quinta-feira, 31 de julho de 2025

Catequese com o padre Zezinho:

O que vem primeiro?

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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1 - Primeiro vem a família. É lá que tudo começa!

2 - A família nos introduz ao primeiro amor que vem com os primeiros beijos, primeiros abraços e primeiros aconchegos, colos à vontade, ombros à vontade, incentivos e olhares que educam! Em seguida começam os primeiros SIM, SIM e aos primeiros NÃO, NÃO.

3 - O amor familiar nos introduz ao conceito de Deus que é o amor maior e a origem de tudo!

4 - Lá fora, a cinco passos da nossa porta ou do nosso portão, existem os vizinhos. Que também choram, riem e amam!

5 - A quadras mais longe, há uma construção chamada templo, onde nos reunimos em paróquia e comunidade. São extensões do primeiro amor!

6 - Lá, na paróquia, alguém nos ensina a viver em comunidade e em grupo, já que a família tinha introduzido à escola do bairro: mas nossos pais depois nos levaram a uma outra escola: a da fé que chamamos de paróquia. Lá existe um altar onde celebramos os atos da nossa família aumentada. São 300 ou 800 famílias reunidas toda semana! Às 1500 famílias.

7 - Estas outras famílias aprendem a louvar a Deus em grupo, mas todas estas paróquias se reúnem na Diocese, que é uma porção aumentada da família e da paróquia. E todas cabem na Igreja Católica Apostólica Romana.

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E onde ficam os MOVIMENTOS? Está tem sido a grande questão! Quem serve quem ?

Os movimentos recebem fiéis das paróquias e os devolvem às paróquias. Deveriam fazer isto, mas nem sempre o fazem. Acabam substituindo a paróquia!

Quando não devolvem à paróquia, programando seus encontros como se tais fiéis estivessem acima das paróquias é porque está havendo um desvio de finalidade. Erro do movimento ou dos párocos!

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Não são as paróquias que servem aos movimentos, são os movimentos que servem às paróquias.

Invadir uma paróquia de tal maneira que tudo ali tem a cara do movimento é falta de catolicidade.

E se o padre dirige a paróquia como se tudo fosse paróquia da RCC ou da CN, ou do Shalom, não é erro dos movimentos, mas dos párocos que optaram por fazer uma paróquia carismática.

Em vez de Unidade Cristã e Católica, ele está desprezando a pluralidade católica (kat holos: para todos) regendo tudo como se fosse uma só espiritualidade! Paróquias deveriam acolher muitas espiritualidades!

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Não importa se o padre pároco serve de corpo e alma àquele movimento. Há mais de 40 movimentos pastorais numa grande paróquia, então ele deve servir a todos e não apenas aos membros do movimento ao qual se filiou!.

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Esta catequese de hoje é para paroquianos que percebem que seu grupo de espiritualidade foi secundarizado. Se você está filiado a uma das dez ou vinte espiritualidades da diocese, diga aos seu pároco que toda a Igreja é Carismática e que seu pároco deve dar espaço para os outros carismas.

Paróquia é ninho de dezenas de carismas e de vários movimentos, todos a serviço da paróquia, da diocese e da Igreja que está em todos os países. Por isso vivem do motus, movimento, sempre mútuos, intercambiáveis. Em resumo: Sempre em diálogo!

Nossa Igreja não formata: ela forma. Não fabrica tijolos: forma gente para a vida e para a fé!

Entenderam o lugar do “seu movimento”? Deve vir primeiro ou em quinto ou sexto lugar…

Católico que só frequenta comunidades e movimentos, quando há um templo a um quilômetro da sua casa, errou de chamado e vocação.

Preferiu a deliciosa sopa lá de longe e não quis a carne às vezes difícil de mastigar ou porque tem pimenta ou sal demais, ou porque teria que se comprometer com as pastorais e necessidades locais!…

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

Em vídeo com intenção de oração para agosto 2025,

Papa Leão XIV convida a rezar pela convivência comum

Num mundo onde crescem as tensões, o Papa Leão XIV nos convida a rezar, no mês de agosto, pela convivência comum. Na sua intenção de oração, pede especialmente para que as sociedades não caiam na tentação de enfrentamentos por motivos étnicos, políticos ou religiosos.

