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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Papa aos Redentoristas e Scalabrinianos:

manter e cultivar relações de ajuda fraterna

Em seu discurso, Leão XIV afirmou que os "religiosos scalabrinianos e redentoristas, escolhidos e consagrados para o serviço do episcopado e do cardinalato, trazem ao seu ministério a herança de dois carismas importantes, especialmente em nossos dias: o serviço aos migrantes e a evangelização dos pobres e distantes".

O arcebispo de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., é o segundo da direita para a esquerda na segunda fila.

O Papa Leão XIV recebeu em audiência, nesta quinta-feira (26/06), na Sala do Consistório, no Vaticano, os bispos Redentoristas e Scalabrinianos.

O Pontífice iniciou o seu discurso, manifestando satisfação por este encontro, destacando a ocasião que o gerou: "A escolha de duas Congregações religiosas de se encontrarem e refletirem com os confrades que se dedicaram à Igreja no ministério episcopal." "Trata-se de um intercâmbio que certamente enriquece os bispos presentes, suas comunidades e todo o Povo de Deus, como ensina o Concílio Vaticano II", sublinhou o Papa.

Serviço aos migrantes e evangelização dos pobres

"A Igreja é grata aos seus Institutos, aos quais pediu, com a nomeação de bispos dentre os seus membros, um sacrifício considerável em tempos de escassez de religiosos", disse ainda Leão XIV, sublinhando que "o serviço à Igreja inteira é para toda família religiosa a graça e a alegria mais bonita".

“Em particular, vocês, religiosos scalabrinianos e redentoristas, escolhidos e consagrados para o serviço do episcopado e do cardinalato, trazem ao seu ministério a herança de dois carismas importantes, especialmente em nossos dias: o serviço aos migrantes e a evangelização dos pobres e distantes.”

A seguir, o Papa recordou que "Santo Afonso Maria de Ligório, ao entrar em contato com a miséria dos bairros mais abandonados de Nápoles no século XVIII, renunciou a uma vida confortável e a uma carreira lucrativa, abraçando a missão de levar o Evangelho aos últimos".

"São João Batista Scalabrini, um século depois, soube sentir e fazer suas as esperanças e os sofrimentos de muitas pessoas que partiam, deixando tudo para trás, em busca de um futuro melhor para si e para suas famílias em países distantes", sublinhou.

“Ambos foram fundadores, tornaram-se bispos e souberam responder aos desafios de sistemas sociais e econômicos que ao mesmo tempo em que abriam novas fronteiras em vários níveis, também deixavam para trás tanta miséria ignorada e tantos problemas, criando bolsões de degradação com os quais ninguém parecia querer lidar.”

Ouvir a voz do amor de Deus

Segundo o Papa, "num momento histórico que apresenta grandes oportunidades e ao mesmo tempo não está isento de dificuldades e contradições, celebrando o Jubileu da Esperança queremos recordar que, hoje como ontem, a voz a ser ouvida para compreender o que fazer é a do «amor de Deus [...] derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado»".

“Mesmo em nosso mundo, a obra do Senhor está sempre diante de nós: somos chamados a conformar nossas mentes e corações a ela por meio de um discernimento sábio. Estou convencido de que a discussão que vocês promoveram será muito útil para esse fim.”

Por fim, Leão XIV os encorajou "a manter e a cultivar no futuro essas relações de ajuda fraterna, com generosidade e abnegação, para o bem de todo o rebanho de Cristo".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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                                                        Fonte: vaticannews.va       Foto: (@Vatican Media)

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