O que vem primeiro?
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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1 - Primeiro vem
a família. É lá que tudo começa!
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2 - A família
nos introduz ao primeiro amor que vem com os primeiros beijos, primeiros
abraços e primeiros aconchegos, colos à vontade, ombros à vontade, incentivos e
olhares que educam! Em seguida começam os primeiros SIM, SIM e aos primeiros
NÃO, NÃO.
3 - O amor
familiar nos introduz ao conceito de Deus que é o amor maior e a origem de tudo!
4 - Lá fora, a
cinco passos da nossa porta ou do nosso portão, existem os vizinhos. Que também
choram, riem e amam!
5 - A quadras
mais longe, há uma construção chamada templo, onde nos reunimos em paróquia e comunidade.
São extensões do primeiro amor!
6 - Lá, na paróquia,
alguém nos ensina a viver em comunidade e em grupo, já que a família tinha
introduzido à escola do bairro: mas nossos pais depois nos levaram a uma outra escola:
a da fé que chamamos de paróquia. Lá existe um altar onde celebramos os atos da
nossa família aumentada. São 300 ou 800 famílias reunidas toda semana! Às 1500 famílias.
7 - Estas outras
famílias aprendem a louvar a Deus em grupo, mas todas estas paróquias se reúnem
na Diocese, que é uma porção aumentada da família e da paróquia. E todas cabem
na Igreja Católica Apostólica Romana.
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E onde ficam os MOVIMENTOS?
Está tem sido a grande questão! Quem serve quem ?
Os movimentos
recebem fiéis das paróquias e os devolvem às paróquias. Deveriam fazer isto,
mas nem sempre o fazem. Acabam substituindo a paróquia!
Quando não
devolvem à paróquia, programando seus encontros como se tais fiéis estivessem
acima das paróquias é porque está havendo um desvio de finalidade. Erro do
movimento ou dos párocos!
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Não são as
paróquias que servem aos movimentos, são os movimentos que servem às paróquias.
Invadir uma
paróquia de tal maneira que tudo ali tem a cara do movimento é falta de catolicidade.
E se o padre
dirige a paróquia como se tudo fosse paróquia da RCC ou da CN, ou do Shalom,
não é erro dos movimentos, mas dos párocos que optaram por fazer uma paróquia carismática.
Em vez de
Unidade Cristã e Católica, ele está desprezando a pluralidade católica (kat
holos: para todos) regendo tudo como se fosse uma só espiritualidade! Paróquias
deveriam acolher muitas espiritualidades!
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Não importa se o
padre pároco serve de corpo e alma àquele movimento. Há mais de 40 movimentos
pastorais numa grande paróquia, então ele deve servir a todos e não apenas aos
membros do movimento ao qual se filiou!.
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Esta catequese
de hoje é para paroquianos que percebem que seu grupo de espiritualidade foi secundarizado.
Se você está filiado a uma das dez ou vinte espiritualidades da diocese, diga
aos seu pároco que toda a Igreja é Carismática e que seu pároco deve dar espaço
para os outros carismas.
Paróquia é ninho
de dezenas de carismas e de vários movimentos, todos a serviço da paróquia, da
diocese e da Igreja que está em todos os países. Por isso vivem do motus,
movimento, sempre mútuos, intercambiáveis. Em resumo: Sempre em diálogo!
Nossa Igreja não
formata: ela forma. Não fabrica tijolos: forma gente para a vida e para a fé!
Entenderam o
lugar do “seu movimento”? Deve vir primeiro ou em quinto ou sexto lugar…
Católico que só
frequenta comunidades e movimentos, quando há um templo a um quilômetro da sua
casa, errou de chamado e vocação.
Preferiu a
deliciosa sopa lá de longe e não quis a carne às vezes difícil de mastigar ou
porque tem pimenta ou sal demais, ou porque teria que se comprometer com as
pastorais e necessidades locais!…