No vídeo produzido pela Rede Mundial de Oração do Papa em parceria com JesCom, os jovens são os protagonistas levando uma mensagem de esperança, em sintonia com o Ano Jubilar.

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Confira o vídeo abaixo:

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                                                                                                              Fonte: cnbb.org.br 

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Dom Majella nomeia administrador para nossa paróquia:

Padre Carlos César

Considerando o afastamento do padre Leandro Carvalho para tratamento de saúde, o arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., nomeou o vigário padre Carlos César Raimundo para exercer o ofício de administrador da paróquia São José.

O próprio padre Leandro enviou na manhã de hoje a seguinte mensagem aos paroquianos: Estimados irmãos e queridas irmãs, Com a minha saída da paróquia, o arcebispo nomeou o padre Carlos como administrador paroquial. Ele é que vai continuar cuidando de vocês. Peço que colaborem com ele da mesma maneira como fizeram comigo. Sou muito grato a todos pela presença nesses anos em que estive à frente da paróquia. Peço que rezem por mim e contem também com minhas orações! Meu abraço! Pe. Leandro Carvalho




Alguns dados biográficos do sacerdote

Padre Carlos Cézar é filho de Antônio Carlos Raimundo e de Maria Rosângela de Lima Raimundo. Ingressou no seminário redentorista Santo Afonso, em Aparecida (SP), em 2006. Na Congregação do Redentorista, além do ensino médio, cursou a etapa do Propedêutico em Santa Bárbara d'Oeste (SP) e a filosofia em Campinas (SP). Depois de um sério discernimento vocacional, ingressou no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre, no ano de 2013, onde cursou a etapa da teologia. 

Trabalhou como seminarista nas paróquias Nossa Senhora da Conceição (Conceição dos Ouros), São José (Paraisópolis), Sagrada Família (Itajubá) e São Sebastião e São Roque (Senador Amaral). Após concluir os estudos e realizar a experiência missionária na arquidiocese de Porto Velho (RO), realizou o estágio pastoral na paróquia Santa Rita de Cássia (Santa Rita de Caldas). Foi ordenado diácono no dia 25 de novembro de 2017. No início de 2018, foi transferido para a paróquia Sant'Ana, em Sapucaí Mirim. Em 30 de dezembro de 2019, tornou-se vigário na paróquia Santa Rita de Cássia de Extrema, de onde, no início deste ano, veio para nossa cidade.

Pela imposição das mãos do arcebispo de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., foi ordenado presbítero no dia 29 de setembro de 2018 na Basílica de Nossa Senhora do Carmo em Borda da mata, sua cidade natal.

Na cerimônia de ordenação, dom Majella impõe as mãos sobre o então diácono Carlos César

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Pe. Carlos César!
Que Deus abençoe imensamente seu novo ministério!
Sinta-se apoiado e abraçado pela família paroquial!
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Papa na Audiência Geral desta quarta-feira:

“bulimia” de ligações nas redes sociais,
comunicar com honestidade e prudência

Leão XIV sublinhou, em sua catequese, que diante de uma sociedade inundada por "múltiplas mensagens", "podemos sentir vontade de desligar tudo. Podemos até preferir não ouvir nada", mas Jesus convida a nos abrir a este mundo que nos assusta, às relações que nos desiludiram, pois "fechar-se nunca é uma solução". Que o Senhor "cure a nossa forma de comunicar" em "nosso mundo impregnado por um clima de violência e ódio que mortifica a dignidade humana".

O Papa Leão XIV retomou as Audiências Gerais, nesta quarta-feira (30/07), após as férias de verão em que o Pontífice passou alguns dias de descanso em Castel Gandolfo e em meio ao Jubileu dos Jovens em andamento.

"Com esta catequese concluímos o nosso percurso sobre a vida pública de Jesus, feita de encontros, parábolas e curas", disse o Papa no início de sua catequese proferida aos fiéis presentes na Praça São Pedro.

Imagens por vezes falsas ou distorcidas

De acordo com o Papa, "este tempo em que vivemos também exige cura. O nosso mundo está impregnado por um clima de violência e ódio que mortifica a dignidade humana".

“Vivemos numa sociedade que está adoecendo com uma “bulimia” de ligações nas redes sociais: estamos hiperconectados, bombardeados por imagens, por vezes até falsas ou distorcidas. Somos inundados por múltiplas mensagens que despertam em nós uma tempestade de emoções contraditórias.”

