tudo em paz”. Mas a paz não é tão pacifica assim! Por isso Jesus manda anunciar a paz como algo que vem juntamente com o Reino de Deus. Devemos transformar aos poucos o mundo para que este anúncio não fique uma palavra vazia.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo do frei Felipe Carretta:

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Fonte: franciscanos.org.br Banners: diocesedesaojoaodelrei.com.br/Frei Fábio M. Vasconcelos

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Leão XIV na intenção de oração para julho:

peçamos ao Espírito Santo a graça de aprender a discernir

O Pontífice, no vídeo de intenção de oração para julho, pede que rezemos para que aprendamos cada vez mais a discernir, a saber escolher caminhos de vida e a rejeitar tudo o que nos distancie de Cristo e do Evangelho. No Vídeo do Papa deste mês, Leão XIV lê uma oração inédita sobre a formação ao discernimento, tão necessário num mundo em constante mudança para decidir com sabedoria.

A mensagem em vídeo de julho com a intenção de oração que o Pontífice confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa é dedicada à formação para o discernimento. Nas imagens que narram uma jovem que caminha por uma floresta, perde-se e encontra orientação através do Evangelho, Leão XIV lê uma oração inédita para pedir ao Espírito Santo a graça de aprender a discernir:

"Espírito Santo, luz do nosso entendimento,

sopro e suavidade nas nossas decisões,

concede-me a graça de escutar atentamente a tua voz

para discernir os caminhos secretos do meu coração,

a fim de compreender o que realmente é importante para ti

e libertar o meu coração dos seus sofrimentos.

Peço-te a graça de aprender a parar

para tomar consciência da minha maneira de agir,

dos sentimentos que habitam em mim,

dos pensamentos que me invadem

e que, muitas vezes, não percebo.

Desejo que as minhas escolhas

me conduzam à alegria do Evangelho.

Mesmo que tenha de passar por momentos de dúvida e cansaço,

mesmo que tenha de lutar, refletir, procurar e recomeçar...

Porque, no fim do caminho,

A tua consolação é o fruto da boa decisão.

Concede-me conhecer melhor o que me move,

para rejeitar o que me afasta de Cristo,

e amá-lo e servi-lo mais.

Amém."

Conhecer-se a si mesmo para conhecer Deus

Na oração do Papa, percebe-se o eco da famosa súplica de Santo Agostinho nas Confissões: “Ó Deus, que me conheça a mim, que Te conheça a Ti!”. Podemos dizer brevemente que, segundo Agostinho, o conhecimento de si mesmo leva ao conhecimento de Deus: para discernir, é preciso situar-se na verdade diante de Deus, entrar em si mesmo, admitir as próprias fraquezas e pedir ao Senhor que nos cure. A partir daí, é possível renascer através de uma relação autêntica com Deus.

O discernimento tem estado presente na história da Igreja desde o início. São Paulo escreve sobre este tema várias vezes nas suas cartas, por exemplo, em Rm 12,1-2: “Que saibais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada”. Hoje, porém, a antiga arte do discernimento é talvez mais necessária do que nunca. A velocidade com que as mudanças ocorrem atualmente, a enorme quantidade de informação disponível — e nem sempre verdadeira —, a aparente realidade criada pela inteligência artificial e a complexidade dos desafios globais, entre outros fatores, tornam o discernimento uma habilidade essencial para tomar decisões acertadas que nos permitam viver uma vida boa e nos aproximem de Deus.

Reconhecer a voz de Jesus

“No meio da pressa da vida quotidiana, devemos aprender a fazer uma pausa e criar momentos sagrados para a oração”, comenta dom Robert J. Brennan, bispo de Brooklyn, diocese que colabora com o vídeo deste mês, junto a DeSales Media. “São nesses espaços silenciosos de escuta atenta — continua o bispo Brennan — que descobrimos quais os caminhos que realmente importam e encontramos o discernimento para escolher o que conduz verdadeiramente à alegria que vem só de Deus”.

