que Jesus seja anunciado com clareza e caridade na Amazônia
"É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as
coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da
Amazônia", escreveu o Papa ao Encontro de Bispos da Pan-Amazônia que está
sendo realizado em Bogotá, na Colômbia, até a próxima quarta-feira (20/08).
Além da dimensão do anúncio do Evangelho, Leão XIV também analisou a missão da
Igreja na região através do cuidado da casa comum, um "direito e
dever" que "Deus Pai nos confiou como administradores
solícitos".
O Papa Leão XIV também se fez presente nas atividades do Encontro de
Bispos da Pan-Amazônia através de um telegrama. A mensagem, assinada pelo
secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, foi enviada nesta segunda-feira
(18/08), segundo dia do evento que termina na próxima quarta-feira, 20 de
agosto, em Bogotá, na Colômbia, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia
(Ceama).
Mais de 90 bispos de 76 jurisdições eclesiásticas nos 9 países amazônicos estão reunidos em espírito sinodal para discernir sobre os desafios pastorais e missionários da região, onde moram mais de 33 milhões de pessoas, entre elas, indígenas, ribeirinhos, camponeses e afrodescendentes. Esse é o primeiro grande encontro episcopal após o Sínodo para a Amazônia de 2019, o Documento Final e a Exortação Apostólica Querida Amazônia do Papa Francisco, um movimento em prol de novos caminhos de evangelização e cuidados do meio ambiente e dos pobres que deu força para a própria criação da Ceama, aprovada pelo Pontífice argentino em 2021.
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Missa durante o primeiro dia do encontro dos bispos da Pan-Amazônia |
Anunciar Jesus com clareza e caridade
A esse respeito, continua o telegrama, Leão XIV convida todos os
participantes do encontro que estão em Bogotá a refletir sobre "três
dimensões que estão interconectadas na ação pastoral dessa região: a missão da
Igreja de anunciar o Evangelho a todos os homens, o tratamento justo aos povos
que ali habitam e o cuidado da casa comum". E o Pontífice aprofundou o
argumento:
“É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, de tal forma que temos de nos esforçar por lhes dar o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia, único meio para ser verdadeiramente o povo de Deus e o corpo de Cristo. Nesta missão, move-nos a certeza, confirmada pela história da Igreja, de que ali onde se prega o nome de Cristo a injustiça retrocede proporcionalmente, pois, como assegura o Apóstolo Paulo, toda a exploração do homem pelo homem desaparece se somos capazes de nos recebermos uns aos outros como irmãos.”
A mensagem do Papa, assinada pelo cardeal Parolin, é finalizada com a
bênção apostólica e uma referência a Santo Inácio de Loyola ao interpretar
o caminho para a salvação, através do cuidado com a criação divina:
"No âmbito desta doutrina perene, não menos evidente é o direito e
o dever de cuidar da 'casa' que Deus Pai nos confiou como administradores
solícitos, de modo que ninguém destrua irresponsavelmente os bens naturais que
falam da bondade e beleza do Criador, nem, muito menos, se submeta a eles como
escravo ou adorador da natureza, pois as coisas nos foram dadas para
alcançarmos o nosso objetivo de louvar a Deus e, assim, obter a salvação de
nossas almas."
Andressa Collet - Vatican News
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