"Neste cenário, podemos sentir vontade de desligar tudo. Podemos até preferir não ouvir nada", ressaltou o Pontífice. Segundo ele, "até as nossas palavras correm o risco de serem mal interpretadas, e podemos ser tentados a isolar-nos no silêncio, a uma falta de comunicação onde, por mais próximos que estejamos, já não conseguimos expressar as coisas mais simples e profundas".

Fechar-se nunca é uma solução

A seguir, o Papa concentrou-se num texto do Evangelho de Marcos que nos apresenta um homem que não fala nem ouve. "Não é ele que vai ter com Jesus para ser curado, mas é levado por outras pessoas", disse ainda o Pontífice, sublinhando que "a comunidade cristã viu nessas pessoas a imagem da Igreja, que acompanha cada homem a Jesus para que Ele ouça a sua palavra".

"Jesus oferece-lhe, antes de tudo, uma proximidade silenciosa, através de gestos que falam de um encontro profundo: toca os ouvidos e a língua deste homem. Jesus não usa muitas palavras; diz a única coisa de que precisa naquele momento: “Abre-te!”. Marcos relata a palavra em aramaico, éfeta, quase para nos fazer ouvir o seu som e a sua respiração como se fosse “viver”", disse Leão XIV, acrescentando:

“Esta palavra simples e bela contém o convite que Jesus dirige a este homem que deixou de ouvir e falar. É como se Jesus lhe dissesse: “Abre-te a este mundo que te assusta! Abre-te às relações que te desiludiram! Abre-te à vida que desististe de enfrentar!”. De fato, fechar-se nunca é uma solução.”

Curar a forma de comunicar

"Após o encontro com Jesus, essa pessoa não só volta a falar, como o faz “perfeitamente”. Este advérbio inserido pelo evangelista parece dizer-nos algo mais sobre os motivos do seu silêncio. Talvez este homem tenha parado de falar porque sentiu que estava a dizer as coisas de forma incorreta, talvez se sentisse inadequado", frisou o Papa.

“Todos nós passamos pela experiência de sermos incompreendidos e não nos sentirmos bem compreendidos. Todos nós precisamos pedir ao Senhor que cure a nossa forma de comunicar, não só para sermos mais eficazes, mas também para evitarmos magoar os outros com as nossas palavras.”

"Voltar a falar perfeitamente é o início de uma viagem, mas não ainda o fim. De fato, Jesus proíbe aquele homem de contar o que lhe aconteceu. Para conhecermos verdadeiramente Jesus, precisamos caminhar, estar com Ele e também viver a Sua Paixão. Quando o tivermos visto humilhado e em sofrimento, quando tivermos experimentado o poder salvador da Sua Cruz, então poderemos dizer que o conhecemos verdadeiramente. Não há atalhos para nos tornarmos discípulos de Jesus", disse ainda Leão XIV.

Comunicar com honestidade e prudência

"Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos ensine a comunicar com honestidade e prudência. Rezemos por todos aqueles que foram magoados pelas palavras dos outros. Rezemos pela Igreja, para que nunca descure a sua tarefa de levar as pessoas a Jesus, para que ouçam a Sua Palavra, sejam curadas por ela e, por sua vez, se tornem portadoras da sua mensagem de salvação", concluiu o Papa.

Mariangela Jaguraba – Vatican News

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Assista:

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                                               Fonte: vaticannews.va     Fotos e vídeo: (@Vatican Media)

terça-feira, 29 de julho de 2025

Jubileu dos Jovens tem início com Santa Missa

e presença surpresa do Papa Leão XIV

Aproximadamente 120 mil jovens participaram nesta terça-feira (29/07) da celebração eucarística presidida por dom Rino Fisichella. Em sua homilia, o responsável pela organização do Jubileu destacou que a fé é um encontro com Jesus e exortou os jovens a serem construtores de paz em um mundo marcado pela violência. Ao final da missa, o Papa saudou os presentes a bordo do papamóvel e, ao proferir algumas palavras de acolhida, fez um convite à oração pela paz no mundo.