Neste sentido, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, Pe. Cristóbal Fones, explica que “a formação para o discernimento é fundamental para navegar num mundo complexo. Ela inclui a oração, a reflexão pessoal, o estudo das Escrituras e o acompanhamento espiritual. Cultivar uma relação profunda com Jesus é o mais importante, pois assim podemos reconhecer a sua voz no meio de tantas vozes do mundo e ter a clareza necessária para tomar as nossas decisões em função de um propósito e num horizonte mais humano”.

O Pe. Fones acrescenta que o discernimento também tem uma dimensão comunitária: “aprender a discernir juntos, ouvindo as experiências e perspetivas dos outros, enriquece o nosso próprio processo de discernimento e ajuda-nos a reconhecer a ação do Espírito Santo na vida da comunidade”.

Uma ajuda para exercer melhor a liberdade

O discernimento é essencial também para a nossa felicidade: “a cultura atual — continua o Pe. Fones — apresenta-nos a felicidade como um fim e tende a identificá-la com o bem-estar. Ao contrário, para Santo Inácio de Loiola, em cuja espiritualidade o discernimento ocupa um lugar muito importante, é antes uma consequência: fomos criados para sair de nós mesmos, aprendendo a amar e a doar-nos, a servir os outros e a unir-nos a Deus. Por este caminho — o caminho de Jesus, o caminho do coração, que certamente é contrário à cultura egocêntrica e utilitarista predominante —, alcança-se a felicidade”.

“Santo Inácio oferece-nos algumas regras de discernimento para sentir e conhecer o que se passa dentro de nós, as emoções, os movimentos do nosso espírito, para que possamos escolher o que nos ajuda a amar e a ser amados, e rejeitar o que nos impede de o fazer. O discernimento espiritual ajuda-nos a exercer melhor a nossa liberdade.”

Para terminar, é importante sublinhar que, no contexto do Ano Santo de 2025, O Vídeo do Papa adquire uma relevância especial, porque nos dá a oportunidade de conhecer as intenções de oração que o Santo Padre tem no seu coração. Para receber adequadamente as graças da indulgência jubilar é necessário, precisamente, rezar pelas intenções do Papa.

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Assista:

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                                                            Fonte: vaticannews.va       Foto: (@Vatican Media)

Catequese com o padre Zezinho:

Escolhi viver da notícia.

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Tenho 84 anos e desde os vinte comecei a pensar a sério sobre e a vocação de repercutidor. Foi durante o noviciado devoniano numa leitura de uma página do Padre Dehon, excelente advogado, sociólogo, escritor.

Quis viver da notícia e comentá-las porque, desde que o mundo existe, as sociedades querem saber o que aconteceu, acontece e acontecerá nas pessoas e no mundo. A comunicação humana passa pela NOTÍCIA. E jornalistas, repórteres, comentaristas, redatores e padres que diariamente sobem ao púlpito vivem dessa mística!

Jesus se proclamou O FILHO que viera do PAI e mostraria o ESPÍRITO que, desde o começo de tudo, estava lá “dando sentido” a toda a CRIAÇÃO!

Tudo faz sentido quando levamos a sério as notícias do cotidiano.

Ficou claro para mim que ser padre era repercutir esta notícia: Katechein é exatamente isto REPERCUTIR, que, em português é CATEQUIZAR.

A notícia não é minha. Veio de longe, eu apenas a transmito do jeito católico (KAT HOLOS: para todos) E não devemos fazer exceção! Somos catequistas para todo o ser humano que tem olhos e ouvidos: as palavras são OUÇAM E VEJAM: VINDE E VEDE! Vivemos disso!

E porque acredito na BOA NOTÍCIA chamada EVANGELHO: (eu anguelion) quis e quero viver para espalhar esta notícia >

“Deus existe e nos ama, é compassivo e misericordioso e o ser humano e o mundo têm conserto”!

