O tema da
formação esteve no centro de um discurso do Papa, que recebeu em audiência
conjunta formadores de seminário e os participantes do Capítulo Geral dos
Irmãos Xaverianos.
Em audiência na manhã desta sexta-feira, 25 de julho, o Papa recebeu dois grupos distintos: os participantes de um Curso em Roma para formadores de seminário, promovido pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, e os capitulares dos Irmãos Xaverianos.
O discurso de
Leão XIV foi o mesmo para ambos os grupos, e fio condutor foi a missão e os
desafios da evangelização a partir de um evento realizado recentemente em Roma
sobre o tema “Sacerdotes felizes”.
Todos devemos
ser contagiados pela alegria do Evangelho, disse o Pontífice. Mas para que não
se reduza a um slogan, a formação integral é fundamental. Ela não se reduz a
adquirir competências cognitivas, mas deve almejar a transformar a nossa
humanidade e a nossa espiritualidade, para que assumam a forma do Evangelho.
Para isso, é
preciso que a “casa” da nossa vida, presbiteral ou leiga, seja fundamentada
sobre a rocha, isto é, sobre bases robustas com as quais saber enfrentar as
tempestades humanas e espirituais.
O primeiro
fundamento apontado pelo Pontífice foi é a amizade com Jesus, centro de toda
vocação e missão apostólica. “É preciso viver em primeira pessoa a experiência
da intimidade com o Mestre”, afirmou o Santo Padre, pois é sobretudo esta
experiência que se transmite no ministério através do modo de ser, do nosso
estilo, da nossa humanidade e de como somos capazes de viver boas relações.
Como dizia Papa Francisco, é testemunhar que Jesus não é uma doutrina, mas é
Deus que se faz vivo em mim.
Todavia, isso
implica um contínuo caminho de conversão, um trabalho constante sobre si mesmo,
enfrentando as sombras e as feridas que nos marcam, deixando cair as próprias
máscaras.
O segundo
fundamento da “casa” é a vivência de uma fraternidade efetiva e afetiva em
comunidade. Para o Papa Leão, isso requer um esforço para vencer o
individualismo e a propensão a superar os outros, tornando-nos concorrentes,
para aprender a construir gradualmente relações humanas e espirituais boas e
fraternas. A respeito, afirmou o Papa, há muito caminho a percorrer.
O terceiro e
último fundamento, segundo Leão, é a partilha da missão com todos os batizados.
É preciso recuperar o sentimento de ser discípulos missionários. Os
sacerdotes não são “condutores solitários” nem superiores a ninguém:
“Precisamos de padres capazes de discernir e reconhecer em todos a graça do
Batismo e os carismas que disso resultam, ajudando as pessoas a se abrirem a
esses dons para encontrarem coragem e entusiasmo de se empenhar na vida da
Igreja e da sociedade”.
O Santo Padre
concluiu encorajando os dois grupos a prosseguirem em seus caminhos, na
companhia de Nossa Senhora.
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
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