Queridos amigos, em nome do Papa Leão XIV, dou a vocês as boas-vindas. Sou o pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização, responsável pela organização do Jubileu. Há muito tempo esperávamos por vocês, e agora vocês estão aqui. Obrigado por terem aceitado o convite do Papa para participar deste Jubileu, que é dedicado a vocês e à esperança que cada um traz dentro de si.”

Essas foram as palavras de acolhida proferidas por dom Rino Fisichella no início da missa de abertura do Jubileu dos Jovens, na Praça São Pedro. Aos 120 mil jovens reunidos, o responsável pelos eventos jubilares saudou os presentes em seis idiomas diferentes:

"Vocês vieram de todas as partes do mundo. Há amigos que vêm também de zonas de guerra — da Ucrânia à Palestina —; que a todos chegue o abraço da fraternidade que nos une e faz de nós um só corpo; que não lhes falte o sinal da amizade de vocês."


Viver o Jubileu com alegria e espiritualidade

Ao lembrar que muitos jovens fizeram grandes sacrifícios para estar em Roma, dom Fisichella ressaltou que "o Senhor não os desiludirá", e completou:

"Ele virá ao encontro de vocês, e que vocês estejam atentos para perceber a sua presença. Vivam estes dias com alegria e espiritualidade, descobrindo novas amizades, mas, sobretudo, contemplando Roma e as muitas obras de arte que são expressão da fé que gerou tanta beleza. Estamos aqui para transmitir a fé e compreender o grande valor que Jesus Cristo tem em nossa vida. Respondamos com entusiasmo: nestes dias, Roma — com tudo aquilo que ela representa — está em suas mãos."

O Senhor vem ao nosso encontro

A celebração, com a participação ativa dos jovens, suas bandeiras e sorrisos nos lábios, prosseguiu com o sentimento jubilar presente no coração de todos. Na homilia, o pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização, de forma espontânea, refletiu sobre o Evangelho do dia e também sobre a importância do Jubileu:

“A fé é um encontro, mas o primeiro que vem ao nosso encontro é Jesus. Ele vem até nós quando quer, como quer, no tempo estabelecido por Ele, não por nós. Nós somos chamados apenas a responder. Uma vez que percebemos que Ele vem ao nosso encontro, somos também chamados a caminhar em direção a Ele.”

Dom Rino Fisichella também recordou "que vivemos um período de grande violência, que não está apenas nos territórios de guerra. A violência está nas nossas ruas, nas nossas cidades, está ao nosso lado, nas escolas", e exortou:

"Devemos transmitir a certeza da esperança de que o amor sempre vence, que a bondade supera a violência, e que precisamos ser construtores de paz todos os dias, na simplicidade da nossa vida. Se construirmos a paz, o mundo terá paz."

Papa Leão faz surpresa aos jovens

Ao final da missa, o Papa Leão XIV fez questão de comparecer à Praça São Pedro para saudar a juventude. A bordo do papamóvel, o Santo Padre percorreu os corredores da praça vaticana e toda a Via da Conciliação, acenando e recebendo o afeto dos presentes, que acolheram com grande alegria a surpresa do Pontífice. Ele dirigiu aos fiéis palavras de acolhimento e fez um convite à oração pela paz no mundo em inglês, italiano e espanhol:

"Esperamos que todos vocês sejam sempre sinais de esperança! Hoje estamos começando. Nos próximos dias, vocês terão a oportunidade de ser uma força que pode levar a graça de Deus, uma mensagem de esperança, uma luz para a cidade de Roma, para a Itália e para todo o mundo. Caminhemos juntos com a nossa fé em Jesus Cristo. E o nosso grito deve ser também pela paz no mundo", e fez um pedido aos jovens:

“Digamos todos: Queremos a paz no mundo!”

"Rezemos pela paz e sejamos testemunhas da paz de Jesus Cristo, da reconciliação, essa luz do mundo que todos estamos buscando. Nos vemos. Nos encontraremos em Tor Vergata. Boa semana!", concluiu o Papa. 

Nos próximos dias 30 e 31 de julho, os participantes são convidados a vivenciar os momentos chamados "Diálogos com a cidade". Na sexta-feira, a proposta é celebrar um "Dia Penitencial", que irá preparar os participantes para o ápice do maior evento jubilar: no sábado, 2 de agosto, se realiza a Festa e Vigília de Oração com o Santo Padre, seguida, no domingo, 3 de agosto, da Santa Missa presidida por Leão XIV.