***

Há quem pregue e noticie com severidade, todos os dias falando de demônio, satanás e inferno.

Há quem pregue e noticie com gentileza todos os dias falando de Céu e chances de salvação.

E entre a boa e a má notícia escolhi, com tristeza, divulgar também a má porque infelizmente o mal existe,

Mas estudei pedagogia o suficiente para divulgar mais a boa notícia sempre com otimismo e com esperança.

Aprendi isso em livros, missas, retiros e encontros e entrando na Internet. Lá eu posso escolher o que divulgar! Estudei o CIC, o DSI, e o CVII. São textos realistas e mais otimistas do que pessimistas.

Assim, todos os dias escolhi e escolho repercutir ser mais um dos repórteres da fé! Eu faço isso do meu ângulo de padre católico. Os bons jornalistas e comunicadores o fazem do seu ângulo! Mas, sem realismo e otimismo ninguém faz bom jornalismo nem bom cristianismo! Pz

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Missa em ação de graças pelos 59 anos de sacerdócio

do padre Rudy Antônio Mildner, scj

Nesta quarta-feira, às 19h, na matriz de São José, mesmo com vento e frio, muitas pessoas participaram da missa em ação de graças pelos 59 anos de ordenação sacerdotal do padre Rudy Antônio Mildner, scj, presidida pelo aniversariante.

Logo que se iniciou a proclamação do evangelho, houve a queda da energia elétrica, que ocorreu em dezenas de cidades do Sul de Minas. Sob a luz de velas, a celebração prosseguiu normalmente. O mais importante era a luz do Cristo vivo e ressuscitado presente na Palavra e na Eucaristia.

Na homilia, após a reflexão do evangelho, expressou sua alegria e gratidão a Deus por tê-lo chamado ao sacerdócio e pelo fato de ter sido ordenado presbítero exatamente na data de aniversário da querida e saudosa ursulina, Maria Midner, sua irmã.

No final da missa, o responsável por este blog, em nome da comunidade paroquial e da direção da Escola Profissionalizante Maria Mãe da Igreja, fez uma saudação ao sacerdote, enaltecendo sua humildade e disponibilidade em servir nossa paróquia. No mesmo sentido o vigário paroquial, padre Carlos Cézar, dirigiu-se ao padre Rudy, agradecendo-o pelas atividades ministeriais exercidas em nossa paróquia e pelo testemunho edificante de sua vida.

O sacerdote recebeu também os cumprimentos da assembleia com os “parabéns a você”. Agradecendo as homenagens, ressaltou que tudo que realizou nas diversas paróquias e funções que assumiu não foi obra de seu mérito próprio, mas fruto da graça e da bondade de Deus.

Após a missa recebeu os cumprimentos de muitos dos participantes da Eucaristia.

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Alguns dados da vida do padre Rudy

Nascimento em Boa Vista do Buricá-RS em 14 de julho de 1938
Votos Perpétuos na cidade de Taubaté-SP em 2 de fevereiro de 1964
Ordenação Diaconal também em Taubaté em 27 de março de 1966
Ordenação Presbiteral em sua cidade natal no dia 2 de julho de 1966

Exerceu seu ministério inicialmente como vigário cooperador nas paróquias Sagrado Coração de Jesus em Joinville-SC, São Vicente Férrer em Formiga-MG e Nossa Senhora da Candelária em São Paulo-SP.

Pároco do Santuário São Judas Tadeu em São Paulo e da Catedral de Ituiutaba e administrador diocese de Ituiutaba. Em seguida, exerceu a função de conselheiro provincial, foi pároco na paróquia Santa Rita de Cássia em Curitiba-PR; vigário paroquial na paróquia Nossa Senhora do Rosário em Varginha-MG, capelão hospitalar durante vinte anos no Instituto Pazannese na capital paulista.

Desde 2023, reside na Casa Dom Couto em Taubaté-SP.

Com informações dos site dos Dehonianos

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