Thulio Fonseca - Vatican News

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Assista:

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Sábia reflexão de dom Lindomar:

Tempestade e Esperança 

Vivemos dias em que a terra geme. Os sinais são evidentes: florestas ardem, mares avançam, secas prolongadas se alternam com chuvas torrenciais, guerras são travadas. Até os filhos da Shoah produzem o seu próprio holókauston. A natureza, ferida pela ganância e pelo descuido, devolve à humanidade a violência com que foi tratada. A cada noticiário, cresce o sentimento de urgência e surge o desafio de como garantir um futuro quando o presente já parece em perigo?

Dom Lindomar Rocha Mota

Mas não é apenas a casa comum que balança. As estruturas que sustentavam nossa vida política e social mostram rachaduras profundas. Democracias conquistadas com sacrifícios tremem sob a pressão da autocracia, da desinformação e do populismo que mascara a tirania com discursos sedutores. A verdade é soterrada sob montanhas de interesses. E, enquanto isso, o povo, sedento de segurança, agarra-se em muitas promessas vazias. 

E não são apenas governos que vacilam! Instituições que antes serviam como guardiãs da dignidade, da justiça e da ciência cedem à fragilidade humana, corrompendo-se sob a pressão do poder, do lucro e da vaidade de indivíduos que buscam, acima de tudo, a autopreservação. Aquilo que deveria ser pilar se torna areia, e a confiança social escoa como água por fissuras visíveis. No vazio, erguem-se ídolos frágeis, arremedos de religião e civilização. Desorientada, a sociedade parece caminhar à beira do precipício. 

É nesse cenário que surge uma pergunta inevitável: onde repousa a esperança, quando os mares sobem como muros líquidos, reclamando cidades, e os céus, que deviam ser promessa, cobrem-se de fumaça e temor? Urge correr, mas não há para onde: a própria terra grita contra seus filhos, e nós, surdos de ambição, não ouvimos senão o ruído metálico das moedas de um futuro que não pode ser comprado. A terra parece arder sob nossos pés e os pilares da civilização vacilam, resta alguma âncora para a alma humana? 

A resposta não nasce dos centros de poder nem das tecnologias mais sofisticadas. Ela brota de um lugar inesperado erguido no meio da dor. No coração da história, quando tudo parecia perdido, um Homem sem coroa de ouro abriu os braços entre o céu e a terra e exclamou: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso”. 

O Evangelho de Cristo não é mágica nem alienação; é anúncio de que existe uma realidade maior do que a crise. Não elimina as tempestades, mas oferece uma rocha firme. Revela um Reino que não depende de votos nem pode ser derrubado por golpes, um Reino onde os pobres são chamados bem-aventurados, onde a misericórdia é lei e o amor é governo. 

Enquanto o mundo corre, exausto, atrás de suas soluções, o Evangelho sussurra uma promessa infinda: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim.” Só quem escuta essa voz descobre que há uma esperança que nenhuma tragédia consegue sufocar. 

Entre as urgências climáticas, as quedas democráticas e os ventos da tirania, há um sopro de vida que não se apaga. Ele vem do Cristo que venceu a morte e permanece conosco. É nele que, mesmo em meio às ruínas, floresce a certeza de que o amor é mais forte que o caos, e a eternidade é maior que qualquer crise.

Dom Lindomar Rocha Mota - Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

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                                                                                                              Fonte: cnbb.org.br 

Papa aos influenciadores:

sejam agentes capazes de quebrar a lógica da polarização

Aos missionários digitais, Leão XIV os exortou a construir "redes de amor". Sendo agentes de comunhão, será possível quebrar a lógica da divisão e da polarização; do individualismo e do egocentrismo. Colocando Cristo no centro, é possível vencer a “lógica do mundo, das fake news e da frivolidade, com a beleza e a luz da Verdade”.

O Jubileu dos Missionários Digitais e dos Influenciadores Católicos viveu seu ápice na manhã desta terça-feira, 29 de julho, com a celebração da missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Luis Antonio Tagle e a saudação do Santo Padre no final da cerimônia.

Em sua homilia, o cardeal filipino recordou que influenciar ou ser influenciados é uma realidade da vida ordinária, mas o “Grande Influenciador” é Deus, que é Amor. Deus não nos enviou uma mensagem de texto, um e-mail ou um arquivo. Deus nos enviou o Seu Filho. Jesus não é um rosto ou uma voz gerados por um programa digital. É a imagem do Deus invisível, gerado antes de qualquer criatura. O amor não pode ser gerado por um algoritmo, disse ainda o card. Tagle. Somente a pessoa divina com um coração humano pode amar divina e humanamente, produzindo uma transformação profunda e duradoura. “Assim como fomos influenciados pelo amor de Deus, assim devemos influenciar os outros através do amor de Deus.”

Queridos influenciadores missionários, concluiu o cardeal, “deixem que o amor de Deus em Jesus e o Espírito Santo impeçam a várias influências venenosas de fluir nos corações humanos e nas sociedades”. “Que através de vocês, possa a pessoa de Jesus influenciar muitas pessoas, espaços humanos e digitais com a verdade de Deus, a justiça, o amor e paz possam fluir até aos confins da terra!”

Cardeal Tagle


A missão da Igreja: anunciar ao mundo a paz!

No final da missa, o Papa Leão foi acolhido com grande entusiasmo pelos presentes, e se dirigiu a eles com a saudação de Cristo: A paz esteja convosco.

“Quanto precisamos de paz neste nosso tempo dilacerado pela inimizade e pelas guerras. (...) Esta é a missão da Igreja: anunciar ao mundo a paz!”

Uma missão, acrescentou o Papa, que a Igreja hoje confia também aos missionários digitais, que neste Jubileu renovam o compromisso de nutrir de esperança cristã as redes sociais.

“A paz necessita ser buscada, anunciada e compartilhada em todos os lugares, seja nos dramáticos locais de guerra, seja nos corações vazios de quem perdeu o sentido da existência.”

Cultivar a cultura do humanismo cristão

O Pontífice apontou um segundo desafio nesta missão: procurar sempre a “carne sofredora de Cristo” em cada irmão e irmã que se encontra no espaço digital. “Hoje, encontramo-nos numa nova cultura profundamente caracterizada e formada pela tecnologia. Cabe a nós – a cada um de vocês – assegurar que esta cultura permaneça humana”, afirmou.

A nossa missão, acrescentou, é cultivar a cultura do humanismo cristão, e fazê-lo juntos. Esta é para nós a beleza da “rede”.

Diante do desafio da inteligência artificial, que marcará uma nova era na vida dos indivíduos e da sociedade, o Papa reforçou que o dever dos cristãos é trabalhar juntos para desenvolver um pensamento e uma linguagem que deem voz ao Amor. E explicou:

“Não se trata apenas de gerar conteúdos, mas de criar um espaço de encontro entre os corações. (...) Este processo começa sobretudo com a aceitação da nossa própria pobreza, deixando de lado qualquer tipo de pretensão e reconhecendo a nossa inerente necessidade do Evangelho.”

Cristo no centro para vencer as fake news

Por fim, o Santo Padre usou a analogia das redes dos pescadores, utilizadas pelos primeiros apóstolos, para exortar os influenciadores a construir “redes de amor”:  

“Redes onde se possa consertar o que está partido, onde se possa curar a solidão, sem se importar com o número de seguidores [followers], mas experimentando em cada encontro a grandeza infinita do Amor. Redes que deem espaço ao outro mais do que a nós mesmos, onde nenhuma ‘bolha de filtros’ possa apagar a voz dos mais fracos. Redes que libertem, que salvem. Assim, cada história de bem compartilhada será o nó de uma única e imensa rede: a rede das redes, a rede de Deus.”

Sendo agentes de comunhão, concluiu o Papa, será possível quebrar a lógica da divisão e da polarização; do individualismo e do egocentrismo. É preciso colocar Cristo no centro para vencer a “lógica do mundo, das fake news e da frivolidade, com a beleza e a luz da Verdade”.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

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                                                Fonte: vaticannews.va     Foto e vídeo: (@Vatican Media)

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Reflexão para o seu dia:

Pedem que eu explique melhor a palavra repeteco.

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Pois não! Eu a usei várias vezes em minhas conferências!

A palavra “repetição” é altamente pedagógica. Por exemplo: as ladainhas, a recitação do terço, os textos das missas. São repetições positivas, assim como as declarações de amor entre casais e pais e filhos. Reforçam os laços de pessoas e comunidades. São santas repetições! Altamente recomendáveis.

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Mas há uma repetição pouco pedagógica, como é o caso de gente que sobe ao palco e pessoas piedosas, mas de pouca leitura.

São os decoraram frases que ouviram em retiros, encontros e acampamentos, mas que não tiveram nem um antes nem um depois. Não fizeram como Paulo que passou por um aprendizado junto ao discípulo Ananias.

Estes pregadores improvisados e apressados simplesmente repetem tudo, como os antigos toca discos que, terminada a canção, o braço da agulha voltava automaticamente ao mesmo tema! Hoje, o pendrive faz o mesmo no carro deles. Mas na vida espera-se mais de quem acha que se converteu a Jesus!

Repetem, repetem, repetem sempre o mesmo tema e sempre com as mesmas frases decoradas num retiro … São os novos toca discos da fé!

Vivem de repetição de algo que o sujeito ouviu, mas nunca estudou, nem continuou. Eu chamo isto de atitude de decoreba e repeteco. Se pedirmos que tal sujeito fundamente o que acaba de repetir, ele ou ela não saberá fazê-lo.

Em todas as igrejas há estes pregadores repetecos. Odeiam abrir livros e estudar!

Não estudaram e não leram nada sobre o assunto, mas ousam subir ao palco para repetir o mesmo de sempre. Tudo é decorado, mas nada disso é lido ou estudado e raramente pensado.

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Jesus incentivava a pensar! E cobrava isto dos discípulos.

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A mania de apenas decorar sem refletir, lembra o jogador que entra em campo sem ter treinado as novas jogadas. Ele quase sempre acaba prejudicando o time.

Ou também lembra o ator que não ensaiou e faz bagunça com o texto, atrapalhando os colegas de cena!

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Os fiéis sabem disso porque são obrigados a ouvir tal pregação decoreba! Percebem de imediato que o sujeito não é de estudar e ler!

Tais repetidores mais prejudicam do que ajudam a catequese católica porque falta-lhes conteúdo e sobra-lhes mesmice!…

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Alguns deles que vejo na TV ou nos vídeos, faz 20 ou 30 anos que repetem as mesmas pregações. O povo já sabe o dirão, dia após dia, semana após semana. Mas sentar-se numa cadeira por 30 minutos, para ler mais e estudar mais a sua fé, isto eles não querem!...

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

Dia do catequista: Comissão Bíblico-Catequética propõe

celebração orante inspirada no Coração de Jesus

Para celebrar com fé e gratidão a missão dos catequistas no Brasil, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibilizou dois subsídios especialmente preparados para o Dia do Catequista, que será celebrado no último domingo de agosto, 31. As celebrações deste ano trazem como inspiração a Encíclica Dilexit Nos, do Papa Francisco, e tem como tema: “A vocação do catequista nasce do Coração de Jesus”.

O primeiro subsídio é um roteiro completo, pensado para a equipe que irá organizar a celebração. Ele traz orientações detalhadas sobre ambientação, materiais a serem utilizados, divisão de tarefas e sugestões litúrgicas. Entre os símbolos propostos estão dez corações de diferentes materiais, como pedra, pano, madeira, vidro e algodão, que representam dimensões da vocação e da vivência catequética. Cada um é acompanhado de uma breve reflexão e oração.

Já o segundo material é uma versão simplificada da celebração, voltada para todos os participantes. Com linguagem acessível e estrutura enxuta, ele permite que a proposta seja vivida por grupos de catequistas em diferentes realidades paroquiais e comunitárias, sem perder a profundidade do gesto orante.

Segundo o assessor da Comissão, padre Wagner Francisco, a data é um convite a reconhecer, em espírito de oração, a beleza da vocação catequética:

“Agosto é o mês das vocações na Igreja do Brasil — tempo de reconhecer, com gratidão, os muitos chamados que Deus faz ressoar no coração de seu povo. No último domingo do mês, celebramos com especial carinho o Dia do Catequista: homens e mulheres que, com generosidade, oferecem sua vida ao serviço da fé. São corações que se deixam tocar e transformar pela Palavra de Deus, para depois semeá-la com ternura e coragem”.

Padre Wagner destaca ainda que a missão do catequista nasce da intimidade com o Coração de Jesus:

“O Papa Francisco, na Encíclica Dilexit Nos, afirma que o Coração de Cristo é o núcleo vivo do primeiro anúncio. Quanto mais próximos desse Coração, mais nossos próprios corações se tornam semelhantes ao d’Ele. Sabemos que a oração é o alicerce da nossa caminhada de conversão e fidelidade. Quando entramos em diálogo com o Senhor, a esperança se reacende e o chamado se renova”.

Ao final, ele agradece aos catequistas por sua presença viva nas comunidades:

“Rendo graças a Deus por cada catequista espalhado por nosso imenso Brasil. Em silêncio e com amor, vocês anunciam o Evangelho como quem semeia esperança no coração da comunidade. Onde há um catequista, a Igreja pulsa viva. Ali, a fé ganha raízes, e novos discípulos e discípulas de Jesus vão nascendo, crescendo e florescendo. Que o Coração de Jesus, Mestre e Catequista, siga sendo a fonte que sustenta e inspira sua missão!”

Os subsídios estão disponíveis para download (aqui) e (aqui) e podem ser adaptados conforme a realidade pastoral de cada comunidade.

Por Larissa Carvalho | Foto de capa: Rafael Maia | Te Faz Bem

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domingo, 27 de julho de 2025

Papa no Angelus deste domingo:

não se pode rezar a Deus como “Pai”
e depois ser duro com os outros

Papa: “ao recitarmos o Pai-Nosso, além de celebrarmos a graça da filiação divina, exprimimos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo”.

“Não se pode rezar a Deus como “Pai” e depois ser duro e insensível para com os outros. Pelo contrário, é importante deixarmo-nos transformar pela sua bondade, pela sua paciência, pela sua misericórdia, para refletir o seu rosto no nosso como um espelho”.

Foi o que disse o Papa Leão XIV no Angelus deste 17º Domingo do Tempo Comum, na Praça São Pedro. “A liturgia hoje nos convida, na oração e na caridade, a nos sentirmos amados e a amar como Deus nos ama: com disponibilidade, discrição, solicitude recíproca, sem cálculos”, sublinhou.

Hoje, - disse Leão XVI, “o Evangelho apresenta-nos Jesus a ensinar aos seus discípulos o Pai-Nosso: a oração que une todos os cristãos. Nela, o Senhor convida a dirigirmo-nos a Deus chamando-lhe “Abbá”, “paizinho”, como crianças, com «simplicidade, confiança filial, ousadia, certeza de ser amado”.


A este propósito, o Catecismo da Igreja Católica diz, com uma expressão muito bela, que “pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai”. E é verdade: quanto mais confiantes rezamos ao Pai do Céu, tanto mais nos descobrimos filhos amados e tanto mais conhecemos a grandeza do seu amor, destacou o santo Padre.

“O Evangelho de hoje descreve os traços da paternidade de Deus por meio de algumas imagens sugestivas: a de um homem que se levanta no meio da noite para ajudar um amigo a acolher uma visita inesperada; ou a de um pai que tem o cuidado de dar coisas boas aos seus filhos”.

Estas imagens – continuou Leão XVI -, recordam-nos que Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, nem mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta, talvez depois de erros, de oportunidades perdidas, de fracassos, nem mesmo se, para nos acolher, Ele tiver de “acordar” os seus filhos que dormem em casa.


“Pelo contrário, na grande família da Igreja, o Pai não hesita em tornar-nos todos participantes de cada um dos seus gestos de amor. O Senhor escuta-nos sempre que rezamos, e, se por vezes nos responde em momentos e formas difíceis de compreender, é porque age com uma sabedoria e uma providência maiores, que estão para além da nossa compreensão. Por isso, mesmo nestes momentos, não deixemos de rezar com confiança: n'Ele encontraremos sempre luz e força”.

No entanto, sublinhou o Papa, ao recitarmos o Pai-Nosso, além de celebrarmos a graça da filiação divina, exprimimos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo.

O Papa concluiu recordando que liturgia de hoje convida-nos, na oração e na caridade, a sentirmo-nos amados e a amar como Deus nos ama: com disponibilidade, discrição, solicitude recíproca, sem cálculos. “Peçamos a Maria que saibamos responder este chamamento, para manifestar a doçura do rosto do Pai.”


Silvonei José – Vatican News

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